segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

DE SOROCABA - VIOLÊNCIA EXERCIDA PELAS ESCOLAS - ARBITRÁRIO CULTURAL - FALTA DE PERCEPÇÃO - MAL DO SÉCULO?!CLASSE DOMINANTE " FAZ DE CONTA" VALORES SIMBÓLICOS IMPOSTOS. POR NALY DE ARAUJO LEITE







Ontem, tive a oportunidade de ouvir sobre Pierre Bourdieu e me identifiquei muito com ele em diversas de suas considerações.
Quando eu analisava situações sociais, para meus escritos e considerações, em Blogs de estudos jurídicos, e xingavam o autor de uma violência contra mulher, "o pinguça", "o vagabundo que não consegue emprego", "só sabe fazer filho", "não põe nada dentro de casa", não para em empregos"....etc...
Eu "ousava publicar", a culpa não é dele, nem da esposa que nem sempre é considerada boa esposa ou mãe, do patrão que o demite ou do empregador que não o emprega, mas do Sistema Capitalista Nacional.
O maior meliante, bandido, colarinho branco, chefe de crime organizado e de tráfico de drogas e outros, como tráfico de mulheres e crianças para vendas de sexo e órgãos, é o Sistema Capitalismo.
Que seja, dentro de uma visão sociológica, filosófica, mas é a verdade, e bate com o Direito Penal, que sabemos, não admite Analogias, a não ser que favoreça ao acusado pelo crimes, ou seja, O CAPITALISMO.
Quando crianças tem acesso a armas de fogo, e correm para suas escolas a fim de praticar violências, ela está saindo de um aprendizado para praticar outro aprendizado, ela está dizendo "aqui é um ambiente aberto a violências", "aqui, historicamente se exerce violências", "aqui esse discurso de igualdade que pregam, não é verdadeiro", "aqui há imposições", "aqui há arbítrio cultural", "aqui há diferença elitista".
Por que o mundo não compreende que todas essas ações são VIOLÊNCIAS?
Por que não estão escritas com as mesmas letra e palavras na Constituição Federal ou Codificadas no CPB (Código PENAL BRASILEIRO)?
Homicídio, estupros, furtos, estão codificados, e acontecem....inclusive, muitas vítimas e seus familiares estão declarando às mídias e meios de comunicação a frase que está se tornando dito popular "....a gente nunca imagina que vai acontecer com a gente...."
Meu ponto forte e fraco, tem Pierre Bourdieu a frente, as "chamadas violências que ninguém vê, percebe ou faz de conta que não aconteceu.
Na Rússia, existia um orfanato que era constituído com crianças sequestradas em todo mundo, "para todo gosto" dos imperiosos homens de negócios que as solicitavam quando em "viagens de negócios" e delas abusavam em todos os sentidos, sendo que algumas eram devolvidas e a Direção do Orfanato recebia uma boa soma em dinheiro, as "que se opunham ao sexo e as violências, usufruto de todos", essas eram mortas e enterradas nas areias do deserto, inclusive os corpos foram achados e a matéria publicada há anos, não li nada a respeito, a não ser o que eu mesma publiquei sobre o assunto, aqui no Brasil.Mas, mais interessante é que, as dores, machucados da alma e do corpo, aos quais eram submetidas as crianças que retornavam ao orfanato, era "esquecidas", não com o tempo e interrupção do processo de "vendas das crianças", mas com química, psiquiatras estavam a postos e medicações eram dadas a essas crianças para se tornarem catatônicas, boazinhas, e não oporem resistência, assim como, para que "se esquecessem de tudo que tinham passado nas mãos dos ricos homens", em suas viagens de negócios. O "esquecimento deveria ser rápido, porque a mesma criança, ao agradar, poderia novamente ser solicitada pelo "ilustre benfeitor do Orfanato".
Aqui, no Brasil, me referindo ao sistema educacional, nem se dão ao trabalho de introduzir a química à criança, "a fazem esquecer de qualquer jeito a violência psicológica, física ou moral sofrida na escola".
As tias que batem e colocam de castigo, horas a fio, as crianças, antes dos pais chegarem, elas ameaçam as crianças , caso contem para seus pais, sem nenhum sentimento humano ou ético em razão do exercício da função.

(IN ENGLISH): Yesterday, I had the opportunity to hear about Pierre Bourdieu and I identified with him a lot in several of his considerations.
When I analyzed social situations, for my writings and considerations, in Legal Studies Blogs, and cursed the author of a violence against women, "the penguin," "the vagabond who can not get a job," " do not put anything in the house ", not stop at jobs" .... etc ...
I "dared to publish," it is not his fault, or the wife who is not always considered a good wife or mother, the employer who fires him or the employer who does not employ him, but the National Capitalist System.
The biggest criminal, bandit, white collar, head of organized crime and drug trafficking and others, as trafficking in women and children for sex and organ sales, is the Capitalism System.
Let it be, within a sociological, philosophical vision, but it is the truth, and beats with the Criminal Law, which we know, does not admit Analogies, unless it favors the accused for crimes, namely, CAPITALISM.
When children have access to firearms, and they rush to their schools to commit violence, they are coming out of an apprenticeship to practice other learning, she is saying "here is an environment open to violence", "here, historically, violence "," here is the discourse of equality that preaches, it is not true "," here there are impositions "," here there is cultural arbitrariness "," here there is an elitist difference ".
Why does not the world understand that all these actions are VIOLENCES?
Why are not they written with the same letter and words in the Federal Constitution or codified in CPB (BRAZILIAN PENAL CODE)?
Homicide, rape, theft, are encoded, and happen .... even many victims and their families are declaring to the media and the phrase that is becoming popular ".... we never imagine it will happen with us...."
My strong and weak point, Pierre Bourdieu has the front, the so-called "violence that nobody sees, perceives or pretends did not happen.
In Russia, there was an orphanage that consisted of kidnapped children all over the world, "for every taste" of the imperious businessmen who asked for them when on "business trips" and abused them in every way, some of which were returned and the Direction of the Orphanage received a good sum of money, the "who opposed to sex and violence, usufruct of all," these were dead and buried in the sands of the desert, including the bodies were found and the matter published years ago, not I read nothing about it, except what I myself published on the subject here in Brazil. But more interesting is that the pains, bruised from the soul and body, to which the children who returned to the orphanage were subjected, were "forgotten", not over time and disruption of the "sales of children" process, but with chemistry, psychiatrists were on the job and medications were given to these children to become catatonic, good, and do not resist , as well as to "forget everything they had spent in the hands of the rich men" on their business trips. "Forgetfulness should be swift, because the same child, when pleasing, could again be solicited by the" illustrious benefactor of the Orphanage. "
Here, in Brazil, referring to the educational system, or bothering to introduce chemistry to the child, "makes it forget anyway the psychological, physical or moral violence suffered at school."
The aunts who beat and punish children for hours before the parents arrive will threaten the children, if they tell their parents, without any human or ethical feelings about the exercise of their function.



Outras "tias e cuidadoras" assistem tudo, mas precisam do emprego e não querem se envolver, outras tem medo das agressoras, e outras, acham que a maneira de correção é a correta.
Vamos selecionar uma destas creches, eu conheço bem uma destas creches, de Organização Cristã, Católica, vinculada ao município, suponhamos, 10 anos depois de tantas violências, uma criança se revolta e leva uma faca, e emanada de "todo aquele clima, histórico " além das próprias emoções e violências sofridas, desfere golpes de faca na "tia agressora" e nos coleguinhas que tentam impedir ou nos quais a tia nunca bateu, judiou e elogiava diante dos outros, ou seja, qual a "interpretação desta criança ao fato"?
O que vai ocorrer?
A imprensa e a polícia, ao chegar, concluem que é algo que "está ocorrendo em todo o mundo", provavelmente, há violência no lar, há distúrbio mental na criança, e buscam saber se ocorreram tratamentos psicológicos, se a criança está "metida com maus elementos" quando fora da creche, etc...etc.....
"NUNCA, PRESTEM BEM ATENÇÃO, NUNCA, a polícia ou um IP chega ao âmago da questão.
A criança agressora da creche vai ter sua vida mais destruída do que até então, pela necessidade dos pais em trabalhar fora, e a ponto de perderem por completo "a percepção e senso de observação em relação ao próprio filho", porque sendo vítima de violências, dificilmente não se tem a percepção da mudança de comportamento do filho.
Mas não dá tempo.
O pai trabalha 12 horas por dia e a mãe trabalha 10 horas por dia para pagar prestação, geladeira nova porque a anterior não tinha a cor que eles queriam e combinava com a cozinha, televisão nova, porque é mais atual e um modelo mais bonito, mudar de carro, porque o status está mudando e se tem que "dar satisfação à sociedade do interesse em se elevar de status e ser aceito", projetos de um novo tapete, armário de cozinha, e tal....e tal.....
MAS, enchem a boca pra falar que, "trabalham feito loucos para dar uma boa vida e um bom futuro aos filhos"......estão dando.....assim? Vão gastar tudo o que ganham com advogados, e tratamentos psicológicos e psiquiátricos para o filho, enfrentar rejeições sociais, e sofrer uma dor inigualável com o sofrimento do filho em consequência aos atos praticados.
Qual o nome do causador de todos esses problemas? CAPITALISMO, pai do consumismo e irracionalidade no que se "necessita ter ou querer da vaidade". A sociedade que pais assim tanto cultuam, será a primeira a abrir mão da presença deles em meio social e até mesmo religioso.
E olha que exemplifiquei com creche, aceitam crianças até os seis anos de idade.
Pensem em ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL, sou RADICALMENTE contra e já trabalhei neste Projeto no Sul do Brasil.
A violência é "gasosa", compõe a biosfera.
A violência acompanha cada aluno, ao sair de casa, quando os pais os deixam nas mãos de estranhos, professores, durante 10/12 horas por dia e de segunda a sexta-feira.
Chegam em casa às 18:00,  de 20 às 22:00 se recolhem, convivem com os pais de segunda a sexta-feira, em média de 15 horas, e a escola os tem por 50 horas semanais. ISSO É UM CRIME!

Vamos conhecer um pouco de Pierre Bourdieu em seu pensar sobre Violência Simbólica:
"Violência simbólica é um conceito social elaborado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, o qual aborda uma forma de violência exercida pelo corpo sem coação física, causando danos morais e psicológicos. É uma forma de coação que se apoia no reconhecimento de uma imposição determinada, seja esta econômica, social ou simbólica.[1] A violência simbólica se funda na fabricação contínua de crenças no processo de socialização, que induzem o indivíduo a se posicionar no espaço social seguindo critérios e padrões do discurso dominante. Devido a esse conhecimento do discurso dominante, a violência simbólica é manifestação desse conhecimento através do reconhecimento da legitimidade desse discurso dominante. Para Bourdieu, a violência simbólica é o meio de exercício do poder simbólico.[2]

(IN ENGLISH) - Other "aunts and caretakers" watch everything, but need the job and do not want to get involved, others are afraid of the aggressors, and others, think that the correct way is correct.
Let's select one of these day care centers, I know one of these crèches, a Christian, Catholic Organization, linked to the municipality, suppose, 10 years after so many violence, a child revolts and takes a knife, emanating from "all that climate, historical "in addition to her own emotions and violence, she brings knife blows on the" aggressive aunt "and on the friends who try to prevent or in which her aunt never beat, judged and praised before others, that is, what" this child's interpretation of the fact "?
What will happen?
The press and police, on arrival, conclude that it is something "happening all over the world", there is probably violence in the home, there is mental disorder in the child, and they seek to know if psychological treatments have occurred, if the child is "stuck" with bad elements "when out of day care, etc ... etc .....
"NEVER, PAY WELL, NEVER, the police or an IP gets to the heart of the matter.
The offending child of the day-care center will have its life more destroyed than before, by the parents' need to work outside, and to the point of losing completely "the perception and sense of observation in relation to the child", because being a victim of violence , one hardly has the perception of the change of behavior of the child.
But you do not have time.
The father works 12 hours a day and the mother works 10 hours a day to pay installment, new refrigerator because the previous one did not have the color they wanted and matched with the kitchen, new television because it is more current and a more beautiful model, change of car, because the status is changing and one has to "give satisfaction to society of interest in raising its status and being accepted," designs a new carpet, kitchen cabinet, and such .... and such .. ...
BUT, they fill their mouths to say that, "work done crazy to give a good life and a good future to the children" ...... are giving ..... so? They will spend everything they earn with lawyers, psychological and psychiatric treatments for their child, face social rejection, and suffer unparalleled pain from their child's suffering as a result of their acts.
What is the name of the cause of all these problems? CAPITALISM, the father of consumerism and irrationality in what one "needs to have or wants from vanity". The society that parents so much worship, will be the first to give up their presence in a social and even religious environment.
And look what I exemplified with daycare, accept children up to the age of six.
Think of SCHOOL IN FULL TIME, I am RADICALLY against and I have already worked on this Project in Southern Brazil.
Violence is "gaseous", it makes up the biosphere.
Violence accompanies each student when leaving home when parents leave them in the hands of strangers, teachers, for 10/12 hours a day and Monday through Friday.
They arrive home at 6:00 p.m., from 8:00 p.m. to 10:00 p.m., they get together, live with their parents from Monday to Friday, an average of 15 hours, and the school has them for 50 hours a week. THIS IS A CRIME!

Let's get to know a little of Pierre Bourdieu in his thinking about Symbolic Violence:
"Symbolic violence is a social concept developed by the French sociologist Pierre Bourdieu, which addresses a form of violence exercised by the body without physical coercion, causing moral and psychological damage. It is a form of coercion that relies on the recognition of a certain imposition, whether the symbolic violence is based on the continuous fabrication of beliefs in the socialization process, which induce the individual to position himself in the social space following the criteria and patterns of the dominant discourse. symbolic is a manifestation of this knowledge through the recognition of the legitimacy of this dominant discourse.For Bourdieu, symbolic violence is the means of exercising symbolic power.


Uma crítica a esse conceito parte do pensamento do filósofo alemão Jürgen Habermas e diz respeito à violência equivaler sempre a agressão física, portanto exterior ao simbólico. Contudo, essa crítica, além de restringir a violência apenas à dimensão física, ignora a possibilidade de as crenças dominantes imporem valores, hábitos e comportamentos sem recorrer necessariamente à agressão física, criando situações nas quais o indivíduo que sofre a violência simbólica sinta-se inferiorizado como acontece, por exemplo, nas questões de bullying (humilhação constante), raça, gênero, sexualidade, filosofia etc.
Referências
Ir para cima ↑ Andrade Cunha, Tânia Rocha (2007). O preço do silêncio: mulheres ricas também sofrem violência 1ª ed. Vitória da Conquista, BA: Edições Uesb. p. 23. ISBN 978-85-88505-55-1
Ir para cima ↑ Miranda, Luciano (2005). Pierre Bourdieu e o campo da comunicação: por uma teoria da comunicação praxiológica. Porto Alegre, RS: EDIPUCRS. p. 86. ISBN 8574305421
https://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia_simb%C3%B3lica


DOMINANTES: CLASSE ELITISTA, impõe culturalmente;
DOMINADOS: Sofrem dominação cultural.
"O conceito de violência simbólica foi criado pelo pensador francês Pierre Bourdieu para descrever o processo pelo qual a classe que domina economicamente impõe sua cultura aos dominados. Bourdieu, juntamente com o sociólogo Jean-Claude Passeron, partem do princípio de que a cultura, ou o sistema simbólico, é arbitrária, uma vez que não se assenta numa realidade dada como natural. O sistema simbólico de uma determinada cultura é uma construção social e sua manutenção é fundamental para a perpetuação de uma determinada sociedade, através da interiorização da cultura por todos os membros da mesma. A violência simbólica expressa-se na imposição "legítima" e dissimulada, com a interiorização da cultura dominante, reproduzindo as relações do mundo do trabalho. O dominado não se opõe ao seu opressor, já que não se percebe como vítima deste processo: ao contrário, o oprimido considera a situação natural e inevitável. "
http://cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_20/violenciasimbolo.html

Vamos além do CAPITALISMO, COMO FONTE GERADORA DA VIOLÊNCIA:

(IN ENGLISH) - A critique of this concept is part of the thinking of the German philosopher Jürgen Habermas, and violence is always tantamount to physical aggression, therefore external to the symbolic. However, this criticism, in addition to restricting violence only to the physical dimension, ignores the possibility that dominant beliefs impose values, habits and behaviors without necessarily resorting to physical aggression, creating situations in which the individual who suffers symbolic violence feels inferiorized as for example in the issues of bullying, race, gender, sexuality, philosophy, etc.
References
Go to top ↑ Andrade Cunha, Tânia Rocha (2007). The price of silence: rich women also suffer violence 1st ed. Vitória da Conquista, BA: Edições Uesb. P. 23. ISBN 978-85-88505-55-1
Go to top ↑ Miranda, Luciano (2005). Pierre Bourdieu and the field of communication: by a theory of praxiological communication. Porto Alegre, RS: EDIPUCRS. P. 86. ISBN 8574305421
https://en.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%A3%C3%B3lica


DOMINANT: ELITISTA CLASS, culturally imposes;
DOMINATES: They suffer cultural domination.
"The concept of symbolic violence was created by the French thinker Pierre Bourdieu to describe the process by which the class that dominates economically imposes its culture on the dominated. Bourdieu, together with the sociologist Jean-Claude Passeron, assume that culture, or the symbolic system of a given culture is a social construction and its maintenance is fundamental for the perpetuation of a given society through the internalization of culture by all the symbolic violence is expressed in the "legitimate" and disguised imposition, with the interiorization of the dominant culture, reproducing the relations of the world of work. of this process: on the contrary, the oppressed considers the situation natural and inevitable. "
http://cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_20/violenciasimbolo.html

We go beyond CAPITALISM, AS A GENERATING SOURCE OF VIOLENCE:


A Violência é, de certa maneira, uma violência do mesmo. Assim, é “justamente quando um homem exige a identidade das condições e começa a lutar (…) para ser como o outro, que ele o encontra como obstáculo em seu caminho[8].Violence is, in a way, a violence of the same. Thus it is "just when a man demands the identity of conditions and begins to struggle ... to be like the other, that he finds him as an obstacle in his path" [8].


René Girard é um filósofo francês encarregado do estudo da dinâmica mimética da violência nas sociedades primitivas, relacionando-a nas sociedades contemporâneas. O autor observa que o principal critério de eleição dos desejos do homem é fundamentado na imitação. O homem imita os desejos do outro e, por esta razão, está inclinado para aquilo que se entende por “rivalidade mimética”[2] (aquilo que se produz na medida em que se toma o Outro como paradigma), processo que tende a se agravar pelo fato de essa imitação constantemente ricochetear entre os parceiros. Neste caso,“quanto mais eu desejo este objeto que tu já desejas, mais ele se te apresentará desejável e, em contrapartida, mais ele me parecerá desejável para mim”[3]. A partir disso, gera-se uma tensão que culmina numa violência difusa (já que todas as pessoas tendem a desejar exatamente as mesmas coisas). [4]
Embora a “invenção” da noção de desejo mimético seja atribuída à Girard, ele próprio recusa esta condição. Isso porque, conforme ele, o mimetismo é uma teoria reveladora do comportamento humano (e que, por isso, não necessitaria ser “inventada”). A disciplina que formula essa ideia mais claramente está situada no campo da literatura, espaço em que René Girard investiga a categoria “desejo” a partir do contraste entre mentira romântica e aquilo que ele considera uma verdade novelesca[5]: para o romântico, o desejo é linear (vai do ponto “a” ao ponto “b”, sem que exista interferência externa). Há alguém que quer o objeto desejante e há, na outra ponta, o objeto que é por alguém querido. O autor sustenta, porém, que essa ideia unidimensional de desejo nada mais é do que uma mentira romântica. A razão é que, conforme a literatura, o desejo não é linear, mas triangular: o desejo de uma pessoa é sempre cópia do desejo das demais.
Neste passo, Girard se opõe aquilo que se conhece como “liberdade plena para as escolhas” pois verifica uma lacuna contingente no livre arbítrio que provoca uma “ilusão moderna de autonomia”: as pessoas não são nem autônomas nem tão livres como, talvez, imaginem ser. Todas as pessoas estão condicionadas ao âmbito dos seus desejos (mas aqui não se está tratando de desejos com campo do abstrato, mas no campo do comportamento humano no âmbito concreto). Trata-se, portanto, de uma dinâmica comportamental totalmente distinta da concepção romântica: enquanto os românticos dizem “nós queremos coisas”, na verdade, o que nós queremos são as coisas que os outros também querem. [6]
Seguindo essa linha compreensiva girardiana, o objeto não possui um valor em si mesmo. Ele desperta valor quanto mais é desejado pelo outro, a partir do que é possível entender porque razão o desejo de poucos indivíduos toma corpo na cobiça coletiva pela via da imitação.[7] Como a escolha do objeto se faz sob a perspectiva de um terceiro (deseja-se o desejo do outro), não é na diferença que está situada a fonte do conflito, mas na identidade. A Violência é, de certa maneira, uma violência do mesmo. Assim, é justamente quando um homem exige a identidade das condições e começa a lutar (…) para ser como o outro, que ele o encontra como obstáculo em seu caminho[8].

(IN ENGLISH) - René Girard is a French philosopher in charge of the study of the mimetic dynamics of the violence in the primitive societies, relating it in the contemporary societies. The author observes that the main criterion for the election of man's desires is based on imitation. Man imitates the desires of the other, and for this reason is inclined to what is meant by "mimetic rivalry" [2] (that which occurs insofar as the Other is taken as a paradigm), a process which tends to aggravated by the fact that this imitation constantly bounces back and forth between partners. In this case, "the more I desire this object that you already desire, the more it will present itself to you desirable, and in return, the more it will seem desirable to me" [3]. From this, a tension is generated which culminates in diffuse violence (since all people tend to desire exactly the same things). [4]

Although the "invention" of the notion of mimetic desire is attributed to Girard, he himself refuses this condition. This is because, according to him, mimicry is a revealing theory of human behavior (and therefore, need not be "invented"). The discipline that formulates this idea more clearly lies in the field of literature, a space in which René Girard investigates the category "desire" from the contrast between romantic lie and what he considers a novelistic truth [5]: for the romantic, the desire is linear (going from point "a" to point "b" without external interference). There is someone who wants the desired object and there is, on the other end, the object that is for a loved one. The author maintains, however, that this one-dimensional idea of ​​desire is nothing more than a romantic lie. The reason is that, according to literature, desire is not linear but triangular: a person's desire is always a copy of the desire of others.

In this step, Girard opposes what is known as "full freedom for choices" because he sees a contingent gap in free will that provokes a "modern illusion of autonomy": people are neither autonomous nor as free as, perhaps, to be. All people are conditioned to the scope of their desires (but here we are not dealing with desires with the field of the abstract, but in the field of human behavior in the concrete realm). It is, therefore, a behavioral dynamic totally different from the romantic conception: while the romantics say "we want things", in fact, what we want are the things that others also want. [6]

Following this comprehensive Girardian line, the object has no value in itself. It awakens value the more it is desired by the other, from which it is possible to understand why the desire of few individuals takes form in the collective greed by way of the imitation. Since the choice of the object is made from the perspective of a third person (the desire of the other is desired), it is not in the difference that the source of the conflict is situated, but in the identity. Violence is, in a way, a violence of the same. Thus it is "just when a man demands the identity of conditions and begins to struggle ... to be like the other, that he finds him as an obstacle in his path" [8]

Na verdade, a grande maioria dos animais é mimética e resolve as questões do desejo com o incremento de padrões de dominância (alguns são efetivamente mais fortes ou espertos do que outros para alcançar o objeto do desejo). Dentre os homens, por serem dotados de razão, é diferente. Aqui, o combate mimético pode se tornar infinito e fatalmente atingir a vingança (devolver ao adversário a violência que ele já prodigalizou funcionaria, portanto, como resposta a violência suportada anteriormente), o que, conforme René Girard[9], poderia colocar em risco a própria existência humana.
Para evitar isso, programa-se o prolongamento do mecanismo do desejo mimético: na medida em que “os homens entram em acordo para desejarem o mesmo objeto, eles também o fazem para odiar o mesmo sujeito”[10]. E assim, para evitar a rivalidade entre dois pontos (pessoas, povos, nações, etc.) desenvolve uma outra figura entre esses dois extremos: o conflito do “todos contra um”. Chega-se, enfim, à Violência Coletiva. E é daí que se estabelece a necessita de eleição de um bode expiatório. Um sujeito ou grupo que era membro da comunidade e que é expulso pelos integrantes desse mesmo espaço do qual ele (indivíduo ou grupo) fazia parte. A imputação dos atos ao bode expiatório é culminada pelo sacrifício, que tem “a função de apaziguar a violência interna e impedir que se instalem os conflitos”[11].
Não por outra razão o poder punitivo compreendido como civilizado procura canalizar racionalmente a vingança, e sempre em torno da retribuição. Assim, se o nosso sistema nos parece mais racional, isso se deve ao fato de que é mais estreitamente adequado com o princípio da vingança. A insistência a respeito do castigo do culpado não tem outro sentido. Ao invés de esforçar-se em impedir a vingança, para modera-la, para evita-la ou para desviá-la para um objeto secundário, como se faz em todos os procedimentos propriamente religiosos, o sistema judicial racionaliza a vingança, consegue subdividi-la e como melhor lhe servir; manipula-a sem perigo; transforma-a numa técnica extremamente eficaz de cura e, secundariamente, de prevenção da violência[12].
A ideia é que o sacrifício do eleito bode expiatório transfira todas as tensões, medos, toda a insegurança e todo ódio que provoca o mal-estar social. Além disso, “o sacrifício é uma vingança sem risco de vingança”[13]. Há, assim, um caráter terapêutico do linchamento nas sociedades humanas que se estabelece como verdadeiras “criadoras de vítimas” das mais diversas e variadas maneiras.
“(…) o herói mítico é uma vítima unânime: ele será morto por todos. Todos estão contra ele, todos transferiram a violência –
(IN ENGLISH) - In fact, the vast majority of animals are mimetic and resolve the issues of desire with increasing patterns of dominance (some are actually stronger or smarter than others to achieve the object of desire). Among men, because they are endowed with reason, it is different. Here, mimetic combat can become infinite and fatally attain revenge (giving back to the adversary the violence he has already prodigalized would therefore function in response to previously supported violence), which, according to Rene Girard [9], could jeopardize human existence itself.

To avoid this, the extension of the mechanism of mimetic desire is programmed: to the extent that "men agree to desire the same object, they also do so to hate the same subject" [10]. And so, to avoid rivalry between two points (people, peoples, nations, etc.) develops another figure between these two extremes: the "all against one" conflict. Finally, we come to Collective Violence. And that's where the need to choose a scapegoat is established. A subject or group that was a member of the community and that is expelled by the members of that same space of which he (individual or group) was part. The attribution of acts to the scapegoat is culminated by sacrifice, which has "the function of appeasing internal violence and preventing conflicts from settling" [11].

For no other reason the punitive power understood as civilized seeks to rationally channel revenge, and always around retribution. Thus, "if our system seems to us to be more rational, it is due to the fact that it is more closely fitted with the principle of revenge. The insistence on the punishment of the guilty has no other meaning. Instead of striving to prevent vengeance, to moderate it, to avoid it, or to divert it to a secondary object, as in all strictly religious procedures, the judicial system rationalizes revenge, and how best to serve him; manipulates it without danger; transforms it into an extremely effective technique of healing and, secondarily, the prevention of violence "[12].

The idea is that the sacrifice of the elected scapegoat will transfer all the tensions, fears, all the insecurity and all hatred that causes social unrest. Moreover, "sacrifice is a revenge without risk of revenge" [13]. There is, therefore, a therapeutic character of lynching in human societies that establishes itself as true "creators of victims" of the most diverse and varied ways.

"(...) the mythical hero is a unanimous victim: he will be killed by all. Everyone is against him, everyone has transferred violence -


e utilizo a palavra transfert com conhecimento de causa – ao ponto de toda a sociedade, em conjunto, mata este indivíduo. Tal fenômeno existe e tem um nome, é o chamado linchamento unânime[14].
Estabelece-se um acordo social para que se dê o sacrifício, o que revela o núcleo da Violência Sacralizada: a vítima de um lado; a sociedade de outro. Mas, para se concluir que o ele deva ser, inicialmente criminalizado e, posteriormente, eliminado (ritual), o bode expiatório deve infundir muito medo e ser crível que seja ele o causador único de todas as aflições do grupo. Por isso, um alerta aqui, no entanto, é necessário: não se trata de um acordo como se um contrato fosse. Isso porque acordo (no sentido estrito) não se pode ter lugar senão quando “os intervenientes puderem aceitar uma pretensão de validade pelos mesmos motivos”[15], obviamente, no sentido em que os homens sabem que eles o firmam. 
(IN ENGLISH) - and I use the word transfert knowingly - to the point that the whole society, together, kills this individual. Such a phenomenon exists and has a name, is the so-called unanimous lynching "[14].
A social agreement is established for the sacrifice to be made, which reveals the core of the Sacred Sacrifice: the victim on one side; the society of another. But to conclude that he must be initially criminalized and subsequently eliminated (ritual), the scapegoat must infuse much fear and be credible that he is the sole cause of all the afflictions of the group. Therefore, an alert here, however, is necessary: it is not an agreement as if a contract were. That is because agreement (in the strict sense) can only take place when "interveners can accept a claim of validity for the same reasons" [15], obviously, in the sense that men know that they sign it.






O processo do bode expiatório, por outro lado, precisa de certo desconhecimento para ser eficaz: o bode expiatório não pode saber que é ele o objeto do sacrifício. 
Diante disso, a pergunta formulada por Stéphane Vinolo[16]interessa: “um bode expiatório conhecido como tal poderia ainda agir como bode expiatório?” Crê-se que não. Certamente, pode-se verificar que essa ignorância recai sobre o próprio conceito da categoria bode expiatório: todos concordam em ver o bode expiatório dos outros, por outro lado, resistem sistematicamente em enxergar o seu próprio bode expiatório.
Trata-se da ritualística contemplada por Girard[17] no seio da religião. Para o autor, nas sociedades arcaicas, a religião nada mais é do que a institucionalização, a regulação da violência. Trata-se de certos mecanismos que, em última análise, serão traduzidos em determinados rituais. Então, a violência se ritualiza para que apareça na forma de religião. No sentido arcaico, a religião é um mecanismo regulador da violência que é organizada através de determinados rituais e cujo centro radica, precisamente, a noção de sacrifício.
Talvez isso explique o fato de que os fundamentos da lógica jurídico-penal sejam tão alinhados aqueles contidos na Bíblia Cristã: as justificativas do sacrifício (crime = pecado; execução penal = penitência[18]) decorrem diretamente do que se extrai da fábula do Paraíso Original[19]: um homem com liberdade de escolhas e, assim, responsável[20]; por consequência, possivelmente culpado.[21]
O curioso disso é que o mais elementar sacrifício do atual cenário jurídico-penal é, justamente, a privação da liberdade. Ou seja, priva-se a liberdade em nome da liberdade fundada na concepção livrearbitrista e que busca nessa premissa metafísica a legitimação do castigo[22] Esse conluio entre o livre arbítrio e a preferência voluntária do Mal ao Bem e que reafirma a necessidade do castigo supõe o funcionamento regular de um pensamento que ignora o que a diligência pós-cristã de Sigmund Freud[23] esclarece com a psicanálise e outros estudos relacionados à Neurociência[24] que evidenciam o poder dos determinismos inconscientes, psicológicos, culturais, sociais, familiares, etológicos, dentre outros. [25]
O fato é que quem é colocado nessa posição é percebido como inimigo. Há um distúrbio na incapacidade de o sujeito discernir no material projetado entre o que provém desse inimigo e o que lhe é alheio.[26] E a purificação pelo castigo, em todos os casos, é o grande instrumento de ordenamento social de maneira que vende-se o crime como o sintoma do mal a ser extirpado[27].
(IN ENGLISH) - The process of the scapegoat, on the other hand, needs some ignorance to be effective: the scapegoat can not know that it is the object of the sacrifice.

Faced with this, the question formulated by Stéphane Vinolo [16] concerns: "a scapegoat known as such could still act as a scapegoat?" It is believed not. Of course, one can see that this ignorance falls on the very concept of the scapegoat category: everyone agrees to see the scapegoat of others, on the other hand, they systematically resist seeing their own scapegoat.

It is the ritualistic contemplated by Girard [17] within the religion. For the author, in archaic societies, religion is nothing more than institutionalization, the regulation of violence. These are certain mechanisms that will ultimately be translated into certain rituals. Violence then ritualizes itself so that it appears in the form of religion. In the archaic sense, religion is a regulating mechanism of violence that is organized through certain rituals and whose center precisely lies the notion of sacrifice.

Perhaps this explains why the foundations of criminal-law logic are so aligned with those contained in the Christian Bible: the justifications for sacrifice (crime = sin, penal execution = penitence [18]) come directly from that which is drawn from the fable of Paradise Original [19]: a man with freedom of choice and thus responsible [20]; consequently, possibly guilty. [21]

The curious thing is that the most elemental sacrifice of the current legal-penal scenario is, precisely, the deprivation of liberty. In other words, freedom is deprived in the name of freedom based on the free-arbitrary conception and that seeks in this metaphysical premise the legitimation of punishment. [22] This collusion between free will and voluntary preference from evil to good and reaffirming the necessity of punishment presupposes the regular functioning of a thought that ignores what post-Christian diligence of Sigmund Freud [23] clarifies with psychoanalysis and other studies related to Neuroscience [24] that demonstrate the power of unconscious, psychological, cultural, social, family and ethological determinism, among others. [25]

The fact is that whoever is placed in this position is perceived as an enemy. There is a disturbance in the inability of the subject to discern in the material projected between that which comes from that enemy and that which is alien to him. And purification by punishment, in all cases, is the great instrument of social ordering so that "crime is sold as the symptom of evil to be extirpated" [27].
Resta investigar o sentido cronológico do estabelecimento desses critérios: a sociedade elege o bode expiatório a partir da insegurança e medo da violência que acentua (sistema girardiano) ou, então, seleciona-se o bode expiatório e, após, procuram-se estabelecer instrumentos de justificação para que o escolhido realmente o seja?
Hoje, como regra, a vingança sacrificial não opera pelos meios informais, como nas antigas civilizações.[28] É o Sistema Penal que reafirma a vingança pública nos dias atuais pela via da violência legítima ao passo em que a vingança privada é condenada. Por isso, se o Sistema Penal tem por missão real a canalização da vingança e da violência exercitada na sociedade, é bastante natural que as pessoas, em termos gerais, acreditem que o poder punitivo está neutralizando o causador de tudo aquilo que lhe perturba.
Na prática, porém, pouco parece importar se, em termos materiais, o sacrifício do bode expiatório desenvolve, de fato, o resultado a que se pretende. Aqueles que ativam a máquina judiciária a título de vingança do bode expiatório e o fazem funcionar como um mecanismo encontrado às portas do Jardim do Éden não se perguntam o que ela é, porque ela está ali, como ela, de fato, funciona ou para que, realmente, ela serve. [29
Airto Chaves Junior é Doutor em Ciência Jurídica pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI); Doutor em Direito pela Universidade de Alicante (Espanha). Professor Titular de Direito Penal da UNIVALI; Professor de Direito Penal da Escola do Ministério Público do Estado de Santa Catarina; Professor de Direito Penal da Escola da Magistratura do Estado de Santa Catarina (ESMESC). Advogado Criminalista em Santa Catarina. 

(IN ENGLISH) - It remains to investigate the chronological sense of the establishment of these criteria: society elects the scapegoat from insecurity and fear of violence that accentuates (Girardian system) or, then, the scapegoat is selected and, afterwards, seek to establish instruments of justification so that the chosen one really is?

Today, as a rule, sacrificial revenge does not operate through informal means, as in ancient civilizations. [28] It is the Penal System that reaffirms public revenge today by means of legitimate violence while private revenge is condemned. Therefore, if the Penal System has as its real mission the channeling of revenge and violence exercised in society, it is quite natural for people, in general terms, to believe that punitive power is neutralizing the cause of everything that disturbs them.

In practice, however, little seems to matter if, in material terms, the scapegoat's sacrifice actually develops the intended result. Those who activate the judicial machine as vengeance for the scapegoat and make it work as a mechanism found at the gates of the Garden of Eden do not wonder what it is because it is there, as it actually works or for , really, it does. [29

Airto Chaves Junior holds a PhD in Legal Science from the University of Vale do Itajaí (UNIVALI); PhD in Law from the University of Alicante (Spain). Professor of Criminal Law at UNIVALI; Professor of Criminal Law at the School of Public Prosecution of the State of Santa Catarina; Professor of Criminal Law at the School of Magistrates of the State of Santa Catarina (ESMESC). Criminal lawyer in Santa Catarina.

http://justificando.cartacapital.com.br/2017/04/27/about-the-symbolic-control-of-violence-or-want-for-punicao-e-really-seu/



PIERRE BORDEAU
Trabalho por MARIA ALICE NOGUEIRA E CLAUDIO MARQUES M. NOGUEIRA










Vamos verificar um grupo dentro da concepção cultural popular.

Esse grupo, em países europeus, está sofrendo perseguições e as jovens mulheres tem que se submeter a laqueaduras para não perpetuar o grupo: CIGANOS OU GITANOS.

A cultura gitana tem sofrido perseguições, e desvalorização.

O que muitos não sabem é que os ciganos tem grandes participações em composições clássicas, cultura clássica, cultuadas em  países de 1º mundo, os mesmos que avançam na tentativa de extinguir com o grupo étnico,QUE POR falta de uma ligação histórica precisa a uma pátria definida ou a uma origem segura não lhes foi permitido reconhecimento como grupo étnico bem individualizado naly

Let's look at a group within the popular cultural conception.

This group in European countries are suffering persecution and young women have to undergo cataracts to avoid perpetuating the group: CIGANOS OR GYPSY.

Gypsy culture has suffered persecution, and devaluation.

What many do not know is that Gypsies have great participation in classical compositions, great contributions in classical culture, worshiped by the 1st world countries, the same ones that advance in the attempt to extinguish with the ethnic group, WHICH lack of a precise historical link a definite homeland or a safe origin did not allow them to be recognized as a well-defined ethnic group naly

Gotinha III O Povo Cigano enfrentou e,... - CERCI- Centro de ...

https://www.facebook.com/151706238263732/photos/a.../1093712457396434/?...
Gotinha III O Povo Cigano enfrentou e, por incrível que pareça, ainda enfrenta, em alguns países, uma perseguição horrível Pouco depois de chegarem à... ... Ainda nos anos 80, as mulheres ciganas na Eslováquia foram forçadas a se submeterem à esterilização para limitar a população cigana. Texto anônimo.

Tanto a música quanto a dança cigana sempre exerceram fascínio sobre grandes compositores, pintores e cineastas. Há exemplos na literatura, na poesia e na música que retratam muito do mistério que envolve a arte, a cultura e a trajetória desse povo. Entre os clássicos, destaque para a obra de Franz Liszt que se inspirou na cultura cigana para a composição de sua vasta obra, como é possível conferir nesta bela apresentação da Cologne New Philharmonic.

Confira o vídeo: http://bit.ly/10NJlRH

Conheça as Rapsódias Húngaras de Liszt: http://bit.ly/13lkjWu
Uma das operas mais famosas do mundo, Carmen – de Georges Bizet – também tem em seu enredo a música e dança cigana. A obra, escrita no gênero de ópera cômica, conta a história de Don José, um soldado ingênuo que se deixa seduzir pelas artimanhas do cigana Carmen.

Confira trecho da opera! http://bit.ly/lzF9Nf
Para destacar a influência da cultura cigana na música, o maestro húngaro Ivan Fischer gravou extraordinárias versões das obras de Brahms, Liszt e Dvořák que sublinham a importância desse ritmo nas grandes obras clássicas.

Confira: http://bit.ly/6HETcB
A belíssima “Canção que minha mãe me ensinou” foi escrita em 1880 por  Antonín Dvořák. Trata-se da quarta, de sete composições, de seu ciclo de canções ciganas. Esta, em particular, alcançou fama generaliza.

Confira a música http://bit.ly/14UDivo
http://concertino.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4659&Itemid=114

Both music and gypsy dancing have always attracted great composers, painters and filmmakers. There are examples in literature, poetry and music that depict much of the mystery surrounding the art, culture, and trajectory of this people. Among the classics, the work of Franz Liszt was inspired by the Gypsy culture for the composition of his vast work, as can be seen in this beautiful presentation of the Cologne New Philharmonic.

Check out the video: http://bit.ly/10NJlRH

Meet Liszt's Hungarian Rhapsody: http://bit.ly/13lkjWu
One of the most famous operas in the world, Carmen - by Georges Bizet - also has in its plot the music and Gypsy dance. The play, written in the genre of comic opera, tells the story of Don José, a naive soldier who is seduced by the wiles of gypsy Carmen.

Check out excerpt from the opera! http://bit.ly/lzF9Nf

To emphasize the influence of Gypsy culture on music, the Hungarian conductor Ivan Fischer recorded extraordinary versions of the works of Brahms, Liszt and Dvořák that underline the importance of this rhythm in the great classical works.

Check it out: http://bit.ly/6HETcB

The beautiful "Song My Mother Taught Me" was written in 1880 by Antonín Dvořák. It is the fourth, of seven compositions, of his cycle of gypsy songs. This, in particular, achieved widespread fame.

Check out the song http://bit.ly/14UDivo
http://concertino.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4659&Itemid=114



VIOLÊNCIA SIMBÓLICA NO HUMOR


O que é engraçado na lesão sofrida pelo outro?
O que é tão engraçado no bulling?
Que graça tem a queda de uma criança, idoso ou senhora nos vídeos que ganham milhões de audiência?



"O trabalho parte da definição de humor de Henri Bergson, conceito que envolve três fatores ou, nas palavras do autor, ” categorias do fazer rir”: a primeira diz que para fazer rir é preciso remeter à alguma experiência pessoal ou atitude humana. A segunda categoria é a insensibilidade ou indiferença – quando alguém se machuca, por exemplo, só é possível rir de situações assim se estamos insensíveis e indiferentes à vítima. E, por fim, a terceira que explica que o meio social é imprescindível para o humor, pois sempre estamos rindo de algo ou alguém.
Na segunda parte do trabalho, os três conceitos são aplicados à análise das postagens. “O site escolhido foi o Facebook, por seu alcance, tamanho e porque a página que eu estudei surge no Facebook” esclarece a estudante se referindo à página “Orgulho de ser hétero”. A análise foi feita com postagens do último dia internacional da mulher (08/03) e acompanhadas até o dia 31 do mesmo mês, antes da página ter sido derrubada após um volume massivo de denúncias feitas por grupos de militância que sentiram-se ofendidos com as postagens de conteúdo machistas, homofóbicos, xenofóbicos e elitistas.
A página fez três postagens no dia em questão, entre elas, uma que parabenizava as mulheres, caracterizando-as como meras costelas. Nos cometários era possível encontrar homens parabenizando suas mães, esposas e filhas, elemento analisado pela pesquisadora. “O humor atrelado à violência simbólica faz com que o sujeito não consiga perceber que a postagem inferioriza, oprime e é preconceituosa com as mulheres”, afirmou. Uma segunda, que também parabenizava as mulheres, era composta de imagem de um personagem famoso por agredir sua esposa em uma novela da Rede Globo. E, nesse post, além de comentários de pessoas que concordavam com o conteúdo e não percebiam a violência explícita, haviam pessoas que percebiam, mas produziam outros tipos de violência em seus discursos ao tentar defender a violência expressa pela página. E, por fim, uma terceira, com uma imagem de um estacionamento, fazia alusão a uma festa em comemoração ao dia da mulher, imagem composta por  carros batidos e fora de suas vagas. Essa imagem foi a mais compartilhada do dia e nos comentários era possível ver mulheres transferindo a culpa para os homens o que Ellen chama de “combater preconceito com preconceito”.http://www.agendartecultura.com.br/noticias/humor-violencia-simbolica-internet/

(IN ENGLISH) - What is funny about the injury suffered by the other?
What's so funny about bulling?
How much fun does a child, senior citizen, or lady fall in videos that earn millions of audiences?
"The work starts from the definition of humor by Henri Bergson, a concept that involves three factors or, in the author's words," laugh categories ": the first one says that to make laugh it is necessary to refer to some personal experience or human attitude. The second category is insensitivity or indifference - when someone gets hurt, for example, it is only possible to laugh at such situations if we are insensitive and indifferent to the victim.And finally, the third that explains that the social environment is essential for humor, because we are always laughing at something or someone.

In the second part of the paper, the three concepts are applied to the analysis of the postings. "The site chosen was Facebook, because of its scope, size and because the page that I studied appears on Facebook," explains the student referring to the page "Pride of being straight." The analysis was made posting the last international day of the woman (08/03) and accompanied until the 31st of the same month, before the page was overturned after a massive volume of denunciations made by militant groups that felt offended with the postings of macho, homophobic, xenophobic, and elitist content.

The page made three posts on the day in question, among them, one that congratulated the women, characterizing them as mere ribs. In the cometary it was possible to find men congratulating their mothers, wives and daughters, an element analyzed by the researcher. "Humor linked to symbolic violence means that the subject can not perceive that the posting is inferior, oppressive and prejudiced with women," he said. A second, which also congratulated the women, was composed of the image of a personage famous for attacking his wife in a soap opera of Rede Globo. And in this post, in addition to comments from people who agreed to the content and did not perceive explicit violence, there were people who perceived, but produced other types of violence in their speeches when trying to defend the violence expressed by the page. And finally, a third, with an image of a parking lot, alluded to a celebration in commemoration of the woman's day, an image made up of beaten cars and out of their seats. This image was the most shared of the day and in the comments it was possible to see women transferring the guilt to men what Ellen calls "combating prejudice with prejudice". Http://www.agendartecultura.com.br/noticias/humor-violencia -simbolica-internet /


















ESTAMOS VIVENCIANDO UM "GRANDE  LABORATÓRIO EXPERIMENTAL DE 

VIOLÊNCIAS SIMBÓLICAS"! naly


(IN ENGLISH) - WE ARE LIVING A "GREAT EXPERIMENTAL LABORATORY OF

SYMBOLIC VIOLENCE "! Naly


CRIANÇAS BOAS E CRIANÇAS MÁS!

https://www.revistaforum.com.br/leticiapenteado/2014/05/07/a-crianca-ma/

A sociedade adora uma história de terror protagonizando crianças (como esta, ou esta, ou esta, ou esta…). Mas gosta ainda mais quando a história é baseada em acontecimentos reais.

Vira-e-mexe eu recebo um link de uma reportagem ou artigo que fala sobre a maldade infantil. É um clichê: começa com a “bomba” de que existem crianças más (e a contraposição disso à suposta percepção reinante de que elas sejam puras e inocentes), daí vêm referências a estudos que indicam que a criança já nasce má e exemplos de manifesta maldade infantil, e, às vezes, algumas palavrinhas de profissionais da área psi nesse sentido. Enfim: tenham medo, pais, muito medo. Se vocês bobearem, vocês poderão ser os próximos.

Mas o que é uma criança má? E o que é uma criança “boa”?

Eu concordo com a percepção de Alfie Kohn, autor de Unconditional Parenting: para o senso comum, a criança “boa” é a criança que não incomoda.

Pessoas adultas incomodam o tempo todo – falam alto demais, se comportam de forma que não é apropriada para o ambiente ou o momento em que estão. Mas isso é considerado direito deles e só lhes acarreta sanções em casos extremos. As crianças, em compensação, não podem fazer barulho, não podem ter um dia ruim, não podem ter atendidas as suas necessidades de movimento, de atenção, de cuidado, de brincadeira. As crianças têm que se submeter. Por quê? Porque podemos fazer com que se submetam, claro.

PUBLICIDADE

As pessoas gostam de falar como se o existisse de fato um “tabu da inocência infantil”, e que ele protegesse indevidamente a criança, conferindo-lhe alguma espécie de vantagem em relação à pessoa adulta. Um privilégio, quem sabe.

Muito ouço falar desse tal tabu, mas não vejo. A presunção de inocência que eu conheço só existe para es adultes. Para as crianças, o que observo é uma expectativa, uma exigência de inocência sobre-humana que, quando frustrada, se transforma em prova de malícia intrínseca, ensejando as mais cruéis punições. O fato de que, ainda hoje, em pleno século XXI, a maioria das pessoas defende a violência contra a criança (seja física, verbal ou psíquica) como algo necessário para a educação comprova isso, especialmente quando analisamos a quantidade de situações em que esses castigos se agravam a ponto de se causar lesões e mortes.

O que me chama a atenção nesse tipo de artigo é que a informação de que há crianças psicopatas não é passada de forma neutra. Ela é exposta de forma sensacionalista, indiretamente apoiando a tese não só de que há algumas raras crianças más, mas de que as crianças, como um todo, “não são boas”. E daí para a reafirmação da antiquíssima (mas infelizmente ainda em voga) noção de que elas são, portanto, todas más (e que nos cabe torná-las boas através da punição), é um pequeníssimo pulo, porque é dessa forma maniqueísta que o senso comum trabalha – ou é tudo, ou é nada. Ou as crianças são todas puras e angelicais, ou são todas demoníacas. É esta, aliás, a essência da “Pedagogia Venenosa” (Schwarze Pädagogik) denunciada por Alice Miller em seu livro For Your Own Good – a ideia de que as crianças estejam inoculadas pelas sementes do mal e nos caiba arrancar isso delas, mesmo que na base da violência.

De fato, parece-me que o intuito de todos os textos desse tipo que eu, por infelicidade, li, era, subliminarmente, embasar a punição das crianças por sua suposta malícia, dentro da dinâmica de exigir o inexigível e depois repudiar a realidade.

Mesmo em relação a bebês com poucos meses de vida podemos verificar essa forma de pensar. Ainda mais abundantes que os textos que falam da tão horripilante maldade infantil são os que falam, velada ou escancaradamente, da criança ainda muito pequena como um Rasputin em miniatura, um ser maléfico e manipulador, que busca dominar os pais e adestrá-los e que, portanto, devem os pais retribuir na mesma moeda (o que não me pareceria uma atitude muito madura mesmo que eu acreditasse na premissa de que ela parte).

Segundo essa lógica, toda criança é um psicopata em potencial e cabe aos pais evitar que esse potencial se realize, “impondo limites”. Não ensinando princípios, não passando valores, mas impondo limites. Aparentemente, o que queremos criar não são pessoas íntegras, mas pessoas limitadas. E é bem isso o que sobra dessas crianças cuja “altivez” foi quebrada: pessoas limitadas. Limitadas a reproduzir a violência que sofrem, a obedecer quem lhes parece mais forte, a só reconhecer em si os sentimentos que não forem vergonhosos, ou incômodos para outrem.

E dizer que a criança é má porque nasce má, apesar de ser reconfortante para os pais (“não é culpa nossa, já veio quebrado”), não é necessariamente verdade. Ainda que haja pesquisas apontando evidências de configurações neurológicas e genéticas que levam à psicopatia, há também estudos que demonstram que o cérebro da criança é bastante moldável a partir das experiências que ela vivencia. Veja aqui um artigo muito interessante a esse respeito.
VIOLÊNCIA SIMBÓLICA - ( http://minasnerds.com.br/2016/04/25/rpg-e-violencia-simbolica/)


(IN ENGLISH) - We are living a big

LABORATORY

EXPERIMENTAL OF VIOLENCE

SYMBOLICS! "Naly



GOOD CHILDREN AND BAD CHILDREN!

https://www.revistaforum.com.br/leticiapenteado/2014/05/07/a-crianca-ma/



Society loves a horror story about children (like this, or this, or this, or this ...). But he likes it even more when the story is based on real events.

Turn-and-turn I get a link from a story or article that talks about childish evil. It is a cliché: it begins with the "bomb" that there are bad children (and the contraposition of this to the presumed perception that they are pure and innocent), hence references to studies that indicate that the child is already born bad and examples of manifest childish malice, and sometimes a few words from professionals in the psi area in that sense. Anyway, be afraid, parents, very afraid. If you fool, you can be next.

But what is a bad child? And what is a "good" child?

I agree with the perception of Alfie Kohn, author of Unconditional Parenting: for common sense, the "good" child is the child that does not bother.

Old people annoy all the time - they talk too loud, they behave in ways that are not appropriate for the environment or the moment they are. But this is considered their right and only carries sanctions in extreme cases. The children, on the other hand, can not make a noise, they can not have a bad day, they can not have met their needs for movement, attention, care, play. Children have to submit. Because? Because we can make them submit, of course.

PUBLICITY

People like to speak as if there is indeed a "taboo of childish innocence", and that it unduly protects the child, giving him some sort of advantage over the adult person. A privilege, who knows.

I hear a lot about this taboo, but I do not see it. The presumption of innocence that I know exists only for adults. For the children, what I observe is an expectation, a demand of superhuman innocence that, when frustrated, becomes intrinsic proof of malice, provoking the most cruel punishments. The fact that, even today, in the 21st century, most people defend violence against children (be it physical, verbal or psychic) ​​as something necessary for education proves this, especially when we analyze the number of situations in which these punishment worsens to the point of injury and death.

What strikes me in this type of article is that the information that there are psychopathic children is not passed in a neutral way. She is exposed sensationally, indirectly supporting the thesis not only that there are a few rare children but that children as a whole are "not good." And from there to the reaffirmation of the very old (but unfortunately still in vogue) notion that they are therefore all bad (and that it is up to us to make them good through punishment), is a tiny leap, because it is Manichean way that common sense works - or is it all, or is it nothing. Either the children are all pure and angelic, or they are all demonic. This is, in fact, the essence of the "Poem Pedagogy" (Schwarze Pädagogik) denounced by Alice Miller in his book For Your Own Good - the idea that children are inoculated by the seeds of evil and the basis of violence.

In fact, it seems to me that the intention of all such texts which, unhappily, I read, was, subliminally, to base the punishment of children for their supposed malice, within the dynamics of demanding the unenforceable and then repudiating reality.

Even in relation to infants with a few months of life we ​​can verify this way of thinking. Even more abundant than the texts that speak of the horrifying childish wickedness are those who speak, veiled or openly, of the child still very small as a miniature Rasputin, a maleficent and manipulative being, who seeks to dominate parents and to train them and who , so parents should reciprocate in the same currency (which would not seem to me to be a very mature attitude even if I believed in the premise that it departs).

According to this logic, every child is a potential psychopath and it is up to parents to prevent this potential from being realized, "imposing limits". Not teaching principles, not passing values, but imposing limits. Apparently, what we want to create is not upright people, but limited people. And that's what's left of those children whose "haughtiness" has been broken: limited people. Restricted to reproducing the violence they suffer, obeying those who seem stronger, only to recognize in themselves the feelings that are not shameful or uncomfortable for others.

And to say that a child is bad because it is born evil, although it is comforting to parents ("it's not our fault, it's already broken"), it's not necessarily true. Although there is research showing evidence of neurological and genetic configurations that lead to psychopathy, there are also studies that she lives. Here's a very interesting article on this.
SYMBOLIC VIOLENCE - (http://minasnerds.com.br/2016/04/25/rpg-e-violencia-simbolica/)


Você já ouviu falar em Violência Simbólica?
Tem um filósofo francês chamado Pierre Bordieu. Esse moço fala o seguinte: a sociedade cria padrões sociais que as pessoas absorvem e acham que são naturais, porque embora sejam padrões construídos, eles estão cercando as pessoas desde que elas nascem e começam a conviver com a sociedade onde estão inseridas. Esse poder se sustenta por ser invisível. O Bordieu vai dizer o seguinte: O poder simbólico é, com efeito, esse poder invisível que só pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo que o exercem”.
Esse poder se manifesta através dos sistemas simbólicos que formam a sociedade: arte, língua, religião, crenças e valores… Esse poder simbólico serve para a integração da sociedade, mas é uma ferramenta de dominação – a velha história do plural masculino no português, onde você apaga a presença feminina, ou a dificuldade em verbalizar nessa língua o fato de que para minha personagem o gênero não é um fator aplicável. Porque a classe dominante vai forjando os valores simbólicos que são impostos.
Então a gente tem esse monstrinho nocivo. A violência simbólica. Que é essa possibilidade de agredir alguém não no mundo físico, mas impondo coisas no nível simbólico. Agredindo não a entidade física, mas o “mundo das ideias” que compõe uma pessoa.
O RPG é um jogo todo fundamento no campo simbólico. Nossos personagens se constroem com símbolos culturais e elementos que coletamos do mundo físico e dos mundos fictícios que nos envolvem. E são também manifestações simbólicas da nossa psique.
Eu não sou um lobisomem violento e com sede de sangue que justifica suas ações por acreditar em um ideal, mas quando eu jogo, esse lobisomem é minha metáfora para elementos internos ou minha catarse (a forma como eu expurgo alguma coisa que não quero em mim). Ele tem uma potência psíquica quase junguiana, e um bom jogo se sustenta em lidar com isso de uma forma que é segura e confortável para todos os envolvidos.
Assim como a criança coloca de forma simbólica no seu faz de conta os elementos que ela está tentando lidar na realidade e não dá conta, ou como seu cérebro constrói sonhos onde usa os símbolos do seu inconsciente para lidar com as coisas que estão fervendo na sua cabeça, o RPG vai dar espaço para construções dos seus símbolos pessoais.
Vamos deixar uma coisa entendida: quando eu falar de violência aqui, não estou falando de quantos pontos de dano e níveis de vitalidade um personagem perdeu em combate. Estou falando de humilhação, estupro, assédio, agressões verbais, papéis sociais forçados.
Então, coloquem na cabeça de uma vez por todas: a violência sofrida por um personagem é uma violência que a jogadora está sofrendo. Porque embora a jogadora não seja sua personagem, os símbolos que estão ali em ação fazem parte dela.
E quando um jogador descreve, em detalhes que beiram o sadismo, como está estuprando sua personagem, essa violência, ainda que não seja física, é uma violência real. Uma violência real que vai perseguir a vítima muitas vezes por anos. E eu cansei de ver minas que desistiram de jogar por conta de repetidas agressões desse tipo.
Existe um conceito que eu acho incrível, e que tomei contato pela primeira vez através da maravilhosa cartilha composta pela Cecília Reis, chamado Sangramento. Sangramento é exatamente esse espaço emocional que escapa do jogo e vem pro mundo real, e que pode acontecer de forma positiva (e vamos falar disso outra hora) ou negativa. Me lembro de uma situação de violência simbólica contra uma personagem minha que me fez levantar, chorar, e sair de uma mesa de jogo. Eu tinha dezoito anos e hoje, com trinta e três, ainda me arrepia a nuca lembrar daquilo. Não foi uma agressão sexual, mas foi uma agressão fundamentada no fato de minha personagem ser uma mulher que não se submetia ao mundo masculino. Essa submissão forçada, que quebrava toda a construção da minha personagem, que colocava ela em uma posição inferior aos outros personagens, me machucou de verdade. Refletiu uma situação que estava pautada na minha realidade: a dificuldade daquele grupo de jogo em lidar com o fato de que eu não me prendia aos papéis esperados de uma mulher.
(IN ENGLISH) - Have you heard of Symbolic Violence?

There is a French philosopher named Pierre Bordieu. This young man says this: society creates social patterns that people absorb and think are natural, because although they are built standards, they are surrounding people from the moment they are born and begin to live with the society in which they are inserted. This power is sustained by being invisible. Bordieu goes on to say: "Symbolic power is, in effect, this invisible power that can only be exercised with the complicity of those who do not want to know that they are subject to it or even that they exercise it."

This power manifests itself through the symbolic systems that make up society: art, language, religion, beliefs and values ​​... This symbolic power serves to integrate society, but is a tool of domination - the old male plural history in Portuguese, where you erase the female presence, or the difficulty in verbalizing in that language the fact that for my character the genre is not an applicable factor. Because the ruling class is forging the symbolic values ​​that are imposed.

Then we have this noxious little monster. Symbolic violence. What is this possibility of assaulting someone not in the physical world, but imposing things on the symbolic level. Striking not the physical entity, but the "world of ideas" that makes a person.

RPG is a game all grounded in the symbolic field. Our characters are built with cultural symbols and elements that we collect from the physical world and the fictional worlds that surround us. And they are also symbolic manifestations of our psyche.

I am not a violent, bloodthirsty werewolf who justifies his actions by believing in an ideal, but when I play, this werewolf is my metaphor for internal elements or my catharsis (the way I purge something I do not want in me ). He has a psychic power almost jungian, and a good game is sustained in dealing with it in a way that is safe and comfortable for all involved.

Just as the child puts symbolically into his account the elements he is trying to deal with in reality and does not give an account, or how his brain builds dreams where he uses the symbols of his unconscious to deal with the things that are boiling in his head, the RPG will give space for constructions of your personal symbols.

Let's get one thing straight: when I talk about violence here, I'm not talking about how much damage and vitality levels a character has lost in combat. I'm talking about humiliation, rape, harassment, verbal assaults, forced social roles.

So put it on your head once and for all: the violence suffered by a character is a violence that the player is suffering. Because although the player is not her character, the symbols that are there in action are part of her.

And when a player describes, in details that border on sadism, how his character is raping, this violence, even if it is not physical, is real violence. A real violence that will chase the victim many times over for years. And I got tired of seeing mines that gave up playing on account of repeated assaults of this kind.

There is a concept that I think is incredible, and that I first made contact through the wonderful book composed by Cecília Reis, called Bleeding. Bleeding is exactly that emotional space that escapes the game and comes to the real world, and can happen positively (and let's talk about it another time) or negative. I remember a situation of symbolic violence against a character of mine who made me rise, cry, and leave a game table. I was eighteen and today, at thirty-three, I still shudder to remember that. It was not a sexual assault, but it was an assault based on the fact that my character was a woman who did not submit to the male world. This forced submission, which broke the whole construction of my character, which put her in a position inferior to the other characters, really hurt me. It reflected a situation that was based on my reality: the difficulty of that group of game in dealing with the fact that I did not cling to the expected roles of a woman.

Dica: a violência simbólica que acontece dentro do jogo quase sempre significa que a relação dentro do grupo de jogo fora da ficção é pautada por outras violências psicológicas, preconceitos manifestos e agressões sutis e não tão sutis. Muitas vezes, aquilo que começa como agressão simbólica, se não for notada, se os outros jogadores não tomarem uma atitude, se torna agressão física. Relatos disso não faltam.
(IN ENGLISH) - Tip: Symbolic violence that takes place within the game almost always means that the relationship within the game group outside of fiction is ruled by other psychological violence, overt preconceptions, and subtle and not-so-subtle aggressions. Often what starts out as symbolic aggression, if not noticed, if other players do not take action, becomes physical aggression. Reports of this are not lacking.

Oh, but what about personal horror games?
Ah, mas e os jogos de horror pessoal?
Eu sou uma narradora de Vampiro. Mais do que qualquer outro jogo, minha zona de conforto narrando histórias é arrancando dos meus jogadores aquele senso de horror psicológico que nos faz questionar a nós mesmos. Uma coisa que eu aprendi foi antes de começar uma campanha, elencar com os jogadores que tipo de sentimentos e temas eles estavam dispostos a lidar e que assuntos não deveriam ser postos em pauta. Posso brincar com um medo leve, mas não vou explorar uma fobia. Palavras de segurança quando uma aventura ia ter um componente forte sempre foram uma regra. Mas acima de tudo, eu tenho o orgulho de ter causado pavor, medo, cagaço, questionamentos, desespero e tudo que se espera de um bom terror psicológico sem nunca ter usado violência sexual como pauta. E sempre, sempre, criando mecanismos de proteção para que mesmo depois de uma situação muito tensa, os jogadores não saíssem sem conversar sobre o assunto e trabalharmos juntos qualquer desconforto. E quando eu pesei na mão – porque não sou perfeita e porque as vezes acontece algo inesperado, um gatilho desconhecido ou algo assim – eu estava lá no telefone às três da manhã para ouvir, ajudar, e pronta a pedir desculpas, mudar atitudes e melhorar.

É responsabilidade de quem mestra segurar as rédeas e não permitir que os jogadores agridam uns aos outros. E ao mesmo tempo é responsabilidade compartilhada de todos que os limites sejam respeitados. Temos regras para todo tipo de coisa. Regras de convivência são parte de um jogo cooperativo. Se o mestre está agredindo uma jogadora, você tem que apontar isso, sim. Se um dos jogadores está fazendo isso, é seu papel impedir isso sim. Chamar a atenção de alguém para os limites do bom senso deveria ser algo básico.
Esse tema é longo, e tem muito mais para ser dito. Este é o início de uma conversa. E eu conto com o feedback de todas para continuarmos."

(IN ENGLISH) - I am a Vampire narrator. More than any other game, my comfort zone narrating stories is ripping from my players that sense of psychological horror that makes us question ourselves. One thing I learned was before starting a campaign, listing with the players what kind of feelings and themes they were willing to deal with and what issues should not be put on the agenda. I can play with a slight fear, but I will not exploit a phobia. Words of safety when an adventure was going to have a strong component have always been a rule. But most of all, I am proud to have caused dread, fear, shit, questioning, despair, and all that is expected of good psychological terror without ever having used sexual violence as a guideline. And always, always, creating mechanisms of protection so that even after a very tense situation, the players did not leave without talking about the subject and we worked together any discomfort. And when I weighed in the hand - because I'm not perfect and because sometimes something unexpected happens, an unknown trigger or something - I was there on the phone at three in the morning to listen, help, and ready to apologize, change attitudes and improve .

It is the master's responsibility to hold the reins and not allow players to attack each other. And at the same time it is the shared responsibility of all that limits are respected. We have rules for all sorts of things. Cohabitation rules are part of a cooperative game. If the master is assaulting a player, you have to point that out, yes. If one of the players is doing this, it is their role to prevent this from happening. Calling someone's attention to the limits of common sense should be basic.

This theme is long, and there is much more to be said. This is the beginning of a conversation. And I count on everyone's feedback to continue. "

RPG - DE JOGO E ESTRATÉGIAS, VIOLÊNCIA SIMBÓLICA PARA O MUNDO REAL - VIOLÊNCIAS E TORTURAS, PRÁTICA NA QUAL SE JOGAM REALMENTE COM VIDAS HUMANAS, CHAMADOS TIs (TARGETS INDIVIDUALS)RPG - GAMES AND STRATEGIES, SYMBOLIC VIOLENCE FOR THE REAL WORLD - VIOLENCES AND TORTURES, PRACTICE IN WHICH THEY REALLY PLAY WITH HUMAN LIVES, CALLED IT (TARGETS INDIVIDUALS)

VÍTIMAS (SEM CONDIÇÕES DE OPOSIÇÃO)
VÍTIMAS DE UM "SISTEMA", TECNOLÓGICO, PSICOTRONICO E DE TELEPATIA SINTÉTICA.VICTIMS (WITHOUT CONDITIONS OF OPPOSITION)

VICTIMS OF A "SYSTEM", TECHNOLOGICAL, PSYCHOTRONIC AND SYNTHETIC TELEPHYTE.



3º VÍDEO, EM ESPANHOL, USEI A TRANSCRIÇÃO PARA PORTUGUÊS;
0: 37 como estável, bem-vindo a este espaço
0: 41 luz do centro do tempo
0: 46 todos nós podemos nos encontrar com uma voz
0: 52 Hoje com você suas armas
0: 57psicotronicas , há algum tempo atrás
1: 01 o exército dos estados unidos
1: 02desclassificado documentos relativos
1: 04 para o estudo e uso de armas não-letais e
1: 08 seus efeitos biológicos
1:10 em particular uma arma relâmpago que
1: 13 Causa febres artificiais ou mesmo isso
1: 17 O inimigo pode ouvir vozes
1: 19 estranhos no seu cérebro
1: 22 Estas são as armas e as crônicas
1: 25 documentos foram desclassificados por
1: 27 a lei da liberdade de informação em
1: 29 resposta a uma solicitação de e-mail hoje
1: 32 Lei de liberdade de informação Ata do
1: 37informação de informações gratuitas
1:42 estão disponíveis no site do
1:45 apartamento decente
1: 47 o relatório intitulado Bío efecto de las
1: 49 armas não-letais datam de 1998 e
1: 54informa cinco projetos diferentes em
1: 57 amadurecimento de tecnologias não
1: 59talks
2: 00 fazendo uso de microondas a laser e
2: 03sound principalmente dirigido para o
2: 06 controle de multidão e outros
2: 08Aplicações algumas das idéias como
2: 11 o impulso eletromagnético que causa
2: 14convulsões humanos como se
2: 16 episódios epilépticos foram tratados
2: 19 apenas idéias conceituais, mas outras como
2: 22 A arma de raio já foi testada com
2: 25humanos
2: 27 esta arma para a boca o que é conhecido
2: 29 como um efeito de quadro que, com a ajuda de um
2: 31strange gama de microondas induz
2: 34 sons audíveis nos ouvidos de um
2: 36 pessoas
2: 38 De fato, o neurocientista mexicano
2: 40 falei, falei antes de estudar e
2: 44 este fenômeno e foi o primeiro em
2: 47publish john knoll of light of
2: 50fisiologia 17 páginas de 689 692 e
2: 58a informação sobre a natureza do
3: 01 efeito um tipo de microondas também é
3: 04 o médico dá apenas microondas e público
Comportamento 3: 09
3: 10mike weir and behavior in the american
3: 14psycho lodge é bom porque o
3: 17 investigações feitas pela massa
3: 19 na década de 1970 mostrou que isso
O efeito 3: 23 ocorre como resultado de
3: 26 a expansão térmica das partes do
3: 28 audiência humana em torno de se encontrar até mesmo
3: 31 Densidade de potência baixa e posterior
3: 35 o sinal de modulação foi encontrado
3: 38 para produzir sons ou palavras que, quando
3: 40 parecem originar mente intracraniana
3: 44 foi supostamente estudado para o seu
3: 47 uso possível em comunicações, mas
3: 49 não foi desenvolvido devido à
3: 52 possíveis efeitos biológicos da
3: 54 radiação de microondas perigosas
3: 58 Houve uma decisão similar tomada
4: 00 na antiga União Soviética que
4: 02Ele estudou seu uso em armas não-letais, mas
4: 05 Eu realmente não sei ter usado isso
Técnica 4: 10 que eu usaria em alguns
4: 14ª ocasião foi ouvida na mídia
4: 17 da comunicação como um slogan que
4: 19 são utilizadas as dispersões de garrafas e
4: 22 coisas assim
4:23 e, basicamente, consistiu no uso de
4: 25 freqüências de sons irritantes que
4: 27 Você apenas ouve uma orelha jovem para ser
4: 31 melhor entender, seria como o
4: 33silbato eles usam com cães
4: 37 ouvem o sinal sonoro, mas não o
4: 39humanos
4: 40 dessas explosões provocam o jovem
4: 42 grandes dores de cabeça e em suma
4: 47exotic são as armas que usam
4: 50 para cancelar ou sons baixos
4: 53 Frequência tão poderosa que eles são capazes
4: 56 para reduzir o saldo de uma pessoa
4: 58 você deve saber que ambos foram
5: 02 já utilizado em conflitos de guerra
5: 05 o primeiro por exemplo no Iraque e o
5: 07Segundo nos supostos ataques de
5: 09pirates no
5: 10 destes da Somália, pelo contrário, em
5: 13 todo o relatório não aparece
5: 14 Referência ao uso de conflitos
5:17 dos protótipos que produzem febre
5: 19 Artificial ou seus amigos na cabeça e
5: 23 Então eu posso te dizer deixando um lago
5: 26 possíveis usos não confirmados e seu uso em
5: 29 Algumas teorias da conspiração são
5: 32 Eu sei que o poderoso movimento
5: 34militares dos estados unidos são
5: 37proclive para experimentar com seres
5: 39 humano e com sua ideologia como já fez
5: 44 o projeto mk ultra com sua platina e é
5: 48 que tudo tem como objetivo controlar o
5: 52masas neste tipo de tópicos
5: 56 Sempre há verdades e falsidades
6: 00 nesta ocasião eu apenas tenho isso
6: 02, mas de você depende acreditar
6: 05 não acredito
6: 06simo e anjo luis fernández muitos
6: 09 obrigado pela sua atenção
6: 32tesla
6: 47 as lutas




VÍTIMA TI DO BRASIL
ROSANGELA DOS SANTOS BRANDÃO DA BAHIA - EM PALESTRA NO ESTADO DE SANTA CATARINA VÍTIMA TI DO BRASIL

ROSANGELA DOS SANTOS BRANDÃO DA BAHIA - EM PALESTRA NO ESTADO DE SANTA CATARINA
  


VÁRIAS VÍTIMAS NO BRASIL DA VIOLÊNCIA DESTE SISTEMA PSICOPATOLÓGICO.
VARIOUS VICTIMS IN BRAZIL OF THE VIOLENCE OF THIS PSYCHOPATHOLOGICAL SYSTEM.







 


  



PESQUISAS/COMENTÁRIOS E ANÁLISES/PRINTS/: NALY DE ARAUJO LEITE - SOROCABA CITY - SÃO PAULO STATE - BRAZIL



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Espero que meu trabalho de pesquisas e análises seja útil a todos. Por favor, somente comentários que ajudem no crescimento e aprendizado.Naly