sábado, 7 de abril de 2018

FRENTISTAS PODEM SOFRER CÂNCER DEVIDO EXPOSIÇÃO AO BENZENO E OUTROS - RISCO EXTENSIVO ÀS LOJAS DE CONVENIÊNCIA - PEC DEP. MARCOS MONTEIRO


BRASIL CONTINUA "ATRASADO E RETRÓGRADO", GLOBALIZAÇÃO É "CONVENCIONAL E CONFORTÁVEL AOS PAÍSES DE PRIMEIRO MUNDO.
Tudo começou em 2004,aqui, Brasil, e no dia 05/04/2018 assisti o debate sobre a questão do Projeto proposto, entre Deputados Estaduais de SP, autor do Projeto, Deputado Marcos Monteiro e outros pela TV ALESP.
23/04/2004 16:44
Deputado defende frentistas
Da assessoria do deputado Nivaldo Santana
O deputado Nivaldo Santana (PCdoB) coordenou na última segunda-feira, 19/4, o ato de lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Trabalhadores Frentistas. Para o deputado, a Assembleia Legislativa tem o dever de defender a categoria diante da proposta do governo estadual de instituir o auto-atendimento nos postos de combustível de todo o Estado.
"Nossa ideia é aprovar um projeto de resolução que crie a Frente Parlamentar. Para isso, temos que pressionar os deputados", afirmou Nivaldo Santana para uma plateia composta por dirigentes sindicais de diversas categorias, além de frentistas.
Recentemente, a categoria foi surpreendida pelo governo estadual, que questionou, através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), a Lei Estadual 9.796/97, que proíbe o sistema de auto-atendimento nos postos de combustível do Estado de São Paulo, garantindo o emprego de milhares de trabalhadores frentistas e preservando o consumidor de riscos inerentes ao manuseio do combustível.
"O avanço da ciência faz parte dos avanços da sociedade, mas ao lado da inovação tecnológica temos que nos preocupar com o principal problema dos brasileiros, o desemprego", afirmou o deputado.
gabinete@nivaldosantana.com.br


Assisti o Debate e a questão será votada pelos Deputados Estaduais de SP para dar maiores garantias aos trabalhadores frentistas, principalmente as mulheres em estado gestacional.
Segundo exposições de motivos, a exposição ao benzeno é muito perigosa e pode resultar a leucemia.
Temos noticias, inclusive, audiências no STF sobre a questão, mas pertinente a casos comprovados de leucemia em crianças resultado da exposição que todos sofremos a descargas de postes e torres de energia.
Agora, câncer por exposição a química de combustíveis e compostos usados em postos de gasolina.
A questão lançada é que dificilmente quando um cidadão se apresenta a um médico, esse relaciona o problema apresentado ao trabalho exercido pelo paciente. Segundo expositor da questão, a exemplo, se o paciente apresentou uma leucemia, ninguém vai imaginar que seja por exposição ao benzeno, resultante do trabalho que exerce.
São vários os resultados pela inalação do benzeno:
- aplasia medular;
- perda de bebês;
- leucemia;
- alterações neurológicas com quadros de euforia;
- problemas dermatológicos, hepáticos, renais e pulmonares;
Tanto o benzeno quanto solventes, comprovadamente podem causar esses quadros acima descritos.
VEJAMOS O ANDAMENTOS DAS DISCUSSÕES DO PROJETO LEGISLATIVO. NALY DE ARAUJO LEITE
It all started in 2004, and on 05/04/2018 I attended the debate on the proposed Project issue, between Nivaldo Santana, Raimundo Nonato de Souza and others on TV ALESC.
04/23/2004 16:44
Deputy Advocates Advocates
From the advice of Deputy Nivaldo Santana
Deputy Nivaldo Santana (PCdoB) coordinated last Monday, 19/4, the act of launching the Parliamentary Front in Defense of the Workers Frentistas. For the deputy, the Legislative Assembly has the duty to defend the category in front of the proposal of the state government to institute the self-service in the stations of fuel of all the State.
"Our idea is to approve a draft resolution that will create the Parliamentary Front, so we have to put pressure on the deputies," Nivaldo Santana told an audience of trade union leaders from various categories as well as ticket holders.
Recently, the category was surprised by the state government, which questioned, through a Direct Action of Unconstitutionality (Adin), State Law 9,796 / 97, which prohibits the self-service system at the fuel stations of the State of São Paulo, guaranteeing the employment of thousands of front-line workers and preserving the consumer's inherent risks of fuel handling.
"The advance of science is part of the advances of society, but next to technological innovation we have to worry about the main problem of Brazilians, unemployment," said the deputy.
gabinete@nivaldosantana.com.br
I attended the Debate and the issue will be voted by the State deputies of SP to give greater guarantees to the workers, mostly women in the gestational state.
Exposure to benzene is very dangerous and can lead to leukemia.
We have even heard hearings in the STF on the issue, but pertinent to proven cases of leukemia in children resulting from exposure that we all suffer from the discharge of poles and towers of energy.
Now, cancer from exposure to the chemistry of fuels and compounds used at gas stations.
The issue raised is that hardly when a citizen introduces himself to a doctor, it relates the problem presented to the work performed by the patient. Second speaker of the issue, for example, if the patient had leukemia, no one will imagine that it is due to exposure to benzene, resulting from the work you do.
There are several results from inhalation of benzene:
- medullary aplasia;
- loss of babies;
- leukemia;
- neurological changes with frames of euphoria;
- dermatological, hepatic, renal and pulmonary problems;
Both benzene and solvents can be shown to cause such conditions as described above.
LET'S VIEW THE PROGRESS OF THE DISCUSSIONS OF THE LEGISLATIVE PROJECT



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Danilo Fernandes e Marcos Martins
http://marcosmartinspt.com.br/2013/01/25/marcos-martins-fala-sobre-mercurio-na-record-news/ 2015
09/04/2015 11:43
Exposição ao benzeno pode causar câncer
Da assessoria do deputado Marcos Martins
Procurado pelos trabalhadores em postos de combustíveis, vítimas e potenciais vítimas do benzeno, o deputado Marcos Martins (PT) protocolou em março, na Assembleia Legislativa, projeto de lei que proíbe o abastecimento além do nível automático da bomba nos postos de combustíveis. O PL visa evitar que os vapores do benzeno sejam inalados por frentistas, passageiros, proprietários de veículos e de postos de abastecimento.
"A primeira audiência pública realizada na Alesp nesta nova legislatura foi justamente sobre os malefícios do benzeno. Este é apenas o primeiro passo em busca da exposição zero. Com a realização desta audiência esperamos que os demais deputados da Casa entendam que se trata de uma questão de vida ou morte, e nada pode ser mais importante do que isso", completou.
O benzeno é um subproduto do petróleo, do carvão e do gás natural, podendo entrar no corpo através da respiração, da pele ou por ingestão. Hoje, os trabalhadores de plataformas de extração de petróleo e funcionários de postos de abastecimento de combustíveis são as categorias mais vulneráveis aos problemas causados pelo benzeno.
A publicação Efeitos da Exposição ao Benzeno para a Saúde, da Fundacentro (Ministério do Trabalho), aponta o produto como altamente tóxico, principalmente para o sistema formador do sangue, e como causa de câncer. Segundo o médico Danilo Fernandes, especialista em risco químico e câncer ocupacional, não existem níveis seguros de exposição.
mmartins@al.sp.gov.br
04/09/2015 11:43
Exposure to benzene can cause cancer
From the advice of Deputy Marcos Martins
Wanted by workers at gas stations, victims and potential victims of benzene, MP Marcos Martins (PT) filed a bill in March in the Legislative Assembly, a bill that prohibits supplies beyond the automatic level of the pump at the gas stations. PL is designed to prevent benzene vapors from being inhaled by passengers, passengers, vehicle owners and filling stations.
"The first public hearing held at Alesp in this new legislature was precisely about the harmful effects of benzene.This is only the first step towards zero exposure.With this hearing we hope that the other MEPs will understand that this is an issue of life or death, and nothing can be more important than that, "he added.
Benzene is a byproduct of petroleum, coal and natural gas, which can enter the body through breathing, skin or by ingestion. Today, oil rig workers and fuel station workers are the most vulnerable categories to the problems caused by benzene.
The publication Effects of Exposure to Benzene for Health, Fundacentro (Ministry of Labor), points to the product as highly toxic, mainly to the blood-forming system, and as a cause of cancer. According to the doctor Danilo Fernandes, specialist in chemical risk and occupational cancer, there are no safe levels of exposure.
mmartins@al.sp.gov.br
15/04/2015 10:33
Opinião - Combater a exposição ao benzeno é lutar pela saúde do trabalhador
Marcos Martins*
Todos que acompanham minha trajetória política sabem que uma das principais bandeiras de meus mandatos, seja como vereador ou deputado, tem sido a defesa da saúde do trabalhador. Travamos grandes batalhas que, em parceria com a Abrea, culminaram no banimento do amianto, e ao lado da Associação dos Expostos e Intoxicados por Mercúrio, na proibição do uso de equipamentos hospitalares contendo o metal pesado no estado de São Paulo.
Agora, me coloco a frente de mais um desafio. Desta vez, contra a exposição dos trabalhadores ao benzeno. Em 2014, companheiros da Fenepospetro, da Fepospetro e do Sinpospetro Campinas me procuraram para desenvolver um trabalho pela preservação da saúde dos trabalhadores em postos de abastecimento de combustíveis no estado de São Paulo.
Como não poderia deixar de ser, passei a travar mais esta luta, o que me levou a criar o Projeto de Lei 247/2015, que dispõe sobre a proibição de postos de combustíveis abastecerem os veículos após a trava de segurança da bomba ser acionada. Para discutir a medida, realizei, no primeiro mês da nova legislatura, uma audiência pública com integrantes da sociedade civil, sindicatos, federações, parlamentares, advogados, médicos e técnicos sanitaristas que debateram e expuseram os malefícios do benzeno à saúde e ao meio ambiente.
O benzeno é muito utilizado na indústria química, mas o risco maior aos trabalhadores provém de sua concentração nos combustíveis derivados de petróleo, como no escape de veículos automóveis e na evaporação da gasolina, principalmente em postos de abastecimento. Hoje, diversos órgãos governamentais tratam o produto como uma substância de risco para a saúde mundial.
De acordo com estudos realizados por especialistas, a curto prazo esta exposição pode causar sonolência; tontura; dores de cabeça e nos olhos; irritação das vias respiratórias; chegando até a perda de consciência. Já a exposição a longo prazo pode causar transtornos no sangue, como a redução do número de glóbulos vermelhos e anemia aplástica; além de danos no fígado; no sistema nervoso central e sanguíneo; prejuízo ao sistema reprodutivo e ao feto; e até mesmo o câncer. Por isso, é preciso eliminar de uma vez por todas qualquer tipo de contato com o benzeno, pois não existem níveis seguros de exposição.
Atualmente, quase todos postos de abastecimento têm um sistema de trava automática da bomba para evitar que o benzeno evapore e prejudique a saúde do trabalhador, do motorista e, até mesmo, do meio ambiente. Contudo, é comum que os frentistas, a pedido dos clientes ou dos proprietários dos postos ultrapassem o limite do automático, o que é danoso para todos os envolvidos.
Por isso, vamos continuar lutando para que o Projeto de Lei 247/2015 seja aprovado, em benefício da saúde do trabalhador e do meio ambiente. Através de nossas experiências anteriores, sei que a defesa da saúde do trabalhador e da sociedade de maneira geral nunca foi tarefa fácil e agora não será diferente.
*Marcos Martins é deputado estadual (PT)
04/15/2015 10:33
Opinion - Tackling benzene exposure is fighting for worker health
Marcos Martins *
All who follow my political trajectory know that one of the main flags of my mandates, whether as councilor or deputy, has been to defend the health of the worker. We fought big battles that, in partnership with Abrea, culminated in the banning of asbestos, and alongside the Association of Exposed and Intoxicated by Mercury, in the prohibition of the use of hospital equipment containing heavy metal in the state of São Paulo.
Now, I am facing another challenge. This time against the exposure of workers to benzene. In 2014, Fenepospetro, Fepospetro and Sinpospetro Campinas teammates contacted me to develop a work to preserve the health of workers at gas stations in the state of São Paulo.
As I could not fail to be, I started to fight this fight more, which led me to create Bill 247/2015, which provides for the prohibition of gas stations to supply the vehicles after the safety lock of the pump to be activated. To discuss the measure, in the first month of the new legislature I held a public hearing with members of civil society, trade unions, federations, legislators, lawyers, doctors and health technicians who debated and exposed the harm of benzene to health and the environment.
Benzene is widely used in the chemical industry, but the greatest risk to workers comes from its concentration in petroleum-derived fuels, such as the exhaust of motor vehicles and the evaporation of gasoline, especially at filling stations. Today, various government agencies treat the product as a substance that poses a threat to global health.
According to studies conducted by specialists, in the short term this exposure may cause drowsiness; dizziness; headaches and eye pain; irritation of the respiratory tract; even to the loss of consciousness. Long-term exposure may cause blood disorders, such as reduced red cell count and aplastic anemia; besides damage to the liver; in the central nervous system and blood; injury to the reproductive system and the fetus; and even cancer. Therefore, it is necessary to eliminate benzene once and for all because there are no safe levels of exposure.
Currently, almost all filling stations have an automatic pump locking system to prevent benzene from evaporating and damaging the health of the worker, the driver and even the environment. However, it is common that the ticket holders, at the request of the customers or the owners of the stations, exceed the automatic limit, which is harmful to all involved.
Therefore, we will continue to strive for Bill 247/2015 to be approved, to the benefit of worker health and the environment. Through our previous experiences, I know that defending the health of the worker and society in general has never been an easy task and will now be no different.
* Marcos Martins is a state deputy

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2017
12/01/2017 17:23
Lei do benzeno já pode ser sancionada
Da assessoria do deputado Marcos Martins
Aprovado pela Assembleia Legislativa em dezembro de 2016, o Projeto de Lei 247/2015, que regulamenta o abastecimento de veículos em postos de combustíveis, aguarda sanção do governador Geraldo Alckmin. De autoria de Marcos Martins (PT), com apoio de trabalhadores e especialistas da área da saúde, o projeto visa evitar a exposição contínua da população à uma substância cancerígena e que pode levar à morte, o benzeno. 
Em audiência pública realizada na Assembleia, o médico e auditor fiscal do Ministério Público do Trabalho, Danilo Costa Fernandes, destacou a importância da aprovação da lei que proíbe o abastecimento de combustíveis após ser acionada a trava da bomba. "A iniciativa que será mais bem sucedida será a de acabar com o "chorinho" na hora de abastecer o automóvel. O frentista tem de parar quando é acionada a trava da bomba. Isso protege o trabalhador, o cliente, quem estiver no entorno dos postos de abastecimento, o meio ambiente e até o próprio veículo". 
Fruto de uma longa luta contra os malefícios do benzeno à saúde do trabalhador, da população de maneira geral e do meio ambiente, o projeto regulamenta limites para o abastecimento de veículos, exigindo a manutenção e uso adequado das travas de segurança. O benzeno é um composto constituinte de combustíveis derivados do petróleo, oferece riscos diversos à saúde humana, é causador de uma infinidade de doenças e diversos tipos de câncer. "Devemos reduzir os riscos e os danos à saúde, trabalhar para conscientizar a população e principalmente os trabalhadores frentistas sobre os malefícios do benzeno. Esperamos que o governador sancione o mais rápido possível este projeto tão importante para população", afirmou o deputado. mmartins@al.sp.gov.br 

https://www.al.sp.gov.br/noticia/impressao/?id=376130&ver_imp=true


PESQUISA:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2016001205004
Desde 1982, o benzeno é reconhecido como cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS), especialmente para tumores do sistema hematopoiético 1


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O benzeno é amplamente utilizado em diversos processos produtivos, como na exploração de petróleo e na indústria petroquímica, e é subproduto de várias indústrias químicas dentre outras.
A OMS recomenda normas de controle da exposição ao benzeno, com sua mensuração e monitoramento sistemático e contínuo em ambientes de trabalho, além de medidas de prevenção, que compõem as ações de vigilância em saúde 2, já em curso em muitos países 3. Essas ações, entretanto, continuam sendo precariamente implementadas, mesmo em países reconhecidos como avançados na proteção contra riscos químicos. Comumente, mensurações de agentes químicos provêm de pesquisas realizadas com pequenas amostras, limitadas a alguns ramos de atividade econômica ou grupos ocupacionais. Disso resulta, dentre outros problemas, a existência de poucos dados sobre a extensão, gravidade e distribuição dessa exposição 3.
Tal escassez de informações sobre exposições em ambientes de trabalho tem levado ao uso crescente de matrizes de exposição ocupacional (MEO), instrumentos que permitem calcular ou projetar estimativas, como o número de expostos e a prevalência de exposições, com base em dados parciais e em outros contextos 4. Desde os anos 1980, MEO vêm sendo empregadas para classificar estados e/ou estimar níveis de exposição em trabalhadores, individualmente ou para grupos ocupacionais e ramos de atividade econômica, dentre outros. Sua popularidade é determinada pela rapidez e baixo custo com que informações úteis podem ser geradas 5. A Finnish National Job-Exposure Matrix (FINJEM) é uma MEO criada na década de 1990 pelo Finnish Institute of Occupational Health (FIOH), cuja estrutura compreende medidas de exposições por grupos ocupacionais, estimadas a cada triênio, com as respectivas estimativas de prevalências específicas na Finlândia 6. Essa MEO foi empregada para calcular estimativas em outros países como a Austrália 7, e para o benzeno, especificamente, na cidade de Montreal, Canadá 8, na Espanha 9, em sete países da União Europeia 10, e outros países nórdicos 11. Estudos de viabilidade e reprodutibilidade da FINJEM conduzidos em diferentes contextos mostraram resultados considerados como aceitáveis 8), (12.

Empregando-se a FINJEM, a estimativa de prevalência da exposição ocupacional ao benzeno na Finlândia, em 1950, foi de 0,5%, que se reduziu para < 0,1% em 2008 5. Em Montreal, entre 1945 e 1995, a prevalência média foi 0,4% 8. Na Espanha, em um grupamento menor de ocupações do que os listados na FINJEM, a prevalência foi estimada em 0,2% 9. Em um estudo de vigilância de base populacional realizado na Austrália, com percepções de especialistas sobre exposição ao benzeno para diferentes grupos ocupacionais, estimou-se em 10% a prevalência de exposição ao benzeno em trabalhadores do sexo masculino, entre 2011 e 2012 13. Não foram encontrados estudos com estimativas de prevalência de exposição ao benzeno entre trabalhadores no Brasil. Em uma busca sistemática de dados sobre o benzeno para a criação de uma MEO de base nacional, nenhum sistema de informação ou registros de mensurações quantitativas foi encontrado, com livre acesso para a pesquisa 14. Neste estudo, estima-se o número de trabalhadores expostos e a prevalência da exposição ocupacional ao benzeno, empregando-se parâmetros da FINJEM, aplicados para o Brasil, no ano de 2010.
Definição de variáveis
Grupos ocupacionais potencialmente expostos ao benzeno no trabalho correspondem aos identificados pela FINJEM como elegíveis para o monitoramento do benzeno, segundo critérios citados anteriormente: (1) Químicos; (2) Assistentes de Laboratório; (3) Frentistas de Postos de Combustíveis; (4) Tapeceiros/Estofadores e afins; (5) Trabalhadores do Tratamento de Couros e Peles; (6) Sapateiros e afins; (7) Operadores de Máquinas de Processar Couros e Peles; (8) Trabalhadores da Fabricação de Calçados; (9) Operadores e Mecânicos de Máquinas e Motores; (10) Pintores e afins; (11) Impressores; (12) Trabalhadores da Impressão Gráfica; (13) Trabalhadores de Instalações de Processos Químicos; (14) Trabalhadores de Refinaria e da Indústria Química; (15) Operadores de Máquinas de Fabricar Borracha; e (16) Operadores de Máquinas de Lavar, Tingir e Passar. Para fins da análise, acrescentou-se o grupo Outros (17) de não potencialmente expostos ao benzeno, para acomodar os demais grupos ocupacionais. A outra variável, número de trabalhadores expostos ao benzeno ocupacional, deriva da aplicação das estimativas de prevalências de exposição que compõem a FINJEM, específicas por grupo ocupacional, ao número de trabalhadores correspondentes no Brasil, sendo, portanto, contínua. Sexo foi variável descritora.
Tabela 2: Número de expostos e prevalência de exposição ao benzeno no trabalho por grupamentos ocupacionais, de acordo com o sexo. Brasil, 2010.Table 2: Number of exposures and prevalence of benzene exposure at work by occupational groups, according to sex. Brazil, 2010.


DISCUSSÃO
No Brasil, em 2010, estima-se que 7.376.761 trabalhadores desenvolviam atividades de trabalho nas quais podiam entrar em contato com o benzeno, que denominamos exposição potencial a essa substância. Dentre eles, 770.212 trabalhadores podem ser considerados como expostos ao benzeno no trabalho, o que corresponde a uma prevalência ponderada por grupos ocupacionais de 0,9% de todos os trabalhadores do país. Maiores estimativas de prevalência de exposição ocupacional ao benzeno foram encontradas entre os homens quando comparados às mulheres. Essa exposição se concentrava nos grupos ocupacionais de Operadores e Mecânicos de Máquinas e Motores e Frentistas de Postos de Combustíveis, tanto em homens quanto em mulheres. Entre as mulheres expostas desse primeiro grupo ocupacional, quase a totalidade era constituída por operadoras de máquinas de costura da indústria de confecções. A correspondência entre a classificação de grupos ocupacionais empregada no Censo de 2010 e a adotada na matriz de exposição ocupacional utilizada para as nossas projeções (FINJEM) foi aceita pela maioria dos especialistas que avaliaram a sua pertinência e adequação.
Os achados deste estudo permitem inferir que a exposição ocupacional ao benzeno no Brasil é um problema de saúde pública por serem elevados o número de trabalhadores potencialmente expostos e o de expostos ao benzeno, que é um cancerígeno reconhecido pela OMS. As estimativas obtidas são apenas projeções, no entanto não surpreendem ao se considerar que o benzeno já é objeto de ações específicas de vigilância no país que, embora em implementação há mais de uma década, se ressentem da falta de estimativas da extensão populacional dessa exposição. Em que pesem os seus limites metodológicos, tais achados são fundamentais para estimativas do número de casos esperados de doenças relacionadas, como também para o estabelecimento de prioridades, e dimensionamento das atividades de prevenção e controle. Vale assinalar que estimativas nacionais somente podem ser obtidas com projeções com base em dados amostrais, ou de grupos de trabalhadores, idealmente com base em mensurações locais. Entretanto, não foram encontradas medidas de exposição ocupacional ao benzeno disponíveis para a pesquisa ou vigilância. Com base na determinação do Acordo Nacional do Benzeno, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) criou um cadastro nacional composto por empresas que empregavam essse agente em seus processos produtivos. Foram listadas apenas 117 empresas, que correspondiam a 25.275 trabalhadores (Ministério do Trabalho e Emprego. Cadastro: benzeno e amianto. Empresas que trabalham com benzeno. http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/cadastro-benzeno-e-asbesto, acessado em 17/Nov/2016) no total, mas entre os dados desse cadastro não havia estimativas de expostos ou medidas de exposição individuais ou grupais.

A prevalência estimada da exposição ocupacional para o benzeno no Brasil foi muito elevada, quase nove vezes maior que a da Finlândia (< 0,1%) 6, o que reflete as diferenças dos perfis produtivos deste país em relação ao Brasil. A estimativa brasileira foi também mais de duas vezes a estimativa de Montreal (0,4%) 8, calculada com base na FINJEM. Contudo, a estimativa deste estudo foi mais baixa que a calculada para o Canadá, de 2% dos trabalhadores 17, empregando-se a CAREX (CARcinogen EXposure). No Brasil, em um estudo pioneiro de 1953, estimou-se em 7,3% a prevalência de exposição a solventes orgânicos entre os trabalhadores da indústria do Estado de São Paulo 18. Mais recentemente, observou-se que essa mesma exposição afetava 18,5% dos trabalhadores de uma indústria gráfica no mesmo estado, no ano de 2006 19. Como já mencionado, estimativas nacionais de exposições ocupacionais a agentes químicos somente são possíveis com projeções de matrizes de exposições ocupacionais, um recurso metodológico ainda pouco utilizado e conhecido pelos órgãos responsáveis pela vigilância, e mesmo para pesquisas no Brasil. O uso desse recurso pode enfrentar resistências por conta da imprecisão das medidas resultantes, porém é a única estratégia possível para se obter indicadores nacionais de exposições ocupacionais, informação fundamental para a vigilância em saúde do trabalhador.
Os achados deste trabalho evidenciam que a maior proporção estimada de trabalhadores expostos ao benzeno foi a do grupo de Operadores e Mecânicos de Máquinas e Motores (62%). Suas atividades comumente envolvem a reparação de máquinas e veículos, em que o uso do benzeno como solvente, diluente, ou desengordurante para a limpeza de peças 20 é frequente, todavia elas não são contempladas por normas de segurança e de saúde específicas no Brasil. Ademais, esses operadores e mecânicos são conhecidos por manipularem equipamentos aquecidos, que intensificam a liberação de vapores de benzeno, empregado na lubrificação de peças ou como combustível 21), (22. O benzeno é substância comum nos óleos básicos, que compõem lubrificantes extensamente utilizados na operação de máquinas e motores. A maior concentração de expostos entre os Operadores e Mecânicos de Máquinas e Motores também foi encontrada no Canadá, em 2013 17. Na Itália, para o período de 1996 a 2007 23, esse mesmo grupo foi o 2º com maior número de expostos ao benzeno, antecedido apenas pelos motoristas de caminhões e veículos pesados. Neste estudo, Frentistas de Postos de Combustíveis foi o segundo grupo com maior número de trabalhadores expostos ao benzeno no Brasil, onde essa ocupação é muito comum. Isso ocorre porque o abastecimento de veículos de transporte é realizado manualmente, distintamente de outros países, onde a atividade é responsabilidade do consumidor, parcial ou totalmente, além de se empregarem sistemas fechados de captação e recuperação de vapores no abastecimento, carregamento e descarregamento de combustíveis 24. Frentistas entram em contato com o benzeno: pela via dérmica, durante o abastecimento ao manipularem tampas dos tanques de combustível de veículos, mangueiras, e ao enxugarem derramamentos; pela via respiratória, ao entrarem em contato com vapores, não apenas dos tanques do veículo em abastecimento, mas das emissões dos escapamentos, cujo benzeno resulta da combustão incompleta do tolueno e xileno 25. Além disso, outra fonte de exposição de benzeno para frentistas são as emissões dos tanques de armazenamento subterrâneo, especialmente quando estão sendo abastecidos 26. Por não serem do ramo manufatureiro, os frentistas não foram originalmente contemplados no Acordo Nacional do Benzeno, o que levou a um movimento que resultou na sua incorporação como grupo alvo, à semelhança do que ocorreu no protocolo de risco químico, do Ministério da Saúde 27.
Maiores prevalências de exposição ocupacional ao benzeno também foram encontradas entre os homens, no Canadá, em 2013 17. Essa diferença é esperada devido à concentração do sexo masculino em atividades industriais - em que prevalece a exposição ao benzeno - e em atividades de serviços, os frentistas. Vale ressaltar que, distintamente, no grupo de Operadores e Mecânicos de Máquinas e Motores, o subgrupo de operadores de máquinas de costuras foi quase totalmente constituído por mulheres. Isso pode ser decorrente do universo de trabalhadores ativos, formais e informais, contemplado neste estudo, que incluiu um grande contingente de trabalhadoras da indústria da confecção de pequeno porte e não registrada. Este resultado é consistente com os encontrados em um estudo conduzido com dados de mensuração do benzeno no ar, na China, que evidenciaram níveis elevados de exposição ocupacional a essa substância, em ambientes de trabalho compartilhados por costureiras 28.
Neste estudo empregou-se a COD, cuja estrutura tem como referência a ISCO-88 15, também utilizada na FINJEM. Apesar da referência comum, foram identificadas diferenças que precisaram ser ajustadas. Para tal, entre os grupos ocupacionais empregados na COD e FINJEM, foram estabelecidas correspondências avaliadas por especialistas que as consideraram aceitáveis, na sua maioria. Isso fortaleceu as conclusões do estudo, no que tange à redução de erros de classificação, ao contribuir para maior similaridade entre os grupamentos respectivos de ambas as classificações.
Todavia, as conclusões deste estudo devem ser consideradas com cautela. Em primeiro lugar, empregou-se a FINJEM, construída com dados de empresas da Finlândia, país no qual o perfil produtivo, o nível de cobertura e a qualidade da proteção à saúde e segurança do trabalhador são muito distintos do Brasil. Entretanto, não foram encontradas medidas de exposição ao benzeno em ambientes de trabalho disponíveis para investigação ou para construção de uma MEO com dados locais que permitisse a projeção do número de expostos. A Finlândia já dispunha, à época da coleta de dados empregados neste estudo, de um dos melhores sistemas de proteção à segurança e saúde dos trabalhadores no mundo 2, diferentemente do Brasil 29. Essa diferença pode ter sido minimizada, considerando-se que os dados da FINJEM foram de 1960 a 1984, quando o total de grupos ocupacionais elegíveis contava com medidas da exposição, enquanto os dados brasileiros se referem a 2010. Isso pode ter produzido imprecisões em nossas estimativas, mas diferenças entre os estágios de desenvolvimento tecnológico da indústria, como também da qualidade do treinamento, do nível de qualificação, organização e engajamento dos trabalhadores na luta por ambientes de trabalho seguros e saudáveis, entre os dois países, devem ser lembradas. Esses fatores influenciam o cumprimento de parte das empresas das normas de segurança e proteção à saúde, reconhecido como principal determinante da exposição ao benzeno. Outro limite do estudo foi o uso da COD, que é própria para estudos domiciliares conduzidos em inquéritos populacionais, e não para investigações em saúde do trabalhador, nas quais grupos ocupacionais são utilizados para compreender perfis de exposição, podendo ser até mesmo considerados como grupos homogêneos de exposição. Vale ressaltar que os dados da FINJEM refletem exposições médias de 0,1ppm ao ano, mas estudos recentes 30), (31 revelam que valores menores podem ter também efeitos sobre a saúde. Infelizmente, estimativas da exposição ao benzeno para ocupações reconhecidas como potencialmente expostas ao benzeno, como bombeiros e motoristas de cargas perigosas, não estavam disponíveis na FINJEM, impedindo a sua incorporação na análise deste estudo. Além disso, utilizaram-se apenas grupamentos ocupacionais, quando o desejável seria a desagregação desses grupamentos pelos diferentes ramos de atividade econômica, que poderia aumentar a precisão das estimativas.
Este estudo avança no conhecimento epidemiológico sobre um importante cancerígeno químico, largamente empregado na indústria brasileira, para o qual existe uma política específica de controle e de proteção dos trabalhadores, que recomenda o monitoramento da exposição e dos efeitos sobre a saúde, mas que tem falhado em produzir e divulgar dados mínimos sobre a magnitude e distribuição em território nacional. Mesmo com os limites apontados, pode-se dimensionar o número de trabalhadores potencialmente e expostos ao benzeno no trabalho, sua distribuição entre os grupos ocupacionais, com base no perfil produtivo do país. Matrizes de exposição ocupacional são instrumentos amplamente reconhecidos por sua utilidade no estabelecimento de projeções populacionais, fundamentais à Saúde Coletiva, especialmente na definição de prioridades para as ações de prevenção e proteção dos trabalhadores. Por essas características são empregadas, mesmo em países que contam com mensurações de exposição, mas que dificilmente atingem o total de trabalhadores por sua inviabilidade operacional. Não obstante, MEO vêm sendo utilizadas em países diferentes daqueles de onde se originaram os dados, a exemplo da FINJEM 8), (9), (10), (11, também empregada como referência na construção de outras matrizes 10), (11.
Este estudo avança no conhecimento epidemiológico sobre um importante cancerígeno químico, largamente empregado na indústria brasileira, para o qual existe uma política específica de controle e de proteção dos trabalhadores, que recomenda o monitoramento da exposição e dos efeitos sobre a saúde, mas que tem falhado em produzir e divulgar dados mínimos sobre a magnitude e distribuição em território nacional. Mesmo com os limites apontados, pode-se dimensionar o número de trabalhadores potencialmente e expostos ao benzeno no trabalho, sua distribuição entre os grupos ocupacionais, com base no perfil produtivo do país. Matrizes de exposição ocupacional são instrumentos amplamente reconhecidos por sua utilidade no estabelecimento de projeções populacionais, fundamentais à Saúde Coletiva, especialmente na definição de prioridades para as ações de prevenção e proteção dos trabalhadores. Por essas características são empregadas, mesmo em países que contam com mensurações de exposição, mas que dificilmente atingem o total de trabalhadores por sua inviabilidade operacional. Não obstante, MEO vêm sendo utilizadas em países diferentes daqueles de onde se originaram os dados, a exemplo da FINJEM 8), (9), (10), (11, também empregada como referência na construção de outras matrizes 10), (11.
Este estudo demonstra a falta de acesso público e transparência de dados de empresas do setor de produção, distribuição e comércio relativos às mensurações quantitativas da exposição ao benzeno em ambientes de trabalho, que limitam tanto a pesquisa com dados secundários quanto o monitoramento populacional requerido na vigilância. Informações do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) são produzidas pelas empresas, porém o acesso é restrito e a proposta do Sistema de Monitoramento de Populações Expostas a Agentes Químicos (SIMPEAQ) ainda se encontra insuficientemente implantada. Com esses dados seria possível realizar o necessário monitoramento temporal, sistemático e contínuo deste cancerígeno, que permitiria a produção de informações imprescindíveis à avaliação do impacto das medidas de prevenção e controle do benzeno e, portanto, ao aperfeiçoamento das atuais diretrizes de modo a garantir a saúde dos trabalhadores.

Since 1982, benzene has been recognized as a carcinogen by the International Agency for Research on Cancer (IARC) of the World Health Organization (WHO), especially for tumors of the hematopoietic system 1.
Benzene is widely used in various production processes, such as oil exploration and petrochemical industry, and is a byproduct of several chemical industries, among others. The WHO recommends standards for the control of benzene exposure, with its systematic and continuous measurement and monitoring in working environments, as well as prevention measures, which are part of the health surveillance actions 2, already underway in many countries. 3 These actions , however, continue to be precariously implemented, even in countries recognized as advanced in protection against chemical risks. Commonly, measurements of chemical agents come from surveys conducted with small samples, limited to some branches of economic activity or occupational groups. This results, among other problems, the existence of few data on the extent, severity and distribution of this exposure 3.
Such scarcity of information on workplace exposures has led to the increasing use of occupational exposure matrices (MEOs), tools that allow calculating or projecting estimates, such as the number of exposures and the prevalence of exposures, based on partial data and other contexts 4. Since the 1980s, MEO have been used to classify states and / or estimate exposure levels in workers, individually or for occupational groups and branches of economic activity, among others. The Finnish National Job-Exposure Matrix (FINJEM) is an MEO created in the 1990s by the Finnish Institute of Occupational Health (FIOH), whose structure comprises measures of exposures by occupational groups, estimated each triennium, with the respective estimates of specific prevalences in Finland 6. This MEO was used to calculate estimates in other countries such as Australia 7 and for benzene, specifically in the city of Montreal, Canada 8, in Spain 9, in seven European Union countries 10, and other Nordic countries. 11. Feasibility and reproducibility studies of FINJEM conducted in different contexts showed acceptable results 8), (12.
Employing FINJEM, the estimated prevalence of occupational exposure to benzene in Finland in 1950 was 0.5%, which decreased to <0.1% in 2008 5. In Montreal, between 1945 and 1995, the prevalence was 0.4% 8. In Spain, in a smaller group of occupations than those listed in FINJEM, prevalence was estimated at 0.2% 9. In a population-based surveillance study conducted in Australia with perceptions benzene exposure for different occupational groups, the prevalence of benzene exposure in male workers between 2011 and 2012 was estimated at 10%. No studies were found with estimates of the prevalence of benzene exposure among workers in the Brazil. In a systematic search of data on benzene for the creation of a nationally based MEO, no information system or quantitative measurement records was found with free access to the survey 14. In this study, the number of exposed workers is estimated and the prevalence of occupational exposure to benzene, using FINJEM parameters applied to Brazil in 2010.
Definition of variables
Occupational groups potentially exposed to benzene at work correspond to those identified by FINJEM as eligible for benzene monitoring, according to criteria previously mentioned: (1) Chemicals; (2) Laboratory Assistants; (3) Fuel Station Fronts; (4) Upholsterers / Upholsterers and related items; (5) Leather and Fur Treatment Workers; (6) Shoemakers and related workers; (7) Operators of Leather and Leather Processing Machines; (8) Shoemakers; (9) Operators and Mechanics of Machines and Motors; (10) Painters and related; (11) Printers; (12) Graphic Printing Workers; (13) Chemical Process Facility Workers; (14) Refinery and Chemical Industry Workers; (15) Operators of Rubber Machinery; and (16) Washing, Dyeing and Passing Machine Operators. For the purposes of the analysis, the group Other (17) of non-potentially exposed to benzene was added to accommodate the other occupational groups. The other variable, the number of workers exposed to occupational benzene, derives from the application of the estimates of exposure prevalence that make up FINJEM, specific by occupational group, to the corresponding number of workers in Brazil, and is therefore continuous. Sex was variable descriptor.
DISCUSSION

In Brazil, in 2010, it is estimated that 7,376,761 workers carried out work activities in which they could come into contact with benzene, which we call potential exposure to this substance. Among them, 770,212 workers can be considered exposed to benzene at work, which corresponds to a weighted prevalence of occupational groups of 0.9% of all workers in the country. Higher estimates of occupational exposure to benzene were found among men when compared to women. This exposure focused on the occupational groups of Operators and Mechanics of Machines and Engines and Fuel Station Fronts, in both men and women. Among the exposed women of this first occupational group, almost all were sewing machine operators in the garment industry. The correspondence between the classification of occupational groups used in the 2010 Census and the one adopted in the occupational exposure matrix used for our projections (FINJEM) was accepted by the majority of the specialists who evaluated its pertinence and adequacy.

The findings of this study allow us to infer that occupational exposure to benzene in Brazil is a public health problem because of the high number of potentially exposed workers and exposure to benzene, which is a carcinogen recognized by WHO. The estimates obtained are only projections, but are not surprising considering that benzene is already the subject of specific surveillance actions in the country that, although in implementation for more than a decade, resent the lack of estimates of the population extension of this exposure. Regardless of their methodological limits, such findings are essential for estimating the number of expected cases of related diseases, as well as for establishing priorities and scaling up prevention and control activities. It is worth noting that national estimates can only be obtained with projections based on sample data, or groups of workers, ideally based on local measurements. However, no measures of occupational exposure to benzene were available for research or surveillance. Based on the determination of the National Benzene Agreement, the Ministry of Labor and Employment (MTE) created a national registry composed of companies that used this agent in their production processes. Only 117 companies were listed, which corresponded to 25,275 workers (Ministry of Labor and Employment. asbestos, accessed November 17, 2016) in total, but among the data from this register there were no estimates of exposed or individual or group exposure measurements.

The estimated prevalence of occupational exposure to benzene in Brazil was very high, almost nine times higher than that of Finland (<0.1%), 6 which reflects the differences in the country's productive profiles in relation to Brazil. The Brazilian estimate was also more than twice the Montreal estimate (0.4%) 8, calculated based on FINJEM. However, the estimate of this study was lower than that calculated for Canada, of 2% of the workers 17, using CAREX (CARcinogen EXPOSURE). In Brazil, in a pioneering study of 1953, the prevalence of exposure to organic solvents among workers in the State of São Paulo industry was estimated at 7.3%. More recently, it was observed that this same exposure affected 18, 5% of workers in a printing industry in the same state in 2006 19. As already mentioned, national estimates of occupational exposures to chemical agents are only possible with projections of occupational exposition matrices, a methodological resource still little used and known by the agencies responsible for surveillance, and even for research in Brazil. The use of this resource may face resistance due to the imprecision of the resulting measures, but it is the only possible strategy to obtain national indicators of occupational exposures, fundamental information for the health surveillance of the worker.

The findings of this study show that the largest proportion of workers exposed to benzene was the group of engineers and engineers (62%). Their activities commonly involve the repair of machinery and vehicles, where the use of benzene as a solvent, thinner, or degreaser for the cleaning of parts 20 is frequent, however they are not covered by specific safety and health standards in Brazil. In addition, these operators and mechanics are known to handle heated equipment, which intensifies the release of benzene vapors, used in the lubrication of parts or as fuel 21), (22. Benzene is a common substance in basic oils, which make up lubricate.
The findings of this study show that the largest proportion of workers exposed to benzene was the group of engineers and engineers (62%). Their activities commonly involve the repair of machinery and vehicles, where the use of benzene as a solvent, thinner, or degreaser for the cleaning of parts 20 is frequent, however they are not covered by specific safety and health standards in Brazil. In addition, these operators and mechanics are known to handle heated equipment which intensifies the release of benzene vapors, used in the lubrication of parts or as fuel 21). (22) Benzene is a common substance in basic oils, which make up widely used lubricants The largest concentration of exposed workers and engineers in machinery and motors was also found in Canada in 2013 17. In Italy, for the period 1996 to 2007 23, this same group was the 2nd with In this study, Fuel Station Officers were the second group with the highest number of workers exposed to benzene in Brazil, where this occupation is very common. the supply of transport vehicles is carried out manually, distinctly from other countries, where the activity is r partial or total liability of the consumer, in addition to the use of closed systems for capturing and recovering vapors in the fuel supply, loading and unloading of fuels. 24. Refrigerators come into contact with benzene: through the dermal route during filling when handling tank covers fuel from vehicles, hoses, and when spilling out spills; when they come into contact with vapors, not only from the tanks of the vehicle in supply but from the exhaust emissions, the benzene of which results from the incomplete combustion of toluene and xylene. In addition, another source of benzene exposure to frens is emissions from underground storage tanks, especially when they are being supplied 26. Because they are not from the manufacturing sector, the fenders were not originally contemplated in the National Benzene Agreement, which led to a move that resulted in their incorporation as a target group, similar to what happened in the protocol of chemical risk, of the Ministry of Health 27.

Higher prevalences of occupational exposure to benzene were also found among men in Canada in 2013 17. This difference is expected due to the concentration of males in industrial activities - where benzene exposure prevails - and in service activities, frens It is noteworthy that, distinctly, in the group of Operators and Mechanics of Machines and Motors, the subgroup of sewing machine operators was almost entirely composed of women. This may be due to the universe of active workers, formal and informal, contemplated in this study, which included a large contingent of workers in the small and unregistered confectionery industry. This result is consistent with those found in a study conducted with air benzene measurement data in China that showed high levels of occupational exposure to benzene in workplaces shared by seamstresses.
In this study COD was used, whose structure is based on ISCO-88 15, also used in FINJEM. Despite the common reference, differences were identified that needed to be adjusted. To this end, among the occupational groups employed in COD and FINJEM, correspondence was evaluated by specialists who considered them to be acceptable, for the most part. This strengthened the conclusions of the study, regarding the reduction of classification errors, by contributing to a greater similarity between the respective groups of both classifications.

However, the conclusions of this study should be considered with caution. In the first place, FINJEM, built with data from companies in Finland, was used, in which the productive profile, the level of coverage and the quality of worker's health and safety protection are very different from Brazil. However, no measures of exposure to benzene were found in work environments available for research or for the construction of a MEO with local data that allowed the projection of the number of exposures. At the time of the data collection used in this study, Finland already had one of the best systems for protecting workers' health and safety in the world 2, unlike Brazil 29. This difference may have been minimized considering that data of FINJEM were from 1960 to 1984, when the total of occupational groups eligible had exposure measures, while Brazilian data refer to 2010. This may have produced inaccuracies in our estimates but differences between the stages of technological development of the industry, as well as the quality of training, the level of qualification, organization and engagement of workers in the struggle for safe and healthy working environments between the two countries should be remembered. These factors influence the compliance of companies with safety and health protection standards, which is the main determinant of benzene exposure. Another limitation of the study was the use of COD, which is appropriate for domiciliary studies conducted in population surveys, and not for investigations in worker health, in which occupational groups are used to understand exposure profiles, and may even be considered as homogeneous groups exposure. It should be noted that the data from FINJEM reflect mean exposures of 0.1 ppm / year, but recent studies (30), (31) show that lower values ​​may also have health effects. Unfortunately, estimates of exposure to benzene for occupations known to be potentially exposed to benzene as firefighters and drivers of hazardous cargoes were not available in FINJEM, preventing their incorporation in the analysis of this study.In addition, only occupational groups were used, when it would be desirable to disaggregate these groups by the different branches of economic activity , which could increase the accuracy of estimates.

This study advances in epidemiological knowledge about an important chemical carcinogen, widely used in Brazilian industry, for which there is a specific policy of control and protection of workers, which recommends the monitoring of exposure and health effects, but which has failed in producing and disseminating minimum data on magnitude and distribution in national territory. Even with the limits pointed out, the number of workers potentially exposed to benzene at work can be measured, and their distribution among occupational groups, based on the country's productive profile. Occupational exposure matrices are instruments widely recognized for their usefulness in establishing population projections, fundamental to Collective Health, especially in the definition of priorities for actions to prevent and protect workers. By these characteristics are employed, even in countries that have exposure measurements, but that hardly reach the total number of workers due to their operational unfeasibility. Nevertheless, MEO have been used in countries other than those from which the data originated, as in the case of FINJEM (8), (9), (10), (11, also used as reference in the construction of other matrices 10), .

This study demonstrates the lack of public access and transparency of data from companies in the production, distribution and trade sector regarding the quantitative measurements of benzene exposure in work environments, which limit both research with secondary data and the population monitoring required in surveillance . Information from the Environmental Risk Prevention Program (PPRA) is produced by companies, but access is restricted and the proposal of the System for Monitoring Populations Exposed to Chemical Agents (SIMPEAQ) is still insufficiently implemented. With this data it would be possible to carry out the necessary.
This study advances in epidemiological knowledge about an important chemical carcinogen, widely used in Brazilian industry, for which there is a specific policy of control and protection of workers, which recommends the monitoring of exposure and health effects, but which has failed in producing and disseminating minimum data on magnitude and distribution in national territory. Even with the limits pointed out, the number of workers potentially exposed to benzene at work can be measured, and their distribution among occupational groups, based on the country's productive profile. Occupational exposure matrices are instruments widely recognized for their usefulness in establishing population projections, fundamental to Collective Health, especially in the definition of priorities for actions to prevent and protect workers. By these characteristics are employed, even in countries that have exposure measurements, but that hardly reach the total number of workers due to their operational unfeasibility. Nevertheless, MEO have been used in countries other than those from which the data originated, as in the case of FINJEM (8), (9), (10), (11, also used as reference in the construction of other matrices 10), .

This study demonstrates the lack of public access and transparency of data from companies in the production, distribution and trade sector regarding the quantitative measurements of benzene exposure in work environments, which limit both research with secondary data and the population monitoring required in surveillance . Information from the Environmental Risk Prevention Program (PPRA) is produced by companies, but access is restricted and the proposal of the System for Monitoring Populations Exposed to Chemical Agents (SIMPEAQ) is still insufficiently implemented. With these data, it would be possible to carry out the necessary temporal, systematic and continuous monitoring of this carcinogen, which would allow the production of essential information to evaluate the impact of benzene prevention and control measures and, therefore, to improve the current guidelines in order to guarantee the workers' health."
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2016001205004

ESTADOS UNIDOS E PAÍSES DE PRIMEIRO MUNDO PESQUISAM E ALERTAM DESDE ANOS 60.
BRASIL, SÓ AGORA PROJETOS LEGISLATIVOS E A MAIORIA DA POPULAÇÃO NÃO TEM CONHECIMENTO DO ASSUNTO.
SISTEMA CAPITALISTA É IMPEDITIVO A COMUNICAÇÕES GLOBAIS, DESFAVORECE BALANÇA COMERCIAL.
SE HÁ PÂNICO ENTRE TRABALHADORES DAS ÁREAS MENCIONADAS O QUE ACONTECERÁ EM RELAÇÃO AOS EMPRESÁRIOS DAS RESPECTIVAS ÁREAS E CAMPOS DE ATUAÇÃO?
O MENOSCABO À VIDA NÃO É PROPRIEDADE SOMENTE AO CAMPO JURÍDICO LEGAL, MAS COMPETE AO SISTEMA ECONÔMICO.
DESDE QUE A ECONOMIA E PRODUÇÃO NÃO CESSEM.....DANEM-SE AS VÍTIMAS POR ESSE TIPO DE EXPOSIÇÃO.NALY
UNITED STATES AND FIRST WORLD COUNTRIES SEEK AND ADVISE FROM THE 60s.
BRAZIL, NOW ONLY LEGISLATIVE PROGESTOS AND THE MOST POPULATION ARE NOT KNOWLEDGE OF THE SUBJECT.
CAPITALIST SYSTEM IS IMPEDITICAL TO GLOBAL COPMUNICATIONS, UNDERSTAND COMMERCIAL BALANCE.
IF THERE IS PANIC BETWEEN WORKERS OF THE AREAS MENTIONED WHAT WILL HAPPEN IN RELATION TO THE BUSINESSPEOPLE OF THEIR RESPECTIVE AREAS AND FIELDS OF ACTION?
LIVING LIFE IS NOT ONLY PROPERTY TO THE LEGAL LEGAL FIELD, BUT COMPETE TO THE ECONOMIC SYSTEM.
SINCE THE ECONOMY AND PRODUCTION DO NOT STOP ..... DAMAGE THE VICTIMS BY THIS TYPE OF EXPOSURE.NALY

"https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4453669/   
. 2015 Apr 28; 112(9): 1603–1612.
Published online 2015 Mar 24. doi:  10.1038/bjc.2015.108
Exposição ao benzeno e risco de câncer linfático hematopoiético em 25.000 trabalhadores da indústria petrolífera offshore.
A produção offshore de petróleo bruto e gás natural tem sido realizada no Mar do Norte a partir de instalações móveis ou estacionárias desde o final da década de 1960. Ao contrário da indústria petrolífera “a jusante”, que se refere ao refinamento e distribuição de produtos petrolíferos, a indústria offshore é uma atividade “upstream” e refere-se à exploração, perfuração e extração de petróleo e gás de reservatórios subaquáticos.
Hidrocarbonetos aromáticos, como benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno (rotulados coletivamente: BTEX) são componentes naturais do fluxo de petróleo e a exposição a esses agentes no ambiente de trabalho offshore pode ocorrer durante o controle de produção e manutenção dos sistemas de processo que separam o petróleo bruto. , gás natural, condensado e água (Bråtveit et al, 2007; Steinsvåg et al, 2007). 
A Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) classificou o benzeno como carcinogênico para humanos, dando origem à leucemia mielóide aguda (LMA), e possivelmente aumentando o risco de leucemia linfoblástica aguda (LLA), leucemia linfocítica crônica (LLC), mieloma múltiplo (MM) e linfoma não-Hodgkin (NHL). Outros hidrocarbonetos BTEX são listados como possíveis carcinógenos ou considerados como não classificáveis ​​(IARC, 2014).
Em 1998, o Registro de Câncer da Noruega estabeleceu uma coorte de trabalhadores empregados no exterior entre 1965 e 1999 para examinar associações entre câncer e riscos potenciais no ambiente de trabalho, do que a relação do benzeno com o câncer linfático hematopoiético (LH) foi de particular interesse (Stenehjem et al, 2014). Menos de 400 medições pessoais de benzeno durante turnos de 12 horas, todas amostradas após 1994, existiam para auxiliar a avaliação da exposição para o trabalho antes de 1999, e 95% delas apresentaram concentrações <0,16 partes por milhão (ppm), o que está de acordo com o limite de exposição ocupacional para benzeno de 0,6 ppm (Steinsvåg et al, 2007). Devido à escassez de dados de medição, os especialistas em higiene industrial desenvolveram estimativas de exposição semiquantitativa com base em informações sobre a duração e a frequência das tarefas que envolviam a exposição ao benzeno (Bråtveit et al, 2011, 2012). A exposição ao benzeno na vida cotidiana tem sido considerada menos importante (Duarte-Davidson et al, 2001; IARC, 2012), mas pode ter um papel quando os efeitos de baixa exposição ocupacional são abordados.
Historicamente, o LNH foi definido como todos os linfomas, exceto o linfoma de LLA, LLC, MM e Hodgkin (LH). No entanto, a classificação mais recente da OMS de tecidos hematopoiéticos e linfóides considera a ALL, LLC e MM da linhagem de células B como principais subtipos de NHL de células B (B-NHL) juntamente com linfoma difuso de grandes células B (DLBCL) e linfoma folicular (FL) (Swerdlow et al, 2008). Estudos iniciais que examinaram NHL como uma entidade (Schnatter et al, 1996; Hayes e outros, 1997; Nilsson e outros, 1998; Collins e outros, 2003), assim como estudos mais recentes onde NHL foi examinado por subtipos (Wang e outros , 2009; Cocco et al, 2010), relataram resultados inconsistentes dos riscos relacionados ao benzeno.

Para subgrupos de neoplasias mielóides, como LMA, leucemia mielóide crônica (LMC) e síndrome mielodisplásica (SMD), vários estudos forneceram evidências de riscos relacionados ao benzeno em segmentos a jusante e a montante da indústria do petróleo (Rushton, 1993; Schnatter et al, 1996, 2012, Järrholm et al, 1997, Rushton e Romaniuk, 1997, Nilsson et al, 1998, Lewis et al, 2003, Glass et al, 2003, 2014, Sorahan et al, 2005, Kirkeleit et al, 2008 Rushton et al, 2014), mas poucos estudos examinaram tal vínculo para neoplasias linfoides, entre trabalhadores de petróleo a montante (Gun et al, 2004, 2006; Kirkeleit et al, 2008), e apenas um estudo utilizou estimativas quantitativas de exposição a benzeno (Glass et al, 2003). Alguns relatos sugerem que o benzeno pode ser leucemogênico e hematotóxico em baixas concentrações (<10 ppm e <0,2 ppm, respectivamente) (Glass et al, 2003; Hayes et al, 1997; Lan et al., 2004, 2006; Schnatter et al, 2012; Talbott et al, 2011; Vlaanderen et al, 2010). Embora a ligação com cânceres de LH tenha sido estudada exaustivamente nos últimos anos, há evidências limitadas para decidir quais características da exposição ao benzeno são mais relevantes para a identificação e avaliação do risco de câncer de LH: por exemplo, exposição cumulativa, duração da exposição, intensidade ou exposições de pico (Collins et al, 2003).
Benzene exposure and risk of lymphohaematopoietic cancers in 25 000 offshore oil industry workers
Offshore production of crude oil and natural gas has been carried out in the North Sea from movable or stationary installations since the late 1960s. As opposed to the ‘downstream' petroleum industry, which refers to refinement and distribution of petroleum products, the offshore industry is an ‘upstream' activity and refers to exploration, drilling, and extraction of oil and gas from underwater reservoirs.
Aromatic hydrocarbons such as benzene, toluene, ethylbenzene, and xylene (collectively labelled: BTEX) are natural components of the petroleum stream and exposure to these agents in the offshore work environment may occur during production control and maintenance of the process systems that separate crude oil, natural gas, condensate, and water (Bråtveit et al, 2007; Steinsvåg et al, 2007). The International Agency for Research on Cancer (IARC) has classified benzene as carcinogenic to humans, giving rise to acute myeloid leukaemia (AML), and possibly increasing the risk of acute lymphoblastic leukaemia (ALL), chronic lymphocytic leukaemia (CLL), multiple myeloma (MM), and non-Hodgkin lymphoma (NHL). Other BTEX-hydrocarbons are listed as possible carcinogens or considered as not classifiable (IARC, 2014).
In 1998, the Cancer Registry of Norway established a cohort of workers employed offshore between 1965 and 1999 to examine associations between cancer and potential hazards in the working environment, whereof benzene's relation to lymphohaematopoietic (LH) cancer was of particular interest (Stenehjem et al, 2014). Less than 400 personal measurements of benzene during 12-h offshore shifts, all sampled after 1994, existed to assist exposure assessment for work before 1999, and 95% of them showed concentrations <0.16 parts per million (p.p.m.), which complies well with the occupational exposure limit for benzene of 0.6 p.p.m. (Steinsvåg et al, 2007). Because of the paucity of measurement data, experts on industrial hygiene developed semi-quantitative exposure estimates based on information on duration and frequency of job tasks that involved benzene exposure (Bråtveit et al, 2011, 2012). Benzene exposure in everyday life has been considered less important (Duarte-Davidson et al, 2001; IARC, 2012) but may have a role when effects from low occupational exposures are addressed.
Historically, NHL has been defined as all lymphomas except ALL, CLL, MM, and Hodgkins lymphoma (HL). However, the most recent WHO classification of haematopoietic and lymphoid tissues considers ALL, CLL, and MM of B-cell lineage to be major subtypes of B-cell NHL (B-NHL) together with diffuse large B-cell lymphoma (DLBCL) and follicular lymphoma (FL) (Swerdlow et al, 2008). Early studies that examined NHL as one entity (Schnatter et al, 1996; Hayes et al, 1997; Nilsson et al, 1998; Collins et al, 2003), as well as more recent studies where NHL was examined by subtypes (Wang et al, 2009; Cocco et al, 2010), have reported inconsistent findings of benzene-related risks.
For subgroups of myeloid neoplasms, such as AML, chronic myeloid leukaemia (CML), and myelodysplastic syndrome (MDS), several studies have provided evidence for benzene-related risks in both downstream and upstream segments of the petroleum industry (Rushton, 1993; Schnatter et al, 1996, 2012; Järvholm et al, 1997; Rushton and Romaniuk, 1997; Nilsson et al, 1998; Lewis et al, 2003; Glass et al, 2003, 2014; Sorahan et al, 2005; Kirkeleit et al, 2008; Rushton et al, 2014), but few studies have examined such a link for lymphoid neoplasms, among upstream petroleum workers (Gun et al, 2004, 2006; Kirkeleit et al, 2008), and only one study used quantitative estimates of benzene exposure (Glass et al, 2003). Some reports have suggested that benzene may be leukaemogenic and haematotoxic at low concentrations (<10 p.p.m. and <0.2 p.p.m., respectively) (Glass et al, 2003; Hayes et al, 1997; Lan et al, 2004, 2006; Schnatter et al, 2012; Talbott et al, 2011; Vlaanderen et al, 2010). Although the link with LH cancers has been studied thoroughly in recent years, there is limited evidence to decide which characteristics of benzene exposure are the most relevant for identification and assessment of LH cancer risk: for example, cumulative exposure, exposure duration, intensity, or peak exposures (Collins et al, 2003)."

OUTROS ESTUDOS:
Formato: AbstractSend to
J Occup Environ Med. 2015 fev; 57 (2): 159-63. doi: 10.1097 / JOM.0000000000000324.
Cancros linfáticos e hematopoiéticos entre trabalhadores expostos ao benzeno.
Collins JJ1, SE Anteau, GM Swaen, Bodner KM, Bodnar CM.
Informação sobre o autor
Abstrato
OBJETIVO:
A alta exposição ao benzeno está relacionada à leucemia não linfocítica aguda. Recentemente, a síndrome mielodisplásica foi observada com baixos níveis de exposição ao benzeno.
MÉTODOS:
Nós atualizamos um estudo de mortalidade de trabalhadores com exposição ao benzeno, examinando leucemia não linfocítica aguda e síndrome mielodisplásica. Calculamos as taxas de mortalidade padronizadas com intervalos de confiança de 95% e examinamos a latência e as tendências para os níveis de exposição cumulativa.
RESULTADOS:
Todas as leucemias (razão de mortalidade padronizada = 1,21; intervalo de confiança de 95% = 0,74 a 1,97) e leucemia não linfocítica aguda (razão de mortalidade padronizada = 1,04; intervalo de confiança de 95% = 0,34 a 2,44) estavam nos níveis esperados. Observamos uma morte por síndrome mielodisplásica (taxa de mortalidade padronizada = 6,48; intervalo de confiança de 95% = 0,17 a 38,15). Não observamos tendência para os níveis de exposição cumulativa.
CONCLUSÕES:
Nossos resultados para todas as leucemias são consistentes com um pequeno aumento no risco observado nos subgrupos de menor exposição do estudo Pliofilm; no entanto, nossos resultados também são consistentes com nenhum risco aumentado, especialmente para leucemia não linfocítica aguda.
PMID: 25654516 DOI: 10.1097 / JOM.0000000000000324  https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25654516

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J Occup Environ Med. 2015 Feb;57(2):159-63. doi: 10.1097/JOM.0000000000000324.
Lymphatic and hematopoietic cancers among benzene-exposed workers.
Collins JJ1, Anteau SE, Swaen GM, Bodner KM, Bodnar CM.
Author information
Abstract
OBJECTIVE:
High benzene exposure is related to acute nonlymphocytic leukemia. Recently, myelodysplastic syndrome has been observed at low benzene exposure levels.
METHODS:
We updated a mortality study of workers with benzene exposure examining acute nonlymphocytic leukemia and myelodysplastic syndrome. We calculated standardized mortality ratios with 95% confidence intervals and examined latency and trends for cumulative exposure levels.
RESULTS:
All leukemias (standardized mortality ratio = 1.21; 95% confidence interval = 0.74 to 1.97) and acute non-lymphocytic leukemia (standardized mortality ratio = 1.04; 95% confidence interval = 0.34 to 2.44) were at expected levels. We observed one death from myelodysplastic syndrome (standardized mortality ratio = 6.48; 95% confidence interval = 0.17 to 38.15). We observed no trend for cumulative exposure levels.
CONCLUSIONS:
Our results for all leukemias are consistent with a small increase in risk observed in the lower-exposed subgroups of the Pliofilm study; however, our results are also consistent with no increased risk especially for acute nonlymphocytic leukemia.
PMID: 25654516 DOI: 10.1097/JOM.0000000000000324
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25654516

Abstrato
OBJETIVO:
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) baseou sua avaliação de carcinogenicidade de benzeno na coorte de Pliofilm. Nós avaliamos associações entre exposição a benzeno e leucemia não linfocítica aguda (ANLL) e leucemia mielocítica aguda (AML) riscos usando estimativas de exposição atualizada desta coorte e dados de mortalidade.
MÉTODOS:
Calculamos as taxas de mortalidade padronizadas (SMRs) para ANLL / AML usando análises de lifetable, com várias categorias de quantis de exposição e tempos de defasagem.
RESULTADOS:
Trabalhadores nas categorias de mais alta exposição tinham riscos significativamente elevados de ANLL e AML; nenhum caso de leucemia ocorreu em categorias de menor exposição. A exposição dentro de 10 anos do início do câncer parece ser mais relevante para a indução de leucemia.
CONCLUSÕES:
Nossos resultados confirmaram a associação entre exposições a benzeno de alto nível e riscos de leucemia, e forneceram evidências adicionais de um efeito de limiar e janela de exposição relevante. Nossas descobertas exigem uma avaliação de risco atualizada para a carcinogenicidade do benzeno, usando estimativas de exposição atualizadas e dados de mortalidade.
PMID: 27058483 DOI: 10.1097 / JOM.0000000000000689
[Indexado para MEDLINE]  https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27058483

Abstract
OBJECTIVE:
US Environmental Protection Agency (EPA) based its benzene carcinogenicity assessment on the Pliofilm cohort. We evaluated associations between benzene exposure and acute nonlymphocytic leukemia (ANLL) and acute myelocytic leukemia (AML) risks using this cohort's updated exposure estimates and mortality data.
METHODS:
We calculated standardized mortality ratios (SMRs) for ANLL/AML using lifetable analyses, with various exposure quantile categories and lag times.
RESULTS:
Workers in the highest exposure categories had significantly elevated risks of ANLL and AML; no leukemia cases occurred in lower exposure categories. Exposure within 10 years of cancer onset appears most relevant for leukemia induction.
CONCLUSIONS:
Our results confirmed the association between high-level benzene exposures and leukemia risks, and provided further evidence of a threshold effect and relevant exposure window. Our findings call for an updated risk assessment for benzene carcinogenicity using updated exposure estimates and mortality data.
PMID: 27058483 DOI: 10.1097/JOM.0000000000000689
[Indexed for MEDLINE]    https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27058483

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Toxicol Ind Health. 2014 fev; 30 (1): 73-81. doi: 10.1177 / 0748233712451764. Epub 2012 jun 27.
Tolueno contaminado com benzeno e leucemia mielóide aguda: uma série de casos e revisão da literatura.
T1 de Peckham, Kopstein M, Klein J, Dahlgren J.
Informação sobre o autor
Abstrato
Relatamos sete casos de leucemia mieloide aguda (LMA) com exposição ocupacional a um solvente à base de hidrocarboneto à base de tolueno. Os casos foram empregados em uma instalação, que fabricava correias e mangueiras de borracha, entre 1950 e 2005, por períodos que variavam de 21 a 37 anos no total. Histórias detalhadas foram obtidas para três trabalhadores que foram diagnosticados com AML dentro de um período de 3 anos (2003-2005). Atestados de óbito, registros médicos e contas de trabalhadores foram revisados. O benzeno, uma causa conhecida de AML, é tipicamente um contaminante do tolueno. A contaminação por benzeno em tolueno e outros solventes amplamente utilizados e o potencial de exposição concomitante a benzeno durante o uso destes solventes em ambientes ocupacionais são discutidos.
PALAVRAS-CHAVE:
Benzeno; leucemia mieloide aguda (AML); solvente hidrocarboneto; exposição profissional; tolueno
PMID: 22740617 DOI: 10.1177 / 0748233712451764
[Indexado para MEDLINE]  https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22740617

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Toxicol Ind Health. 2014 Feb;30(1):73-81. doi: 10.1177/0748233712451764. Epub 2012 Jun 27.
Benzene-contaminated toluene and acute myeloid leukemia: a case series and review of literature.
Peckham T1, Kopstein M, Klein J, Dahlgren J.
Author information
Abstract
We report seven cases of acute myeloid leukemia (AML) with occupational exposure to a toluene-based hydrocarbon solvent. The cases were employed at a facility, which manufactured rubber belts and hoses, between 1950 and 2005 for periods ranging from 21 to 37 total years. Detailed histories were obtained for three workers who were diagnosed with AML within a 3-year period (2003-2005). Death certificates, medical records, and accounts by workers were reviewed. Benzene, a known cause of AML, is typically a contaminant of toluene. Benzene contamination in toluene and other widely used solvents and the potential for concurrent benzene exposure during usage of these solvents in occupational settings are discussed.
KEYWORDS:
Benzene; acute myeloid leukemia (AML); hydrocarbon solvent; occupational exposure; toluene
PMID: 22740617 DOI: 10.1177/0748233712451764
[Indexed for MEDLINE]   https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22740617

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Chem Biol Interact. 2005 30 de maio; 153-154: 65-74. Epub 2005 9 de abril.
Exposição ocupacional ao benzeno na Coréia do Sul.
Kang SK1, Lee MY, Kim TK, Lee JO e Ahn YS.
Informação sobre o autor
Abstrato
O benzeno tem sido usado em várias indústrias como colas ou solventes na Coréia. Desde 1981, uma preparação contendo mais de 1% de benzeno não pode ser fabricada, usada ou tratada no local de trabalho, exceto em laboratórios e nessas situações o benzeno deve ser usado em um processo completamente selado, conforme especificado na Lei de Segurança e Saúde Industrial. (ISHA). Os pedidos de indemnização das doenças hematopoiéticas relacionadas com o benzeno têm aumentado, apesar de o ambiente de trabalho ter sido melhorado. Este estudo foi realizado para avaliar o estado da exposição ao benzeno em diferentes indústrias na Coréia. Revisamos os casos reclamados investigados pela Agência Coreana de Segurança e Saúde Ocupacional (KOSHA) entre 1992 e 2000. 
O Levantamento do Status do Ambiente Nacional de Trabalho em 1998 foi analisado para assumir o número de trabalhadores e fábricas expostos ao benzeno. Em 2000, seis fábricas foram investigadas para avaliar a exposição ao benzeno. Monitoramento de ar pessoal foi realizado em 61 trabalhadores e amostras de urina foram coletadas de 57 trabalhadores para medir o ácido trans, trans-mucônico (t, t-MA). O exame hematológico foi realizado. Trinta e quatro casos de doenças hematopoiéticas foram investigados pela KOSHA, incluindo oito casos de síndrome mielodisplásica e oito casos de leucemia mielocítica aguda. Oito casos foram aceitos em relação à exposição ao benzeno. O número de trabalhadores possivelmente expostos ao benzeno pode ser estimado em 196.182 trabalhadores de 6219 fábricas baseadas no banco de dados. A média geométrica do benzeno no ar foi de 0,094 (0,005-5,311) ppm. Sete amostras foram superiores a 1 ppm, mas não ultrapassaram o valor limite de exposição ocupacional (OEL) de 10 ppm na Coreia. A média geométrica do ácido trans-trans-mucônico na urina foi de 0,966 (0,24-2,74) mg / g de creatinina. O nível de exposição ao benzeno era baixo, exceto em uma fábrica onde o benzeno era usado para polimerizar outros produtos químicos. O benzeno ambiente de 0,1 a 1 ppm foi significativamente correlacionado com a concentração de urina t, t-MA (r = 0,733, p <0,01). Os parâmetros hematológicos não mostraram diferença significativa entre os grupos divididos no nível de exposição. Os trabalhadores coreanos não eram altamente expostos ao benzeno e o nível de exposição era menor que 1 ppm. No entanto, pode haver um risco excessivo de distúrbios hematopoiéticos devido à exposição passada relativamente alta. O valor de OEL do benzeno foi alterado para 1 ppm de 10 ppm em 2002 e entrou em vigor desde julho de 2003.
PMID: 15935801 DOI: 10.1016 / j.cbi.2005.03.011
Format: AbstractSend to
Chem Biol Interact. 2005 May 30;153-154:65-74. Epub 2005 Apr 9.
Occupational exposure to benzene in South Korea.
Kang SK1, Lee MY, Kim TK, Lee JO, Ahn YS.
Author information
Abstract
Benzene has been used in various industries as glues or solvents in Korea. Since 1981, a preparation containing more than 1% benzene is not allowed to be manufactured, used or dealt with in the workplace, except in laboratories and in those situations benzene must be used in a completely sealed process as specified in Industrial Safety and Health Act (ISHA). Claims for compensation of hematopoietic diseases related to benzene have been rising even though the work environment has been improved. This study was conducted to assess the status of benzene exposure in different industries in Korea. We reviewed the claimed cases investigated by the Korea Occupational Safety and Health Agency (KOSHA) between 1992 and 2000. The Survey of National Work Environment Status in 1998 was analyzed to assume the number of workers and factories exposed to benzene. In 2000, six factories were investigated to evaluate benzene exposure. Personal air monitoring was performed in 61 workers and urine samples were collected from 57 workers to measure trans,trans-muconic acid (t,t-MA). Hematologic examination has performed. Thirty-four cases of hematopoietic diseases were investigated by KOSHA including eight cases of myelodysplastic syndrome and eight cases of acute myelocytic leukemia. Eight cases were accepted as related to benzene exposure. The number of workers possibly exposed to benzene can be estimated to be 196,182 workers from 6219 factories based on the database. The geometric mean of benzene in air was 0.094 (0.005-5.311) ppm. Seven samples were higher than 1 ppm but they did not go over the 10 ppm occupational exposure limit (OEL) value in Korea. The geometric mean of trans,trans-muconic acid in urine was 0.966 (0.24-2.74) mg/g creatinine. The benzene exposure level was low except in a factory where benzene was used to polymerize other chemicals. The ambient benzene from 0.1 to 1 ppm was significantly correlated with urine t,t-MA concentration (r=0.733, p<0.01). Hematologic parameters did not show significant difference among groups divided into the level of exposure. Korean workers were not highly exposed to benzene and the level of exposure was mostly less than 1 ppm. However, there might be an excessive risk of hematopoietic disorders due to relatively high past exposure. The OEL value of benzene was amended to 1 ppm from 10 ppm in 2002 and was effective since July 2003.
PMID: 15935801 DOI: 10.1016/j.cbi.2005.03.011
[Indexed for MEDLINE]  https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15935801



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