sábado, 14 de abril de 2018

"Pau no lombo de quem deixou tudo isso acontecer."//Funerária da Morte//Torturador disse a uma jovem,durante uma Sexta-feira Santa que ela sofreria como Jesus Cristo.

"Se a perfeição é uma meta, eu tô a cata dela, não sei se vou chegar lá um dia. Mas quero morrer sendo eu"Elis Regina
"I think the system we live in is inhuman, because it's not just the woman who earns little, we do not have to end the man, we have to end this horrible system.
O que ela fala durante a entrevista, "os de hoje não o sabem", e talvez não o saibam nunca.What she says during the interview, "today's do not know," and may never know.nALY
"Acho que o sistema em que a gente vive que é desumano, por que não é só a mulher que ganha pouco. A gente não tem que acabar com o homem, temos que acabar com esse sistema horroroso. Homem é uma delícia"Elis Regina
"I think the system we live in is inhuman, because it's not just the woman who earns little, we do not have to end the man, we have to end this horrible system."
Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945 — São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira. Conhecida por sua competência vocal, musicalidade e presença de palco,[1][2][3][4][nota 1] é considerada por muitos críticos a melhor cantora popular do Brasil a partir dos anos 1960 ao início dos anos 1980; para muitos, a melhor cantora brasileira de todos os tempos, comparada a cantoras como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday.[6][7][8][9][10] Com os sucessos de Falso Brilhante (1975-1977) e Transversal do Tempo (1978), Elis Regina inovou os espetáculos musicais no país. Foi casada com Ronaldo Bôscoli, com quem teve João Marcello Bôscoli (1970); em 1973, casou-se com o pianista César Camargo Mariano[11], com quem teve dois filhos: Pedro Camargo Mariano (1975) e Maria Rita Camargo Mariano (1977). Aclamada no Brasil e no exterior, Elis Regina faleceu no auge de sua carreira, aos 36 anos de idade, devido a uma overdose de cocaína.
Elis foi a primeira grande artista a surgir dos festivais de música na década de 1960 e descolava-se da estética da Bossa Nova pelo uso de sua extensão vocal e de sua dramaticidade. Inicialmente, seu estilo era influenciado pelos cantores do rádio, especialmente Ângela Maria.[12] Depois de quatro LP's gravados e sem grande sucesso — Viva a Brotolândia (1961), Poema de Amor (1962), Elis Regina (1963), O Bem do Amor (1963) — Elis foi a maior revelação do festival da TV Excelsior em 1965, quando cantou "Arrastão" de Vinicius de Moraes e Edu Lobo. Tal feito lhe garantiria o convite para atuar na televisão e, pouco tempo depois, o título de primeira estrela da canção popular brasileira,[12] quando passou a comandar, ao lado de Jair Rodrigues, o mais importante programa de música popular brasileira: o Fino da Bossa. Em 1967, casou-se com Ronaldo Bôscoli, então diretor do Fino da Bossa. A partir de 1972, Elis começaria um relacionamento com César Camargo Mariano, que duraria até 1981, em uma das mais bem sucedidas parcerias da Música Popular Brasileira.
Elis Regina cantou muitos gêneros: da MPB, passando pela bossa nova, pelo samba, pelo rock e pelo jazz. Interpretando canções como Madalena, Águas de Março, Atrás da Porta, Como Nossos Pais, O Bêbado e a Equilibrista, Querellas do Brasil, registrou momentos de felicidade, amor, tristeza, patriotismo. Ao longo de toda sua carreira, destacou-se por cantar também músicas de artistas, ainda, pouco conhecidos, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Belchior, Renato Teixeira, Aldir Blanc, João Bosco, ajudando a lançá-los e a divulgar suas obras, impulsionando-os no cenário musical brasileiro. Entre outras parcerias, são célebres os duetos que teve com Jair Rodrigues, Tom Jobim, Wilson Simonal, Rita Lee, Milton Nascimento, Gilberto Gil. Com seu segundo marido, o pianista César Camargo Mariano, consagrou um longo trabalho de grande criatividade e consistência musical. Sua presença artística mais memorável talvez esteja registrada nos álbuns Em Pleno Verão (1970), Elis (1972), Elis (1973), Elis & Tom (1974), Elis (1974), Falso Brilhante (1976), Transversal do Tempo (1978), Essa Mulher (1979), Saudade do Brasil (1980) e Elis (1980).
Elis Regina foi a primeira pessoa a inscrever a própria voz como se fosse um instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil.[13] Elis Regina morreu precocemente em 1982, com apenas 36 anos, deixando uma vasta obra na música popular brasileira. Embora haja controvérsias e contestações, os exames comprovaram que havia morrido por conta de altas doses de cocaína e bebidas alcoólicas, e o fato chocou profundamente o país na época.[14] Em 2013, foi eleita a melhor voz feminina da música brasileira pela Revista Rolling Stone.[15] Elis foi citada também na lista dos maiores artistas da música brasileira, ficando na 14ª posição, sendo a mulher mais bem colocada.[16] Em novembro do mesmo ano estreou um musical em sua homenagem Elis, o musical.[17]https://pt.wikipedia.org/wiki/Elis_Regina
Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, March 17, 1945 - São Paulo, January 19, 1982) was a Brazilian singer. Known for her vocal competence, musicality and stage presence, [1] [2] [3] [4] [note 1] is considered by many critics the best popular singer in Brazil from the 1960s to the early 1980s; for many, the best Brazilian singer of all time, compared to singers like Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan and Billie Holiday. [6] [7] [8] [9] [10] With the successes of Falso Brilhante (1975-1977) and Transversal do Tempo (1978), Elis Regina innovated the musical spectacles in the country. She was married to Ronaldo Bôscoli, with whom she had João Marcello Bôscoli (1970); in 1973, married the pianist César Camargo Mariano (11), with whom he had two children: Pedro Camargo Mariano (1975) and Maria Rita Camargo Mariano (1977). Acclaimed in Brazil and abroad, Elis Regina died at the height of her career, at age 36, due to an overdose of cocaine.
Elis was the first great artist to emerge from the music festivals in the 1960s and took off from the aesthetics of Bossa Nova by the use of its vocal extension and its drama. Initially, his style was influenced by the singers of the radio, especially Angela Maria. Elis Regina (1963), The Well of Love (1963) - Elis was the biggest revelation of the Excelsior TV festival in 1965. After four LP's recorded and without great success - Viva a Brotolândia (1961), Poema de Amor (1962) , when he sang "Arrastão" by Vinicius de Moraes and Edu Lobo. This fact would guarantee the invitation to him to act in television and, shortly after, the title of first star of the Brazilian popular song, when it happened to command, next to Jair Rodrigues, the most important Brazilian popular music program: Fine of Bossa. In 1967, she married Ronaldo Bôscoli, then director of Fine of Bossa. From 1972, Elis would begin a relationship with César Camargo Mariano, who would last until 1981, in one of the most successful partnerships of Brazilian Popular Music.
Elis Regina sang many genres: from MPB, through bossa nova, samba, rock and jazz. Interpreting songs like Madalena, Águas de Março, Behind the Door, Like Our Parents, The Drunk and the Equilibrist, Querellas do Brasil, recorded moments of happiness, love, sadness, patriotism. Throughout his career, he has also sing songs by artists who are still little known, such as Milton Nascimento, Ivan Lins, Belchior, Renato Teixeira, Aldir Blanc and João Bosco, helping to launch and publicize his works , impelling them in the Brazilian music scene. Among other partnerships, the duets he had with Jair Rodrigues, Tom Jobim, Wilson Simonal, Rita Lee, Milton Nascimento, Gilberto Gil. With her second husband, the pianist César Camargo Mariano, devoted a long work of great creativity and musical consistency. His most memorable artistic presence may have been recorded in albums El Pleno (1972), Elis (1973), Elis & Tom (1974), Elis (1974), Falso Brilhante (1976), Transversal of Time ), Essa Mulher (1979), Saudade do Brasil (1980) and Elis (1980).

Elis Regina was the first person to register her own voice as if it were an instrument, in the Order of the Musicians of Brazil. Elis Regina died early in 1982, with only 36 years, leaving a vast work in Brazilian popular music. Although there are controversies and contestations, the exams proved that it had died because of high doses of cocaine and alcoholic beverages, and the fact deeply shocked the country at the time. In 2013, was voted the best female voice of Brazilian music by Rolling Stone Magazine. [15] Elis was also mentioned in the list of the greatest artists of the Brazilian music, being in the 14th position, being the woman better placed. In November of the same year he debuted a musical in his honor, Elis, the musical.
Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, March 17, 1945 - São Paulo, January 19, 1982) was a Brazilian singer. Known for her vocal competence, musicality and stage presence, [1] [2] [3] [4] [note 1] is considered by many critics the best popular singer in Brazil from the 1960s to the early 1980s; for many, the best Brazilian singer of all time, compared to singers like Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan and Billie Holiday. [6] [7] [8] [9] [10] With the successes of Falso Brilhante (1975-1977) and Transversal do Tempo (1978), Elis Regina innovated the musical spectacles in the country. She was married to Ronaldo Bôscoli, with whom she had João Marcello Bôscoli (1970); in 1973, married the pianist César Camargo Mariano (11), with whom he had two children: Pedro Camargo Mariano (1975) and Maria Rita Camargo Mariano (1977). Acclaimed in Brazil and abroad, Elis Regina died at the height of her career, at age 36, due to an overdose of cocaine.
Elis was the first great artist to emerge from the music festivals in the 1960s and took off from the aesthetics of Bossa Nova by the use of its vocal extension and its drama. Initially, his style was influenced by the singers of the radio, especially Angela Maria. Elis Regina (1963), The Well of Love (1963) - Elis was the biggest revelation of the Excelsior TV festival in 1965. After four LP's recorded and without great success - Viva a Brotolândia (1961), Poema de Amor (1962) , when he sang "Arrastão" by Vinicius de Moraes and Edu Lobo. This fact would guarantee the invitation to him to act in television and, shortly after, the title of first star of the Brazilian popular song, when it happened to command, next to Jair Rodrigues, the most important Brazilian popular music program: Fine of Bossa. In 1967, she married Ronaldo Bôscoli, then director of Fine of Bossa. From 1972, Elis would begin a relationship with César Camargo Mariano, who would last until 1981, in one of the most successful partnerships of Brazilian Popular Music.
Elis Regina sang many genres: from MPB, through bossa nova, samba, rock and jazz. Interpreting songs like Madalena, Águas de Março, Behind the Door, Like Our Parents, The Drunk and the Equilibrist, Querellas do Brasil, recorded moments of happiness, love, sadness, patriotism. Throughout his career, he has also sing songs by artists who are still little known, such as Milton Nascimento, Ivan Lins, Belchior, Renato Teixeira, Aldir Blanc and João Bosco, helping to launch and publicize his works , impelling them in the Brazilian music scene. Among other partnerships, the duets he had with Jair Rodrigues, Tom Jobim, Wilson Simonal, Rita Lee, Milton Nascimento, Gilberto Gil. With her second husband, the pianist César Camargo Mariano, devoted a long work of great creativity and musical consistency. His most memorable artistic presence may have been recorded in albums El Pleno (1972), Elis (1973), Elis & Tom (1974), Elis (1974), Falso Brilhante (1976), Transversal of Time ), Essa Mulher (1979), Saudade do Brasil (1980) and Elis (1980).
Elis Regina was the first person to register her own voice as if it were an instrument, in the Order of the Musicians of Brazil. Elis Regina died early in 1982, with only 36 years, leaving a vast work in Brazilian popular music. Although there are controversies and contestations, the exams proved that it had died because of high doses of cocaine and alcoholic beverages, and the fact deeply shocked the country at the time. In 2013, was voted the best female voice of Brazilian music by Rolling Stone Magazine. [15] Elis was also mentioned in the list of the greatest artists of the Brazilian music, being in the 14th position, being the woman better placed. In November of the same year he debuted a musical in his honor Elis, the musical.https://pt.wikipedia.org/wiki/Elis_Regina
Poucas pessoas sabem quem realmente descobriu Elis. Foi um vendedor da gravadora Continental chamado Wilson Rodrigues Poso, que a ouviu cantando menina, aos quinze anos, em Porto Alegre. Ele sugeriu à Continental que a contratasse, e em 1962 saiu o disco dela. Levei Elis ao meu programa, fui o primeiro a tocar seu disco no rádio. Naquele dia eu disse: Menina, você vai ser a maior cantora do Brasil. Está gravado.
Few people know who actually discovered Elis. He was a seller of the Continental label called Wilson Rodrigues Poso, who heard her singing, at fifteen, in Porto Alegre. He suggested to Continental that he hire her, and in 1962 her record came out. I took Elis to my program, I was the first to play his record on the radio. That day I said: Girl, you're going to be the biggest singer in Brazil. It's engraved.
Elis Regina criticou muitas vezes a ditadura brasileira, nos difíceis Anos de chumbo, quando muitos músicos foram perseguidos e exilados. A crítica tornava-se pública em meio às declarações ou nas canções que interpretava. Em entrevista, no ano de 1969, teria afirmado que o Brasil era governado por gorilas.[31] A popularidade a manteve fora da prisão, mas foi obrigada pelas autoridades a cantar o Hino Nacional durante um espetáculo em um estádio, fato que despertou a ira da esquerda brasileira.
Sempre engajada politicamente, Elis participou de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira, com voz ativa da campanha pela Anistia de exilados brasileiros. O despertar de uma postura artística engajada e com excelente repercussão acompanharia toda a carreira, sendo enfatizada por interpretações consagradas de O bêbado e a equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), a qual vibrava como o hino da anistia. A canção coroou a volta de personalidades brasileiras do exílio, a partir de 1979. Um deles, citado na canção, era o irmão do Henfil, o Betinho, importante sociólogo brasileiro. Também merece destaque, o fato de Elis Regina ter se filiado ao PT, em 1981.[carece de fontes]
Outra questão importante se refere ao direito dos músicos brasileiros, polêmica que Elis encabeçou, participando de muitas reuniões em Brasília. Além disso, foi presidente da Assim, Associação de Intérpretes e de Músicos.Elis Regina often criticized the Brazilian dictatorship, in the difficult Years of lead, when many musicians were persecuted and exiled. Criticism became public in the midst of the statements or in the songs he played. In an interview in the year of 1969, it would have affirmed that Brazil was governed by gorillas. Popularity kept her out of prison, but was forced by the authorities to sing the National Anthem during a spectacle in a stadium, a fact that aroused the anger of the Brazilian left.
Always politically engaged, Elis participated in a series of movements of Brazilian political and cultural renewal, with active voice of the campaign for the Amnesty of Brazilian exiles. The awakening of an engaged artistic posture and with excellent repercussion would accompany the whole career, being emphasized by consecrated interpretations of The drunk and the tightrope (João Bosco and Aldir Blanc), which vibrated like the amnesty hymn. The song crowned the return of Brazilian personalities from exile, beginning in 1979. One of them, quoted in the song, was the brother of Henfil, Betinho, an important Brazilian sociologist. Also noteworthy is the fact that Elis Regina joined the PT in 1981. [citation needed]
Another important issue concerns the right of Brazilian musicians, a polemic that Elis led, attending many meetings in Brasilia. In addition, he was president of Thus, Association of Interpreters and Musicians.

Elis faleceu precocemente aos 36 anos devido a uma overdose de cocaína, álcool e tranquilizantes, varrendo o país inteiro em luto.
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/04/07/ditadura-tambem-prendeu-torturou-e-matou-militares.htm
A causa da morte de Elis, para muitos, segue sendo inadmissível, uma barbeiragem histórica, uma crueldade bíblica. Aos 36 anos, a mulher que redimensionou a experiência artística do palco e dos discos atingindo um inédito ‘efeito assombro’, não visto nem antes nem depois com a mesma intensidade, saía de cena em uma manhã de janeiro de 1982 de forma patética. A mistura de cocaína com bebida alcoólica nem precisou de porções exageradas para que seu organismo entrasse em colapso.

A procura por vilões é a reação natural nas grandes revoltas. É preciso lavar as almas caçando e crucificando suspeitos. E então o biógrafo, depois de visitar o passado por anos batendo à porta de memórias ditas e escritas, frustra a expectativa dos justiceiros ao entregar-lhes a bandeja vazia. Quem levou as drogas a Elis é uma pergunta sem resposta talvez porque Elis não precisasse de ‘aviãozinho’ nem de professor. Não consigo conceber a imagem desta mulher sendo convencida a rastejar o nariz sobre uma carreira de pó se não quisesse fazê-lo. Elis vivia imersa em um universo em que chovia cocaína. Com poucas exceções, todos consumiam. Ela só precisou estender a mão.(ESTADÃO).
A MORTE
Elis Regina sempre atraiu as luzes da ribalta. Incluindo em Janeiro de 1982. Poucos dias antes da morte, a cantora apareceu no programa Jogo da Verdade, do canal TV Cultura, onde, sem temores e ao seu estilo, respondia em estúdio a todas as questões colocadas pelo moderador e por dois convidados.
Nessa altura, Elis Regina consumia pontualmente cocaína (um hábito no meio artístico), o que acontecia há um ano, desde que viajou para os Estados Unidos afim de acertar os pormenores de uma colaboração com o saxofonista norte-americano Wayne Shorter. O penúltimo namorado de Elis, o músico Guilherme Arantes, recordaria mais tarde que vira a cantora a snifar a perigosa e viciante droga no início de 1981, durante a breve relação.
No dia 18 de Janeiro de 1982, Elis Regina esteve, ao final da tarde, a socializar no seu apartamento de São Paulo com os músicos da sua banda e com o seu namorado de há seis meses, o advogado Samuel Mac Dowell, com quem a cantora procurava uma casa para viverem juntos. Segundo os testemunhos dos presentes, Elis bebeu nesse final de tarde vários copos de Cinzano e de uísque. Os músicos, entretanto, saem às 21 horas, e Elis Regina janta a sós com o seu companheiro. Às 23h30, Mac Dowell larga os aposentos da cantora. Elis fica sozinha para ouvir as gravações do seu próximo disco. Durante a madrugada, o advogado tenta em vão contactar telefonicamente Elis. Só à quinta tentativa, o consegue: a cantora explica-lhe que não ouviu o telefone por causa do volume alto da música. Mac Dowell não estranhou e achou a voz de Elis normal.
Dia seguinte, 19. Dia diferente. O namorado da cantora liga-lhe às 9h30 do seu escritório. O telefonema decorre normalmente. Até que, subitamente, Elis Regina começa a falar muito vagarosamente. Às tantas, pronuncia palavras indecifráveis. A voz Elis Regina afasta-se do telefone. De repente, o silêncio. Samuel Mac Dowell sai disparado do seu emprego e apanha um taxi até ao prédio de Elis. Para chegar ao quarto da cantora, o namorado tem que arrombar duas portas. Elis estava inanimada. Ao lado, estava um envelope vazio do tranquilizante Sonotrat. O stress de Mac Dowell teve como etapas nos minutos seguintes a ambulância que nunca mais chegava, as tentativas de reanimar Elis e o telefonema desesperado ao colega de trabalho mais próximo. Impaciente, Samuel Mac Dowell resolve chamar um táxi e levar Elis pelos braços, seguindo velozmente em direção ao Hospital das Clínicas. O taxista era um emigrante português, de nome Gouveia, que só se apercebeu que o corpo inanimado que ia no banco de trás era o da cantora quando, mais tarde, ouviu no auto-rádio a triste notícia que chocaria o Brasil inteiro: “Elis Regina morreu”.
As várias autópsias confirmam a overdose de cocaína como causa principal da morte da artista. A droga terá sido ingerida oralmente, numa dose mortal. E a mistura com tranquilizantes e com álcool pode ter sido fatal.
O corpo esteve em câmara ardente no centro do palco do Teatro Bandeirantes, em São Paulo, onde Elis Regina brilhou em vida. As filas de milhares de pessoas para a verem tinham uma extensão absolutamente anormal. Dentro da sala, entoavam-se cânticos de temas popularizados por Elis. E até o Presidente de Estado João Figueiredo (responsável pela transição do país para a democracia) se comoveu publicamente, enviando um telegrama de condolências à família da cantora.
A cobertura televisiva do cortejo fúnebre de Elis Regina até ao Cemitério do Morumbi foi exaustiva, e incluiu filmagens de helicóptero. As rádios paulistas também não pouparam esforços.
Elis Regina morreu com 36 anos de idade, deixando órfãos três filhos de dois casamentos, um dos quais Maria Rita (que na altura contava apenas quatro primaveras), que tem hoje uma carreira internacional bastante reconhecida.
Artigo que faz parte do especial Brasil Fatal, publicado no Cotonete.
PUBLICADA POR GONÇALO PALMA À(S) 21:54

ETIQUETAS: BRASIL FATAL, ELIS REGINA.
http://goncalopalma.blogspot.com.br/2009/02/elis-regina-1945-1982.html
"Elis, lembro bem quando tu saiu daqui (Rio Grande do Sul) e ia nos programas de televisão, soltava um grito: Mais do que nunca é preciso cantar. Hoje é 1981, há o preço da gasolina, há recessão econômica, há desemprego, há menos verbas na educação e eu te pergunto: o que é preciso cantar hoje?(pergunta)
"Pau no lombo de quem deixou tudo isso acontecer."(resposta)Elis
E de que forma, no seu trabalho, essa mensagem pode ser levada?(pergunta)
"Já está sendo levada há muito tempo. Eu não preciso justificar nada. Só faço meu trabalho. Eu dou o tiro, quem mata é Deus. Se você conhece meu trabalho, sabe do que eu tô falando"(resposta)Elis
Elis died early at age 36 due to an overdose of cocaine, alcohol and tranquilizers, sweeping the entire country in mourning.
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/04/07/ditadura-tambem-prendeu-torturou-e-matou-militares.htm
The cause of the death of Elis, for many, remains unacceptable, a historical barbeiragem, a biblical cruelty. At age 36, the woman who reshaped the artistic experience of the stage and records to an unprecedented 'haunting effect', not seen before or after with the same intensity, left the scene on a January morning in 1982 pathetically. The cocaine mix with alcoholic beverages did not even need exaggerated portions to get her body to collapse.
The quest for villains is the natural reaction in the great revolts. It is necessary to wash the souls by hunting and crucifying suspects. And then the biographer, after visiting the past for years knocking on the door of said and written memories, frustrates the vigilance of the vigilantes by giving them the empty tray. The one who took the drugs to Elis is an unanswered question, perhaps because Elis did not need an airplane or a teacher. I can not imagine the image of this woman being persuaded to crawl her nose over a dusty career if she did not want to. Elis lived immersed in a universe in which cocaine was raining. With few exceptions, everyone consumed. She just needed to reach out.
THE DEATH
Elis Regina always attracted the limelight. Including in January of 1982. A few days before the death, the singer appeared in the program "Play of the Truth", of the channel TV Cultura, where, without fears and to its style, it responded in studio to all the questions posed by the moderator and by two guests.
At that time, Elis Regina consumed punctual cocaine (a habit in the artistic world), which happened a year ago, since she traveled to the United States to work out the details of a collaboration with American saxophonist Wayne Shorter. Elis's penultimate boyfriend, musician Guilherme Arantes, later recalled that she had become the snorer of the dangerous and addictive drug in early 1981 during the brief relationship.
On January 18, 1982, Elis Regina was, at the end of the afternoon, socializing in her apartment in São Paulo with the musicians of her band and her boyfriend of six months ago, the lawyer Samuel Mac Dowell, with whom the singer searched for a house to live together. According to the testimony of those present, Elis drank this late afternoon several glasses of Cinzano and whiskey. The musicians, however, leave at 9pm, and Elis Regina dines alone with her partner. At 11:30 PM, Mac Dowell opens the singer's quarters. Elis is alone to hear the recordings of her next album. During the night, the lawyer tries in vain to call Elis by telephone. Only at the fifth attempt, she succeeds: the singer explains that she did not hear the phone because of the loud volume of the song. Mac Dowell was not surprised and found Elis's voice normal.
Next day, 19. Different day. The singer's boyfriend calls her at 9:30 am from her office. The call is normal. Then, suddenly, Elis Regina begins to speak very slowly. To many, he utters indecipherable words. The voice Elis Regina moves away from the telephone. Suddenly the silence. Samuel Mac Dowell gets out of his job and takes a taxi to Elis's building. To reach the singer's room, the boyfriend has to break in two doors. Elis was inanimate. Beside it was an empty envelope of the soothing Sonotrat. Mac Dowell's stress in the next few minutes was the ambulance that never came, the attempts to revive Elis, and the desperate phone call to the nearest co-worker. Impatiently, Samuel Mac Dowell decides to hail a cab and take Elis by the arms, speeding toward the Hospital das Clínicas. The taxi driver was a Portuguese emigrant, named Gouveia, who only realized that the inanimate body that was in the back was the singer's, when later he heard in the car radio the sad news that would shock the whole of Brazil: "Elis Regina died. "
The various autopsies confirm cocaine overdose as the main cause of her death. The drug will have been ingested orally in a deadly dose. And mixing with tranquilizers and alcohol may have been fatal.
The body was in a burning chamber in the center of the stage of the Teatro Bandeirantes, in São Paulo, where Elis Regina shone in life. The queues of thousands of people to see her had an absolutely abnormal extent. Inside the room, chants of songs popularized by Elis were sung. And even the President of State João Figueiredo (responsible for the country's transition to democracy) was moved publicly, sending a telegram of condolences to the singer's family.

Television coverage of Elis Regina's funeral procession to the Morumbi Cemetery was exhaustive, and included helicopter footage. The radios of São Paulo also spared no effort.
Elis Regina died at the age of 36, leaving orphans three children of two marriages, one of whom Maria Rita (who at that time had only four springs), who now has a well recognized international career.
This article is part of the special Fatal Brazil, published in the Cotonete.
PUBLISHED BY GONÇALO PALMA AT (S) 21:54
TAGS: BRASIL FATAL, ELIS REGINA.

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CANTINHO CULTURAL E INFORMATIVO - CULTURAL AND INFORMATIVE PLACE-
As 53 marcas de Chael
Uma dessas histórias é de Chael Charles Schreier, estudante da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo, abandonara o curso em 1968 para tornar-se o Joaquim, da organização armada VAR-Palmares. Tinha 23 anos e participara de pelo menos um assalto a banco. Foi preso em novembro de 1969, junto com dois companheiros de organização, o casal Maria Auxiliadora (ou Francisca) e Antonio Roberto Espinosa (ou Bento).
A primeira sessão de tortura foi coletiva: Chael foi obrigado a beijar o corpo de Maria Auxiliadora. Espinosa teve a cabeça empurrada entre os seus seios. Levaram os dois rapazes para outra sala. Francisca foi deitada no chão molhado, e assim aplicaram-lhe os primeiros choques elétricos.
Ela recebia golpes de palmatória nos seios, e uma pancada abriu-lhe um ferimento na cabeça. Espinosa tomou choques com fios ligados à corrente elétrica de uma tomada de parede, amarraram-lhe a genitália numa corda e fizeram-no correr pela sala.
A pancadaria acabou na madrugada, quando Chael parou de gritar.
No dia seguinte havia um cadáver na 1a Companhia da Polícia do Exército.
Quando isso ocorria, normalmente fechava-se o caixão, proclamava-se o suicídio e sepultava-se o morto. Mas com o corpo de Chael o procedimento rotineiro não pôde ser seguido: o diretor do Hospital Central do Exército, general Galeno da Penha Fraco, não aceitou o corpo como se tivesse entrado vivo e determinou que se procedesse à autópsia.
Foi a mais detalhada necropsia do regime, assinado pelo major-médico Oswaldo Caymmi Ferreira, chefe do serviço legista do HCE, e pelo capitão Guilherme Achilles de Faria Mello.
Segundo os legistas, Chael Schreier tinha 53 marcas de pancada. Estava todo lanhado, com um corte no queixo suturado por cinco pontos. Tinha uma hemorragia na cabeça e sangue “em todos os espaços” do abdômen. O intestino foi extensamente rompido. O tórax estava deprimido. Dez costelas, quebradas.
A descrição do torturador
Num depoimento ao repórter Alexandre Oltramari, da revista Veja, em dezembro de 1998, o tenente Marcelo Paixão de Araújo, torturador do 12o Regimento de Infantaria  de Belo Horizonte de 1968 a 1971, descrevia o método do aparelho de repressão:
“A primeira coisa era jogar o sujeito no meio de uma sala, tirar a roupa dele e começar a gritar para ele entregar o ponto (lugar marcado para encontros), os militantes do grupo. Era o primeiro estágio.
Se ele resistisse, tinha um segundo estágio, que era, vamos dizer assim, mais porrada. Um dava tapa na cara. Outro, soco na boca do estômago. Um terceiro, soco no rim. Tudo para ver se ele falava. Se ele não falava, tinha dois caminhos. Dependia muito de quem aplicava a tortura. Eu gostava muito de aplicar a palmatória. É muito doloroso, mas faz o sujeito falar. Eu era muito bom na palmatória. (…) Você manda o sujeito abrir a mão. O pior é que, de tão desmoralizado, ele abre. Aí se aplicam dez, quinze bolos na mão dele com força. A mão fica roxa. Ele fala. A etapa seguinte era o famoso telefone das Forças Armadas. (…) É uma corrente de baixa amperagem e alta voltagem. (…) Eu gostava muito de ligar nas duas pontas dos dedos. Pode ligar numa mão e na orelha, mas sempre do mesmo lado do corpo. O sujeito fica arrasado. O que não se pode fazer é deixar a corrente passar pelo coração. Aí mata. (…) O último estágio em que cheguei foi o pau-de-arara com o choque. Isso era para o queixo-duro, o cara que não abria nas etapas anteriores. Mas pau-de-arara é um negócio meio complicado. (…) O pau-de-arara não é vantagem. Primeiro, porque deixa marca. Depois, porque é trabalhoso. Tem de montar a estrutura. E terceiro, é necessário tomar conta do indivíduo porque ele pode passar mal.”
Gaspari é um dos gênios da raça do jornalismo brasileiro. Além da independência intelectual diante de partidos e políticos — o que lhe garante credibilidade para ser levado a sério e lhe permite espaço e autoridade para criticar e elogiar situação e oposição — ele tem uma memória prodigiosa, paciência exemplar e incomparável apego a detalhes que passariam despercebidos ao mais detalhista dos repórteres.
Durante mais de 30 anos de pesquisa, Gaspari reuniu um enorme acervo de documentos. Graças também às suas relações com o general Golbery do Couto e Silva, o poderoso chefe da Casa Civil do presidente Ernesto Geisel e artífice, com este, do processo de abertura “lenta, gradual e segura” do regime que ajudaram a criar. O jornalista herdou o diário do secretário de Golbery, Heitor de Aquino Ferreira, e o próprio Arquivo Golbery.
Os documentos de Gaspari estarão integralmente disponíveis no site Arquivos da Ditadura, mas alguns já começaram a aparecer no projeto. É o caso da gravação, revelada no início deste ano, em que o presidente norte-americano John Kennedy questiona, numa reunião na Casa Branca, se os Estados Unidos poderiam “intervir militarmente” no Brasil para depor o presidente João Goulart.
The 53 brands of Chael
One such story is Chael Charles Schreier, a student at the Faculty of Medical Sciences of the Santa Casa de Misericórdia, in São Paulo, who left the course in 1968 to become Joaquim of the VAR-Palmares armed organization. He was 23 years old and had participated in at least one bank robbery. He was arrested in November 1969, along with two companions of organization, the couple Maria Auxiliadora (or Francisca) and Antonio Roberto Espinosa (or Bento).
The first session of torture was collective: Chael was forced to kiss the body of Mary Help of Christians. Espinosa had his head pushed between her breasts. They took the two boys to another room. Francisca lay on the wet floor, and so they applied her the first electric shocks.
She was patted on the breasts, and a blow on her head opened. Espinosa took shocks with wires attached to the electric current from a wall socket, tied his genitalia to a rope and made him run across the room.
The blow-up ended at dawn, when Chael stopped screaming.
The next day there was a corpse in the 1st Army Police Company.
When this happened, the coffin was normally closed, the suicide was proclaimed, and the dead man was buried. But with the body of Chael the routine procedure could not be followed: the director of the Army Central Hospital, General Galeno of Penha Fraco, did not accept the body as if it had entered alive and determined that the autopsy was carried out.
It was the most detailed necropsy of the regime, signed by Major-doctor Oswaldo Caymmi Ferreira, head of the HCE medical service, and by Captain Guilherme Achilles de Faria Mello.
According to coroners, Chael Schreier had 53 punching marks. It was all rolled up, with a cut in the jaw sutured by five stitches. There was a bleeding in the head and blood "in all spaces" of the abdomen. The intestine was extensively ruptured. The chest was depressed. Ten ribs, broken.
The torturer's description
In a testimony to reporter Alexandre Oltramari of Veja magazine in December 1998, Lieutenant Marcelo Paixão de Araújo, a torturer of the 12th Infantry Regiment of Belo Horizonte from 1968 to 1971, described the method of repression apparatus:
"The first thing was to throw the guy in the middle of a room, take off his clothes and start yelling for him to deliver the point (place set for encounters), the group's militants. It was the first stage.
If he resisted, he had a second stage, which was, let's say, more punchy. One slapped his face. Another, punch in the pit of the stomach. A third, punch the kidney. All to see if he spoke. If he did not speak, he had two ways. It depended heavily on who applied the torture. I really enjoyed applying the candlestick. It's very painful, but it makes the guy talk. I was very good at the candlestick. (...) You tell the guy to open his hand. The worst of it is that, as demoralized, it opens up. There ten, fifteen cakes are applied in his hand with force. The hand turns purple. He speaks. The next step was the famous Armed Forces telephone. (...) It is a current of low amperage and high voltage. (...) I was very fond of connecting at both fingertips. It can bind in one hand and in the ear, but always on the same side of the body. The guy is devastated. What you can not do is let the chain pass through your heart. There he kills. (...) The last stage in which I arrived was the macaw with the shock. This was for the chin-hard, the guy who did not open in the previous steps. But stick-a-macaw is a tricky business. (...) The woodpecker is not an advantage. First, because it leaves a mark. Then because it's laborious. You have to assemble the structure. And third, it is necessary to take care of the individual because he can go wrong. "
Gaspari is one of the geniuses of Brazilian journalism. In addition to intellectual independence vis-a-vis parties and politicians - which gives him credibility to be taken seriously and allows him room and authority to criticize and praise situation and opposition - he has a prodigious memory, exemplary patience and unparalleled attachment to details that would go unnoticed to the most detailed of reporters.
During more than 30 years of research, Gaspari gathered a huge collection of documents. Thanks also to his relations with General Golbery do Couto e Silva, the powerful chief of the Civil House of President Ernesto Geisel and the architect, with him, of the process of "slow, gradual and safe" opening of the regime that helped to create. The journalist inherited the diary of Golbery's secretary, Hector Aquino Ferreira, and the Golbery Archive itself.

Gaspari's documents will be fully available on the Archives of the Dictatorship website, but some have already begun to appear on the project. This is the case of the recording, revealed earlier this year in which US President John Kennedy questions at a White House meeting whether the United States could "intervene militarily" in Brazil to depose President Joao Goulart.

O ódio
Há mais. O próprio Centro de Informações do Exército, numa referência elíptica aos suplícios, qualificou-os como “ações que qualquer justiça do mundo qualificaria de crime”.
Oficiais do DOI do Rio atendiam ao telefone em nome da “Funerária Boa Morte” e nele um torturador disse a uma jovem, durante uma Sexta-feira Santa, que sofreria como Jesus Cristo.
Em São Paulo, o agente Campão informava: “Meu nome é Lúcifer”. E, no Ceará, um torturador disse: “Aqui não é o exército, nem marinha, nem aeronáutica. Aqui é o inferno”.
Na Polícia do Exército da Vila Militar, um sargento mostrava a cancela do quartel e dizia: “Dali pra dentro Deus não entra. Se entrar, a gente dependura no pau-de-arara”.
É possível que tais histórias (e muitas outras que se contam em detalhes ainda mais graves, como no livro resultado do projeto Brasil: nunca mais) soem coisa pequena para os comentaristas enfurecidos — a maioria defensora da volta da ditadura militar e crítica ardente da democracia conduzida pelo PT.
O que impressiona não é a rudeza dos comentários, nem as palavras virulentas para descrever o colunista e o autor do artigo da revista Brasileiros, no qual a coluna se baseou.
É curioso e divertido ler referências até a idade do colunista e a impossibilidade, na visão de alguns comentaristas, de tratar de um assunto em cujo contexto não se viveu. (Pedindo perdão por ter nascido tão tarde e de ter menos de 40 anos, o colunista questiona: se estiver certa tal tese, não pode haver, no presente, biógrafo de Abraham Lincoln ou especialistas em assuntos do Império brasileiro?).
Também não chega a surpreender a convicção com que se desmerece qualquer pedido de revisão do passado. Tampouco a tradicional exigência de condicionar essa revisão à aceitação dos crimes cometidos pelo terrorismo das organizações.
Chama a atenção é o ódio instalado no território livre do debate político nacional. Não foram poucos os que não só pediram a volta dos militares ao poder, como também os que criticaram o regime militar por ter feito o “serviço incompleto”. Defenderam a tortura e mesmo a morte dos militares terroristas do passado e dos governantes petistas do presente. Se adotadas tais práticas, estaríamos livres, segundo esse argumento, da “bandalheira” atual.
Um deles diz torcer para que aqueles “que deveriam ser mortos fiquem bem vivos para estuprar sua mãe, mulher e filhas e dar um tom de realidade as (sic) palavras erronia (sic) que consegue dizer”.

The hate
There is more. The Army Information Center itself, in an elliptical reference to torture, described them as "actions that any justice in the world would qualify as a crime."
Rio DOI officials were on the telephone in the name of "Boa Morte Funeral Home" and a torturer told a young woman during a Good Friday that she would suffer like Jesus Christ.
In São Paulo, Agent Campão reported: "My name is Lucifer." And in Ceará, a torturer said: "Here is not the army, nor navy, nor aeronautics. Here is hell".
In the Military Police of the Military Village, a sergeant showed the gate and said: "From within, God does not enter. If you come in, we hang out on the macaw. "
Is it possible that such stories (and many others that are told in even more serious detail, as in the book Project Brazil result: never again) are a small thing for the enraged commentators - most defending the return of military dictatorship and burning critic of democracy conducted by the PT.
What is striking is not the rudeness of the comments, nor the virulent words to describe the columnist and the author of the article in the Brazilian magazine, on which the column was based.
It is curious and fun to read references until the age of the columnist and the impossibility, in the opinion of some commentators, to deal with a subject in which context was not lived. (Asking forgiveness for being born so late and under the age of 40, the columnist asks: if this thesis is right, can there not be, at present, a biographer of Abraham Lincoln or experts in matters of the Brazilian Empire?
Nor does it come as a surprise to the conviction that any request for revision of the past is devalued. Nor is the traditional requirement to condition this review to the acceptance of the crimes committed by organizations' terrorism.
It draws attention is hatred installed in the free territory of the national political debate. Not only were there not only those who called for the return of the military to power, but also those who criticized the military regime for having done the "incomplete service." They defended the torture and even the death of the military terrorists of the past and of the PT's rulers of the present. If such practices were adopted, we would be free, according to this argument, from the current "banner".
One of them says that those "who should be killed live very well to rape their mother, wife and daughters and give a tone of reality to the words (sic) erronia (sic) they can say."
A tortura quebrou o terror
É preciso reconhecer: a tortura nos porões da ditadura ajudou a destruir as organizações armadas. A quebra do terror começou em julho de 1969, a partir da centralização das atividades de polícia política dentro do Exército.No fim de junho de 1970 estavam desestruturadas todas as organizações que algum dia chegaram a ter mais de cem militantes. “A unificação de esforços colaborou para o trabalho da ‘tigrada’”, escreve Elio Gaspari em A ditadura escancarada, “mas foi o porão que lhe garantiu o sucesso”.Segundo o projeto Brasil: nunca mais (tomo V, volume 1: a tortura), foram 308 as denúncias de torturas apresentadas por presos políticos às cortes militares. Em 1969 elas somaram 1027. Em 70, 1206.Nos 23 meses que vão de agosto de 1968 ao fim do primeiro semestre de 1970 houve ações terroristas de grande escala: o assalto ao trem pagador da ferrovia Santos-Jundiaí, pela ALN; o ataque ao QG do II Exército, pela VPR; o assassinato do capitão Chandler, pela VPR; o roubo do cofre do governador Adhemar de Barros, pela VAR-Palmares, derivada da VPR e do Colina; e o sequestro do embaixador Charles Elbrick, pelo condomínio da Dissidência Universitária com a ALN.Essas cinco ações foram organizadas por quatro grupos, e delas participaram 46 militantes. Elio Gaspari fez um levantamento do destino de 44 deles, cuja conclusão é reveladora: no fim de junho de 1970, seis estavam mortos, 21 presos e dez haviam deixado o Brasil. Dos sete restantes, dois morreriam e um seria capturado antes do final de 1970. Sobravam quatro. Dois estavam desconectados das organizações e outro exilou-se em 1971. Vivo e atuante, só um, que seguira para Cuba. Retornou ao Brasil e foi assassinado em 1972.A repressão, sabemos, venceu.“Confissões não se conseguem com bombons”Os defensores da repressão como resposta às ações terroristas de combate à ditadura adotam argumentos falaciosos.
Em primeiro lugar, uma observação: a tortura tornou-se matéria de ensino e prática rotineira dentro da máquina militar de pressão política da ditadura por conta de uma antiga associação de dois conceitos. O primeiro relaciona-se com a concepção absolutista da segurança da sociedade. Vindo da Roma antiga (“A segurança pública é a lei suprema”), esse conceito desemboca nos porões: “Contra a Pátria não há direitos”, informava uma placa pendurada no saguão dos elevadores da polícia paulista. Ou seja, o País está acima de tudo, portanto tudo vale contra aqueles que o ameaçam.
O segundo conceito associa-se à funcionalidade do suplício. A retórica dos vencedores sugere uma equação simples: havendo terroristas, os militares entram em cena, o pau canta, os presos falam, e o terrorismo acaba.
A argumentação pró-tortura e antiterrorismo, sugere Gaspari, confunde método com resultado. Apresenta o desfecho (o fim do terrorismo) como justificativa do meio que o regime não explicitava (a tortura). Arma um silogismo: é preciso acabar com o terrorismo, a tortura acabou com o terrorismo, logo fez-se o que era preciso.Para presidentes, ministros, generais e torcionários, o crime não estava na tortura, mas na conduta do prisioneiro. É o silêncio, acreditavam eles, que lhe causa os sofrimentos inúteis que podem ser instantaneamente suspensos através da confissão. Como argumentava o bispo de Diamantina, d. Geraldo de Proença Sigaud, “confissões não se conseguem com bombons”.
Quando internautas pedem punição similar aos militantes armados, ignoram um detalhe importante: os torturadores raramente são mencionados nos inquéritos, e em certos casos nem sequer suas identidades são conhecidas. Seus crimes, porém, entram nos autos pela narrativa das vítimas ou mesmo pelas análises periciais.
Muitas vezes, a ponta da verdade emerge da mentira encoberta por histórias inverossímeis. É casos do preso que morreu num tiroteio numa determinada esquina enquanto os moradores do lugar testemunharam que nela jamais se disparou um tiro. Ou ainda o cidadão de mais de 1,80m de altura, pesando quase cem quilos, que teria conseguido fugir do banco traseiro de um Volkswagen enquanto era escoltado por três soldados da Polícia do Exército.Autor: Rodrigo de Almeida
Torture broke the terror
It must be acknowledged that torture in the basements of the dictatorship helped destroy the armed organizations. The break in terror began in July 1969, from the centralization of political police activities within the Army. By the end of June 1970, all the organizations that once had more than one hundred militants had been destroyed. "The unification of efforts contributed to the work of the 'tigrada'," Elio Gaspari writes in The Open Dictatorship, "but it was the basement that guaranteed success." According to the Brazil project: never again (tome V, volume 1: a torture), 308 reported allegations of torture by political prisoners to military courts. In 1969, they numbered 1027. In 70, 1206. In the 23 months from August 1968 to the end of the first half of 1970 there were large-scale terrorist actions: the assault on the pay train of the Santos-Jundiaí railroad, by the ALN; the attack on the HQ of the Second Army by VPR; the assassination of Captain Chandler by the VPR; the robbery of the governor Adhemar de Barros's vault, by VAR-Palmares, derived from VPR and Colina; and the kidnapping of Ambassador Charles Elbrick, for the condominium of University Dissidence with the ALN. These five actions were organized by four groups, of which 46 militants participated. Elio Gaspari surveyed the fate of 44 of them, the conclusion of which is revealing: at the end of June 1970, six were dead, 21 were arrested and ten had left Brazil. Of the remaining seven, two would die and one would be captured before the end of 1970. There were four left. Two were disconnected from the organizations and another was exiled in 1971. Alive and active, only one, who had gone to Cuba. He returned to Brazil and was assassinated in 1972. The repression, we know, won. "Confessions can not be made with candy" Proponents of repression as a response to terrorist actions to combat dictatorship adopt fallacious arguments.
Firstly, one observation: torture has become a matter of teaching and routine practice within the dictatorship's military machine of political pressure because of an old association of two concepts. The first relates to the absolutist conception of the security of society. Coming from ancient Rome ("Public safety is the supreme law"), this concept ends in the cellars: "Against the Fatherland there are no rights," said a plaque hanging in the lobby of the São Paulo police lifts. That is, the country is above everything, so everything is valid against those who threaten it.
The second concept is associated with the functionality of torture. The rhetoric of the winners suggests a simple equation: if there are terrorists, the military enters the scene, the cock sings, the prisoners speak, and the terrorism ends.
The pro-torture and counterterrorism argument, Gaspari suggests, confuses method with result. It presents the outcome (the end of terrorism) as a justification for the medium that the regime did not make explicit (torture). It arms a syllogism: it is necessary to end the terrorism, the torture ends the terrorism, soon it was done what was necessary. For presidents, ministers, generals and torcionarios, the crime was not in the torture, but in the conduct of the prisoner. It is silence, they believed, that causes him unnecessary sufferings that can be instantly suspended through confession. As the bishop of Diamantina argued, d. Geraldo de Proença Sigaud, "confessions can not be made with chocolates".
When netizens demand similar punishment from armed militants, they ignore one important detail: torturers are rarely mentioned in the inquiries, and in some cases not even their identities are known. Their crimes, however, enter in the records by the narrative of the victims or even by the expert analyzes.
Often the tip of truth emerges from the lie covered by unbelievable stories. It is the case of the prisoner who died in a shootout at a certain corner while the locals witnessed that no shot was ever fired there. Or the citizen who is more than six feet tall, weighing almost 100 kilos, could have fled the back seat of a Volkswagen while being escorted by three soldiers of the Army Police. Author: Rodrigo de Almeida
http://pensata.ig.com.br/index.php/2014/01/20/de-um-torturador-para-uma-jovem-voce-vai-sofrer-como-jesus-cristo/


PESQUISAS//PUBLICAÇÕES//TRADUÇÕES//PRINTS: NALY DE ARAUJO LEITE - SOROCABA CITY - SÃO PAULO STATE - BRAZIL.

"VIM DO PLANETA FOME! OLHA AÍ..AI É O MEU GURI, OLHA AÍ.....É O MEU GURI! OLHA AÍ....É ELA! É ELZA SOARES!

1. Elza Gomes da Conceição nasceu na favela carioca de Moça Bonita, em 23 de junho de 1937.
2. O sobrenome Soares surgiu quando Elza, que tinha apenas 12 anos, foi obrigada pelo pai a se casar com Lourdes Antônio Soares.
3. Com 13 anos, ela já estava grávida do seu primeiro filho.
4. Ao todo, Elza teve sete filhos.
5. Aos 21 anos, Elza já havia velado o primeiro marido e dois de seus filhos que morreram de fome.
6. Em entrevista, ela contou que às vezes tinha que "espantar os urubus pra pegar o resto de comida que estava no lixo".
7. Elza ainda viveu uma história digna de novela quando a sua filha Dilma foi sequestrada por um casal de sua confiança. Mãe e filha só se reencontraram anos depois, quando Dilma já era adulta.
8. Mas, com a dor, veio também um jeito único de cantar. Elza contou em vídeo que chocou a plateia do programa de Ary Barroso na Rádio Tupi com sua voz rouca e ganhou primeiro lugar no concurso de calouros.
13. Só que, na mesma viagem, Elza se apaixonou pelo jogador Mané Garrincha.
14. O romance de Elza e Garrincha virou alvo da imprensa, que acusava Elza de ter acabado com o casamento do jogador.
15. Em 1963, ela gravou a canção "Eu Sou A Outra", para a fúria da sociedade conservadora da época.
16. Em entrevista, Elza contou que a casa em que morava com Garrincha no Rio de Janeiro foi metralhada durante a Ditadura Militar e isso fez com que eles fugissem para a Itália.
17. Lá eles ficaram amigos do casal Chico Buarque e Marieta Severo.Elza Soares e Garrincha, em 1966.
18. De volta ao Brasil, a relação do casal foi marcada pelo alcoolismo de Garrincha e pela violência doméstica.
19. Em 1969, o carro de Garrincha, que estava alcoolizado, sofreu um grave acidente na Rodovia Presidente Dutra. Dona Josefa, mãe de Elza, foi arremessada para fora e morreu na hora.
20. O casamento de Elza e Garrincha acabou após 16 anos, em 1982. O jogador faleceu no ano seguinte, de cirrose.
21. Em São Paulo, Elza passou a viver no ostracismo, se apresentando em circos esporadicamente. Depressiva, ela decidiu abandonar sua carreira.
22. Em entrevista à Globo, ela contou que foi Caetano Veloso quem a colocou de volta ao show business. Ela e Caetano gravaram um dueto da música "Língua", sucesso de 1984.Elza Soares e Caetano Veloso.
23. Pouco tempo depois, em 1986, outra tragédia. Garrinchinha, o único filho que Elza teve com o jogador, faleceu num acidente de carro. Ele tinha apenas 9 anos.
24. Mas a carreira de Elza nunca mais voltou atrás. Em 1999, ela foi eleita pela Rádio BBC de Londres a cantora brasileira do milênio. A escolha teve origem num projeto criado para comemorar a chegada do ano 2000.
25. Em 2003, seu trabalho "Do Cóccix ao Pescoço" foi indicado ao Grammy Latino e Elza passou a ser ouvida por uma nova geração de admiradores da MPB.
24. A cantora emocionou o país ao cantar o Hino Nacional Brasileiro à capela na Cerimônia de Abertura dos Jogos Panamericanos Rio 2007.
25. Com o tempo, Elza desenvolveu problemas para se locomover por conta de uma queda do palco e uma cirurgia em 2014.
26. Somente em 2015, após 50 anos de carreira, Elza Soares lançou seu primeiro trabalho composto apenas de canções originais, chamado "A Mulher do Fim Do Mundo".
27. Este se tornou o trabalho mais premiado da cantora, que recebeu o Troféu APCA da Associação Paulista de Críticos de Arte, o Prêmio da Música Brasileira e o Grammy Latino de Melhor Álbum de MPB.
28. Ao todo, Elza Soares tem sua voz registrada em 120 discos, entre autorias e participações.
29. Ela se tornou símbolo da resistência negra no Brasil e uma apoiadora da causa LGBTQ.
30. Em 2017, Elza Soares comemorou 80 anos de uma vida fascinante.
https://www.buzzfeed.com/victornascimento/coisas-incriveis-sobre-elza-soares?utm_term=.hl2QN13lEW#.yuzz720vD9
1. Elza Gomes da Conceição was born in the Rio de Janeiro slum of Moça Bonita, on June 23, 1937.
2. The surname Soares came when Elza, who was only 12 years old, was forced by her father to marry Lourdes Antônio Soares.
3. At the age of 13, she was already pregnant with her first child.
4. In all, Elza had seven children.
5. At the age of 21, Elza had already veiled her first husband and two of her children who died of starvation.
6. In an interview, she said that sometimes she had to "frighten the vultures out to get the rest of the food that was in the trash."
7. Elza still lived a story worthy of a novel when her daughter Dilma was kidnapped by a couple she trusted. Mother and daughter were reunited only years later, when Dilma was already an adult.
8. But with pain there also came a unique way of singing. Elza told a video that shocked the audience of Ary Barroso's show on Radio Tupi in her hoarse voice and won first place in the freshman contest.
13. Only, in the same trip, Elza fell in love with the player Mané Garrincha.
14. The romance of Elza and Garrincha became the target of the press, which accused Elza of ending the player's marriage.
15. In 1963, she recorded the song "I Am The Other" for the fury of the conservative society of the time.
16. In an interview, Elza said that the house in which he lived with Garrincha in Rio de Janeiro was machine-gunned during the Military Dictatorship and this caused them to flee to Italy.
17. There they became friends of the couple Chico Buarque and Marieta Severo.
Elza Soares and Garrincha, in 1966.
18. Back in Brazil, the couple's relationship was marked by Garrincha's alcoholism and domestic violence.
19. In 1969, the car of Garrincha, who was drunk, suffered a serious accident on the Presidente Dutra Highway. Dona Josefa, Elza's mother, was thrown out and died instantly.
20. The marriage of Elza and Garrincha ended after 16 years, in 1982. The player passed away the following year, of cirrhosis.
21. In São Paulo, Elza began to live in ostracism, performing in circuses sporadically. Depressive, she decided to abandon her career.
22. In an interview with Globo, she said that it was Caetano Veloso who put her back to show business. She and Caetano recorded a duet of the song "Língua", success of 1984.
Elza Soares and Caetano Veloso.
23. Shortly thereafter, in 1986, another tragedy. Garrinchinha, the only son Elza had with the player, died in a car accident. He was only 9 years old.
24. But Elza's career has never gone back. In 1999, she was elected by the BBC Radio of London the Brazilian singer of the millennium. The choice originated in a project created to commemorate the arrival of the year 2000.
25. In 2003, her work "From Coccyx to Neck" was nominated for the Latin Grammy and Elza was heard by a new generation of MPB fans.
24. The singer thrilled the country by singing the Brazilian National Anthem to the chapel at the Opening Ceremony of the Pan American Games Rio 2007.
25. Over time, Elza developed problems to move because of a fall of the stage and surgery in 2014.
26. Only in 2015, after 50 years of career, Elza Soares released her first work composed only of original songs, called "The Woman of the End of the World".
27. This became the most awarded work of the singer, who received the APCA Trophy from the Paulista Association of Art Critics, the Brazilian Music Award and the Latin Grammy for Best MPB Album.
28. In all, Elza Soares has her voice recorded on 120 records, between authorship and participation.
29. It became a symbol of black resistance in Brazil and a supporter of the LGBTQ cause.
30. In 2017, Elza Soares celebrated 80 years of a fascinating life.
https://www.buzzfeed.com/victornascimento/coisas-incriveis-sobre-elza-soares?utm_term=.hl2QN13lEW#.yuzz720vD9
https://mdemulher.abril.com.br/famosos-e-tv/elza-soares-voce-precisa-conhecer-a-historia-dessa-guerreira/



 

Elza Soares - Do Cóccix Até o Pescoço


"...ela veio deste planeta....eu tô nele....melhora, piora....me deixam nele, embuídos em artífices como persistência"."... she came from this planet .... I am in him .... improvement, worsening .... leave me in it, embedded in craftsmen as persistence."naly
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sexta-feira, 13 de abril de 2018

DE SOROCABA - LEGITIMIDADE E SOBERANIA ENTRE IGREJA E ESTADO.LEGITIMITY AND SOVEREIGNTY BETWEEN CHURCH AND STATE.


Artigo 1° – Inciso I – CF
TÍTULO I – Dos Princípios Fundamentais
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
(…)”
Article 1 - Section I - CF
TITLE I - The Fundamental Principles
"Art. 1º The Federative Republic of Brazil, formed by the indissoluble union of the States and Municipalities and the Federal District, is constituted in Democratic State of Right and has as grounds:
I - sovereignty;
(...) "
"Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos." 2 Coríntios 4:7-9."But we have this treasure in earthen vessels, to show that this exceeding power comes from God, not from us. not forsaken, but not destroyed. " 2 Corinthians 4: 7-9.
LEGITIMIDADE E SOBERANIA//IGREJA E ESTADO.
Outro dia estava lendo um comentário de alguém que criticava Luís Inácio da Silva, LULA, por ter se comparado a Jesus Cristo.
Pensei comigo mesma que, a maioria dos comentários sobre Lula tem sido extremamente reveladores de um síndrome de "falta tudo" e servem de estímulo para que ele não seja esquecido e o apoio em torno dele se torne a cada dia mais fortalecido.
Antes, historicamente me referindo, tínhamos dois poderes: Igreja x Estado.
Segundo Maquiavel, a figura dos intercessores e representantes de Deus na terra passaram a ser dos representantes políticos do Estado.
Quando houve essa transição e a partir de então, o povo fez confusão.
Transferiu para o representante político, Prefeito, Governador e outros, as mesmas "obrigações morais e assistenciais que recebiam dos representantes religiosos.
A "moral doutrinária" entrou em campo, e a confusão estava formada, representante político "não poderia cometer erro algum e seus ouvidos tinham que ser confessionário para ouvidas das queixas e clamores".
Políticos entram em crise, a cobrança é grande, e são tão imperfeitos e prováveis de erros quanto qualquer outro mortal.
E o despreparo do povo era e é tão grande que, estamos verificando ante o atual quadro político que se está apresentando.
E, particularmente, não me convenci de que todos esses fatos "são tão reais".
Mas, quem poderia convencer, em verdade que, todos os trâmites, seguimentos judiciais e decisões são como deveriam ser e acontecer?
Quando o cidadão brasileiro teve interesse em ler as leis, Decretos, Decisões?
Não tem não.
Desta forma, falsear, enganar, iludir, passar da forma como querem com devidas conveniências, tudo isso pode acontecer.
Nunca tivermos os canais de comunicações e redes sociais tão ocupados com exposições de leis, motivos e seguimentos como nos últimos dois anos, todos os dias, em todos os jornais, parece um curso intensivo de Direito ou uma extensão do Curso de Ciências Jurídicas, práticas e laboratórios.
 E o que fazem com nossa CF, depende da "leitura das ações" e dos fatos no dia a dia, mas temos muita violência sendo cometida contra a soberania constitucional.
Voltando a Igreja, li um trecho interessante e análogo a atual realidade que nos remete ao tempo em que Jesus estava presente quando o inimigo, Satanás, questionou a LEGITIMIDADE DA SOBERANIA de Deus (Jeová), E o autor colocou que devia ter sido doloroso para Jesus ver seu justo Pai ser caluniado e acusado de GOVERNANTE injusto que priva Suas criaturas do que é bom!(pág. 82, Venha ser me Seguidor).

Vejam bem, temos aqui uma linha doutrinária religiosa, usando vocábulos atuais e políticos para ensinar a Bíblia e de uma forma ou de outra, existe uma analogia, e não causa espanto, creio que seja muito bom, familiarizar o cidadão, mesmo em evangelização, a palavras e conhecimentos de seus significados, é altamente positivo para a politização e desenvolvimento de um tipo de assimilação que nos leva a dualidade Igreja e Estado.
Que mal há em uma pessoa, um cidadão se colocar como se colocou Lula?
Ele está preso e tem que perder sua liberdade de comunicação e expressão, tem que ficar adstrito ao que a sociedade, principalmente os que lhe lançam más críticas querem que ele pense?
Como pode ser isto?
Eu me preocupo com a Soberania da CF e o "quanto os que condenam e mandam prender pessoas que transgridem as leis, o quanto os que lançam condenações sabem de si, e dos próprios crimes que cometem contra a Carta Magna".
O quanto chamam ao outro de ladrão, marginal, e cometem ações pertinentes e questionáveis moral e criminalmente.
Não se pode prender ideais, sonhos, projetos, apesar da tecnologia do controle mental, psicotronia,V2K, e outros, que seguem e inibem pensamentos, promovem torturas, não se consegue prender a alma de um ser humano, e digo, estão laboratórios trabalhando em como prender a "alma/psique", é incrível, o mundo não tem a noção do perigo que esse projeto pode trazer, comandos artificiais e sintéticos.
Vou publicar uma história real para ilustrar essa afirmação de que sonhos, projetos e a alma ão podem se tornar prisioneiras:
"O irmão Magyarosi foi preso em setembro de 1942, mas continuou a coordenar a obra de pregação de dentro da prisão. O casal Albu também foi preso, com cerca de mil irmãos e irmãs, muitos dos quais foram soltos após terem sido espancados e detidos por quase um mês e meio. Por causa de sua neutralidade cristã, cem Testemunhas, inclusive várias irmãs, receberam sentença de prisão de 2 a 15 anos. Cinco irmãos foram condenados  à pena de mortem que mais tarde foi alterada para prisão perpétua. Na escuridão da noite, policiais  armados chegavam ao ponto de arrastar mães e crianças pequenas de suas casas, deixando seus animais e lares abandonados, à mercê de ladrões.
 Nos campos de prisão, os irmãos eram recebidos por uma comissão de "boas vindas" formada por guardas que lhes amarravam os pés e os seguravam no chão enquanto um outro batia cruelmente nos pés com um cassetete de borracha e arame. Ossos se quebravam, unhas caíam, a pele ficava cheia de hematomas e às vezes descascava como casca de árvore.Os sacerdotes que patrulhavam os campos e presenciavam esses maus-tratos desdenhavam, dizendo,:"Onde está o Deus (Jeová) de vocês para livrá-los de nossas mãos?"(pág. 96, Anuário das Testemunhas de Jeová, WHATCHOTOWER BIBLE AND TRACT Society OF New York, INC.) NALY DE ARAUJO LEITE 

LEGITIMACY AND SOVEREIGNTY // CHURCH AND STATE.
The other day I was reading a comment from someone who criticized Luís Inácio da Silva, LULA, for comparing himself to Jesus Christ.
I thought to myself that most of the comments about Lula have been extremely revealing of a "lack everything" syndrome and serve as a stimulus so that it is not forgotten and the support around it becomes more and more strengthened.
Before, historically speaking, we had two powers: Church vs. State.
According to Machiavelli, the figure of the intercessors and representatives of God on earth became the political representatives of the state.
When there was this transition and from then on, the people made confusion.
He transferred to the political representative, Mayor, Governor and others the same "moral and assistance obligations they received from religious representatives.
The "doctrinal morality" came into the field, and confusion was formed, political representative "could not make anyone mistake and his ears had to be confessional to hear complaints and clamors."
Politicians go into crisis, the collection is great, and they are as imperfect and likely to be mistakes as any other mortal.
And the unpreparedness of the people was and is so great that, we are checking before the current political picture that is being presented.
And, in particular, I was not convinced that all these facts "are so real."
But, who could convince, in truth that, all the proceedings, judicial follow-ups and decisions are as they should be and happen?
When did the Brazilian citizen have an interest in reading the laws, Decrees, Decisions?
No, you do not.
In this way, to falsify, to deceive, to deceive, to pass in the way they want with suitable conveniences, all this can happen.
We have never had communication channels and social networks as busy with expositions of laws, motives, and follow-ups as in the last two years, every day in every newspaper it seems like an intensive law course or an extension of the Legal Sciences course, and laboratories.
 And what they do with our CF, depends on the "reading of actions" and the facts in the day to day, but we have much violence being committed against the constitutional sovereignty.
Turning to the Church, I read an interesting and analogous passage to the current reality that brings us back to the time when Jesus was present when the enemy, Satan, questioned the LEGITIMITY OF THE SOVEREIGNTY OF GOD (Jehovah), and the author stated that it must have been painful to Jesus to see his righteous Father be slandered and accused of unjust GOVERNOR who deprives His creatures of what is good! (P.82, Come and be Follower).
You see, we have a religious doctrine here, using current and political words to teach the Bible and in one way or another, there is an analogy, and it is not surprising, I think it is very good, to familiarize the citizen even in evangelization, to words and knowledge of their meanings, be highly positive for the politicization and development of a type of assimilation that leads us to duality Church and State.
What harm in a person, a citizen put himself as if placed Lula?
Is he imprisoned and has to lose his freedom of communication and expression, have to be attached to what society, especially those who criticize him want him to think?
How can this be?
I am concerned about the Sovereignty of the CF and the "as those who condemn and have arrested those who transgress the laws, as those who issue condemnations know of themselves, and of the very crimes they commit against the Magna Carta."
How much they call the other a thief, marginal, and commit pertinent and questionable actions morally and criminally.
You can not hold ideals, dreams, projects, despite the technology of mental control, psychotrony, V2K, and others, that follow and inhibit thoughts, promote torture, can not hold the soul of a human being, and I mean, in how to arrest the "soul / psyche", is incredible, the world has no notion of the danger that this project can bring, artificial and synthetic commands.
I will publish a true story to illustrate this statement:
"Brother Magyarosi was arrested in September 1942, but continued to coordinate the preaching work inside the prison.The couple Albu was also arrested, with about a thousand brothers and sisters, many of whom were released after being beaten and detained for almost a month and a half.As a result of their Christian neutrality, a hundred Witnesses, including several sisters, received a prison sentence of 2 to 15. Five brothers were sentenced to the death penalty which was later changed to life imprisonment. In the evening, armed police officers reached the point of dragging mothers and small children from their homes, leaving their animals and homes abandoned, at the mercy of thieves.
 In the prison camps, the brothers were greeted by a "welcome" commission of guards who were tied to their feet and held to the ground while another hit their feet brutally with a rubber and wire bat. Bones were broken, nails were falling, the skin was bruised and sometimes peeled like a bark. The priests who patrolled the fields and witnessed these mistreatments scorned, saying, "Where is the God (Jehovah) of you to to free them from our hands? "(page 96, Yearbook of Jehovah's Witnesses, WHATCHOTOWER BIBLE AND TRACT Society of New York, INC.) NALY DE ARAUJO LEITE

fonte:https://constitucionalidade.wordpress.com/tag/soberania/
"Analisando o significado da palavra soberania no dicionário, encontramos rapidamente a seguinte definição: “Poder político, de que dispõe o Estado, de exercer o comando e o controle, sem submissão aos interesses de outro Estado.”
Há duas vertentes neste poder soberano. A primeira vertente é interna e é definida como o poder supremo que o Estado brasileiro possui nos limites do seu território. É a própria força da lei produzida pelo Estado, sua aplicabilidade em todos território nacional. Já a segunda vertente diz respeito a independência do Brasil – da República Federativa do Brasil – no âmbito internacional, não se sujeitando a qualquer outro país, ou a qualquer outro poder.
No livro “A Teoria da Constituição” escrito por  MARCELO VICENTE DE ALKMIM PIMENTA, ficou definido que “a soberania constitui um dos atributos do Estado, na medida que este não existe sem a soberania. Vale dizer que não existe ESTADO que não seja soberano.”
Na visão de GILMAR FERREIRA MENDES a soberania é “poder de auto determinação plena, não condicionado a nenhum outro poder, externo ou interno.”
Vale recordar também a seguinte lição de GILMAR FERREIRA MENDES no seu CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL: “A soberania, no federalismo, é atributo do Estado Federal como um todo. Os Estados-membros dispõe de outra característica – a característica da autonomia que não se confunde com o conceito de soberania.”
Ressalte-se que o verdadeiro titular da soberania é O POVO.
“O art. 1º da Constituição assenta como um dos fundamentos do Estado brasileiro a sua soberania – que significa o poder político supremo dentro do território, e, no plano internacional, no tocante às relações da República Federativa do Brasil com outros Estados soberanos, nos termos do art. 4º, I, da Carta Magna. A soberania nacional no plano transnacional funda-se no princípio da independência nacional, efetivada pelo presidente da República, consoante suas atribuições previstas no art. 84, VII e VIII, da Lei Maior. A soberania, dicotomizada em interna e externa, tem na primeira a exteriorização da vontade popular (art. 14 da CRFB) através dos representantes do povo no parlamento e no governo; na segunda, a sua expressão no plano internacional, por meio do presidente da República.”
source: https: //constitutionality.wordpress.com/tag/soberania/
"Analyzing the meaning of the word sovereignty in the dictionary, we quickly find the following definition:" Political power, available to the State, to exercise command and control, without submission to the interests of another State. "
There are two aspects to this sovereign power. The first strand is internal and is defined as the supreme power that the Brazilian State possesses within the limits of its territory. It is the very force of the law produced by the State, its applicability in all national territory. The second part concerns the independence of Brazil - the Federative Republic of Brazil - in the international sphere, not subjecting itself to any other country, or to any other power.
In the book "The Theory of the Constitution" written by MARCELO VICENTE DE ALKMIM PIMENTA, it was defined that "sovereignty constitutes one of the attributes of the State, insofar as it does not exist without sovereignty. It is worth saying that there is no STATE that is not sovereign. "
In the view of GILMAR FERREIRA MENDES, sovereignty is "power of full self-determination, not conditioned to any other power, external or internal."
It is also worth remembering the following lesson of GILMAR FERREIRA MENDES in his COURSE OF CONSTITUTIONAL LAW: "Sovereignty, in federalism, is an attribute of the Federal State as a whole. The Member States have another characteristic - the characteristic of autonomy that is not confused with the concept of sovereignty. "
It should be emphasized that the true holder of sovereignty is THE PEOPLE.
"The art. 1 of the Constitution establishes as one of the foundations of the Brazilian State its sovereignty - which means supreme political power within the territory, and, at the international level, with regard to the relations of the Federative Republic of Brazil with other sovereign states, under the terms of art. 4, I, of the Constitution. National sovereignty at the transnational level is based on the principle of national independence, effected by the President of the Republic, according to his attributions provided for in art. 84, VII and VIII, of the Major Law. The sovereignty, dichotomized in internal and external, has in the first the externalization of the popular will (article 14 of the CRFB) through the representatives of the people in the parliament and in the government; in the second, its expression at the international level, through the President of the Republic. "
(Rcl 11.243, Rel. For Min. Luiz Fux, trial on 8-6-2011, Plenary, DJE of 5-10-2011.)




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fonte: http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/1287
PROPOSTA NO BRASIL COM BASE NA OBRA DE BRUCE ACKERMAN
Na obra A Nova Separação dos Poderes de Bruce Ackerman, o qual desenvolve uma estrutura de separação dos poderes denominada de parlamentarismo limitado . O modelo apresentado neste trabalho faz a quebra da estrutura clássica da tripartição dos poderes, inspirada em Montesquieu, e a abertura para inúmeras outras instâncias de controle, além da redistribuição das funções já existentes. O trabalho apresenta uma proposta de alteração da Constituição Federal para inserção do novo modelo de separação dos poderes. E, por fim, analisa-se a validação deste novo modelo no Brasil, por meio de emenda constitucional. O objetivo que se busca com esse novo modelo é a legitimidade democrática como exercício de democracia, a eficiência da atuação do Estado e a proteção e a ampliação dos Direitos Fundamentais.
source: http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/1287
PROPOSAL IN BRAZIL BASED ON BRUCE ACKERMAN'S WORK

In Bruce Ackerman's The New Separation of Powers, which develops a structure of separation of powers called limited parliamentarism. The model presented in this work breaks the classic Montesquieu-inspired structure of the tripartition of powers and opens up to numerous other instances of control, as well as the redistribution of existing functions. The paper presents a proposal to change the Federal Constitution to insert the new model of separation of powers. Finally, we analyze the validation of this new model in Brazil, through constitutional amendment. The objective sought with this new model is democratic legitimacy as an exercise in democracy, the efficiency of State action and the protection and expansion of Fundamental Rights.

IGREJA/ ESTADO E TEOLOGIA
"Em palestra proferida no Consciência Cristã, o teólogo Solano Portela fala sobre a teologia transladada à visão política e como devemos entender o governo, o Estado e as questões ao nosso redor.
Governo: dádiva legítima dada por Deus
A bíblia nos mostra que o governo é uma dádiva legítima e benéfica por Deus aos homens para permitir a organização social, as leis e regências, que os povos e nações tenham uma estrutura na qual permaneçam coesas. As estruturas são influenciadas pelo pecado, e a criação geme esperando a redenção de Deus, mas é o próprio Deus aponta uma estrutura que abriga o princípio divino da autoridade.
Qual o propósito do governo?
Portela lista quatro itens que constituem o propósito do governo:
Contenção do pecado
Resistência à violência
Limitação do arbítrio
Deixar aclarado o caminho dos justos e pacíficos
O Estado na tradição reformada
Solano Portela cita Hebden Taylor, afirmando que se não houvesse queda, não haveria necessidade do Estado. Na visão católico-romana, não é essa relação entre Estado e queda, mas na visão reformada é diferente. A partir disso, o governo serve como forma de efetuar o senso de organização que já existe desde a criação.
Uma vez estabelecida a legitimidade bíblica do controle do governo, é legítimo o envolvimento do cristão com a política?
Portela explica que o conceito de política está inteiramente ligado ao envolvimento com a cidade. O cidadão pode se envolver com política se candidatando a algum cargo, exercendo seu direito ao voto ou até mesmo respeitando essa estrutura de governantes e governados que, conforme dito, é apontada primeiramente por Deus. Dessa forma, segundo Portela, é impossível uma posição de não-envolvimento com política.
O envolvimento cristão com a política na história
Portela faz um panorama a respeito do envolvimento de cristãos com práticas políticas no decorrer da história.
CHURCH / STATE AND THEOLOGY
"In a lecture given in Christian Conscience, theologian Solano Portela talks about theology translated to the political vision and how we should understand the government, the State and the issues around us.
Government: God-given lawful gift
The bible shows us that government is a legitimate and beneficial gift of God to men to enable social organization, laws and regencies, that peoples and nations have a structure in which they remain cohesive. Structures are influenced by sin, and creation groans waiting for the redemption of God, but God himself points out a structure that shelters the divine principle of authority.
What is the purpose of government?
Portela lists four items that constitute the purpose of the government:
Containment of sin
Resistance to violence
Limitation of agency
Let the path of the just and the peaceful clear
The State in the Reformed Tradition
Solano Portela quotes Hebden Taylor, stating that if there were no fall, there would be no need for the state. In the Roman-Catholic view, it is not this relationship between state and fall, but in the Reformed view it is different. From this, government serves as a way of effecting the sense of organization that has already existed since creation.
Once the biblical legitimacy of government control has been established, is the Christian's involvement in politics legitimate?
Portela explains that the concept of politics is entirely linked to involvement with the city. Citizens can get involved with politics by applying for a position, exercising their right to vote or even respecting this structure of rulers and governed, which, as said, is pointed out first by God. Thus, according to Portela, a position of non-involvement with politics is impossible.
Christian Involvement with Politics in History
Portela gives an overview of the involvement of Christians with political practices throughout history.
O início do Novo Testamento é caracterizado por perseguições e martírios, e a participação da igreja na política era quase nula devido a esse momento difícil. Porém é exatamente  nesse momento que são registradas instruções preciosas sobre o governo. A palavra, então, nos indica os limites de autoridade dos governantes e os deveres dos cidadãos.
À medida que o cristianismo ia se expandindo, cristãos foram tomando lugares de autoridade e posições eclesiásticas passam a se confundir com o lugar do Estado. Segundo Solano Portela, em função do crescimento da população evangélica no Brasil, hoje enfrentamos uma situação muito parecida de promiscuidade entre igreja e Estado, em que passa a ser politicamente correto defender os interesses dos cristãos. Essa situação é algo que devemos tomar muito cuidado, pois não é a partir disso que vamos transformar o Brasil, mas a partir do Evangelho de Cristo.
Na época da Reforma, há uma volta de foco nas Escrituras e uma mudança estrutural. Na visão dos reformadores, a escritura é examinada a exaustão em busca de princípios éticos e sociais que deveriam permear o dia a dia das pessoas, inclusive na política.
O pensamento de João Calvino
Calvino tem uma extrema importância na história da igreja, sendo responsável por formular teses teológicas usadas até hoje por muitas igrejas. Grande parte do que Calvino escreveu era para contestar os anabatistas, que eram extremamente contra o envolvimento de cristãos com política.
Calvino afirma que o governo é biblicamente legítimo, mas não deve ser confundido com a igreja. Ele não é ingênuo, sabe que as posições de poder são preenchidas por pecadores que podem cometer atrocidades, mas não deixa de os colocar no lugar de servos de Deus, conforme aponta Paulo.
Nessa palestra, Solano Portela fala ainda sobre o pensamento de outros reformadores a respeito de Política e governo e a relação entre a soberania de Deus e o Estado.
Com o objetivo de edificar a igreja de Cristo, a Vinacc desenvolveu a plataforma Blesss. Nesse projeto você pode encontrar essa e outras mensagens completas, em vídeos exclusivos de diversos preletores. São pacotes temáticos para um aprendizado centrado na palavra de Deus.
Solano Portela
Solano Portela é bacharel em matemática aplicada pelo Shelton College (Cape May, NJ: 1967-1971) B.A., magna cum laude. É também formado em teologia em nível de Mestrado pelo Biblical Theological Seminary (Hatfield, PA: 1971-1974), nos Estados Unidos da América. É autor de: “O que estão ensinando aos nossos filhos?” – uma análise da pedagogia contemporânea e da resposta de uma educação escolar cristã”; “Educação Cristã”? (FIEL); “A Lei de Deus Hoje”, “A Pena Capital e a Lei de Deus, “Disciplina na Igreja – a marca em extinção”, “Por Que a Fé Reformada”? e “Fazendo a Igreja Crescer” (Puritanos); “Cinco Pecados que Ameaçam os Calvinistas” (PES); “Fé Cristã e Misticismo” (Cultura Cristã); “Fundamentos Bíblicos da Educação” (ACSI); alguns desses em coautoria. É presbítero, serve na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro (São Paulo), onde leciona uma classe de Escola Dominical e prega periodicamente.

The beginning of the New Testament is characterized by persecutions and martyrdoms, and church participation in politics was almost nil due to this difficult time. But it is at this very moment that precious instructions on government are recorded. The word, then, indicates to us the limits of authority of the rulers and the duties of the citizens.
As Christianity expanded, Christians took places of authority and ecclesiastical positions became confused with the place of the state. According to Solano Portela, due to the growth of the evangelical population in Brazil, today we face a very similar situation of promiscuity between church and state, in which it becomes politically correct to defend the interests of Christians. This situation is something that we must be very careful, since it is not from this that we will transform Brazil, but from the Gospel of Christ.
At the time of the Reformation, there is a turning back of the Scriptures and a structural change. In the view of the reformers, writing is examined to exhaustion in search of ethical and social principles that should permeate the day to day of people, including in politics.
The thought of John Calvin
Calvin is of the utmost importance in the history of the church, and is responsible for formulating theological theories used by many churches today. Much of what Calvin wrote was to challenge the Anabaptists, who were extremely against the involvement of Christians with politics.
Calvin states that government is biblically legitimate, but it should not be confused with the church. He is not naive, he knows that positions of power are filled by sinners who can commit atrocities, but he does not fail to put them in the place of God's servants, as Paul points out.
Watch the full message on the Blesss platform
In this talk, Solano Portela also talks about the thinking of other reformers regarding Politics and government and the relationship between the sovereignty of God and the State.
In order to build the church of Christ, Vinacc developed the Blesss platform. In this project you can find this and other complete messages, in exclusive videos of several speakers. They are thematic packages for a learning centered on the word of God. Click here and check it out.
Solano Portela
Solano Portela holds a bachelor's degree in mathematics from Shelton College (Cape May, NJ: 1967-1971) B.A., magna cum laude. He also holds a degree in Master of Theology from the Biblical Theological Seminary (Hatfield, PA: 1971-1974) in the United States of America. He is the author of "What are they teaching our children?" - an analysis of contemporary pedagogy and the response of a Christian school education "; "Christian Education"? (FAITHFUL); "The Law of God Today," "Capital Penance and God's Law," Discipline in the Church - the Mark in Extinction, "" Why Reformed Faith "? and "Making the Church Grow" (Puritans); "Five Sins That Threaten the Calvinists" (PES); "Christian Faith and Mysticism" (Christian Culture); "Biblical Foundations of Education" (ACSI); some of these in co-authorship. He is an elder, serves in the Presbyterian Church of Santo Amaro (São Paulo), where he teaches a Sunday School class and preaches periodically."https://visaocrista.com/legitimidade-e-os-limites-do-governo-e-da-politica-na-teologia-da-reforma-solano-portela/
http://www.monergismo.com/textos/politica/politica-crista-kuyper_hexham.pdf

Resultado de imagem para soberania e monergismo e o Estado
Os homens de Deus utilizaram muitas figuras para tornar mais fácil o entendimento e compreensão das lições bíblicas. Podemos perceber de alguns versículos como:
"Estou esquecido no coração deles, como um morto; sou como um vaso quebrado". Salmos 31:12
"Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer." Jeremias 18:4
"E ele o quebrará como se quebra o vaso do oleiro e, quebrando-o, não se compadecerá; de modo que não se achará entre os seus pedaços um caco para tomar fogo do lar, ou tirar água da poça." Isaías 30:14
O vaso é uma das figuras mais usadas para caracterizar o homem em seu estado de construção e perfeição espiritual.http://edvaldotome.blogspot.com.br/2012/09/porque-vasos.html

God's men have used many figures to make understanding and understanding Bible lessons easier. We can notice some verses like:
"I am forgotten in their hearts as one dead, I am as a broken vessel." Psalm 31:12
"As the vessel, which he made of clay, broke into the hand of the potter, he made another vessel for it, according to what it seemed good in the eyes of the potter to do." Jeremiah 18: 4
"And he shall break it as the potter's vessel is broken, and break it, and he shall not have compassion: so that there shall not be found among his pieces a pottage to take fire from the hearth, or to draw water out of the pool." Isaiah 30:14
The vase is one of the most used figures to characterize man in his state of spiritual perfection and construction.
http://edvaldotome.blogspot.com.br/2012/09/porque-vasos.html

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